terça-feira, 28 de outubro de 2008

PMDB está pronto para lançar candidato próprio em 2010, diz Jader

JOÃO CARLOS MAGALHÃES
da Agência Folha, em Belém

O crescimento do PMDB nestas eleições, em que conquistou prefeituras em capitais e grandes cidades, dá ao partido "tudo" para lançar um candidato próprio à Presidência em 2010, mas ainda falta achar um nome de "convergência".

A opinião é do ex-presidente do Senado e hoje deputado federal Jader Barbalho, uma das principais lideranças da sigla no Congresso.

Em entrevista à Folha, Jader disse que o pleito municipal deste ano enfraquece a análise "preconceituosa" de que os peemedebistas não emplacavam seus candidatos nos principais centros urbanos do país.

"Há algum tempo se afirmava que o PMDB era um partido que tinha se recolhido aos grotões, ao interior do Brasil. E saímos dessa eleição como o partido que fez o maior número de capitais", afirmou.

A legenda ganhou em seis das 26 capitais, mesmo número do PT, mas obteve maiores colégios eleitorais, como Rio, Porto Alegre e Salvador.

O fato de o partido não ter conseguido promover um nome forte para uma possível cabeça de chapa nas eleições presidenciais, afirma Jader, relativiza seu título de "grande vencedor" das eleições terminadas ontem.

"O PMDB saiu forte, cresceu, passou a ser um partido de prestígio urbano, manteve a capilaridade. Mas você não pode esquecer um dado: o PSDB tem dois [possíveis candidatos, José Serra e Aécio Neves]", disse. "Há tudo [para uma candidatura própria do PMDB]. Falta só encontrar o candidato."

Para o deputado, a possibilidade de seu partido ser vice em uma coligação com o indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmaria um papel de "ator coadjuvante" na política federal.

Ele não citou ninguém que considera pronto para a função de futuro candidato, mas disse que, "inegavelmente, o Sérgio Cabral [governador do Rio] sai fortalecido".

Mesmo com seu primo, José Priante, perdendo o segundo turno de Belém (PA) para o atual prefeito Duciomar Costa (PTB), Jader disse que lucrou com os resultados nas eleições no Pará.

"Elegemos 46 [ dos 143] municípios no Estado. E, no primeiro turno, ninguém imaginava que nosso candidato chegasse ao segundo turno."

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