Roosewelt Pinheiro/ABr
Nos próximos dias, a presidenciável do PT vai dedicar o grosso da agenda para desfilar sua candidatura em duas passarelas geridas pelo PSDB.
Dilma Rousseff abre a semana em São Paulo. E fecha em Minas Gerais. Justamente os Estados governados pelos rivais tucanos José Serra e Aécio Neves.
Quem quiser encontrar a chefe da Casa Civil deve evitar o gabinete dela em Brasília. A ministra pôs o pé na estrada.
A candidata de Lula amanhece a segunda-feira (19) no município de Araraquara, interior de São Paulo.
Uma cidade governada pelo prefeito pemedebê Marcelo Barbieri. É um velho amigo de Orestes Quércia, o homem de Serra no PMDB.
Para disfarçar o indisfarçável, Dilma escora a campanha em compromissos pseudo-administrativos.
Em Araraquara, visitará um estádio de futebol erigido para abrigar jogos da Copa do Mundo de 2014.
Depois, Dilma irá para São Carlos. Ali, o prefeito é do PT: Oswaldo Barba. O escudo administrativo será a visita às obras de um hospital-escola.
À noite, Dilma vai à capital paulista. Junto com Lula, ela participa de evento organizado pela revista Carta Capital.
Na quarta (21), a ministra e o chefe dela pisarão o Estado de Aécio Neves. Vão a Ouro Preto. Ali, aguarda-os um pa©lanque. Mais um.
Anunciarão a liberação de verbas do PAC para obras assentadas nas cidades históricas de Minas Gerais.
À noite, em Belo Horizonte, Lula e Dilma participam da cerimônia de lançamento do programa BH Digital, do Ministério das Comunicações.
A dupla pernoita na capital. Na quinta (22), o périplo administrativo-eleitoral chega a Governador Valadares.
Antes de retornar a Brasília, o presidente e sua pupila passam pelas prósperas Uberlândia e Uberaba.
Tudo isso depois da Caravana do São Francisco, a pajelança nordestina que durou três dias, na semana passada.
Enquanto Dilma bica os tucanos Serra e Aécio, o PSDB analisa, também nesta semana, a hipótese de protocolar mais uma ação na Justiça Eleitoral.
Pretende-se pedir ao TSE que condene Lula e Dilma ao pagamento de multas por estarem supostamente fazendo campanha fora de época.
Será o terceiro recurso do gênero. Os dois anteriores desceram ao arquivo.
Escrito por Josias de Souza às 04h32
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