quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Ciro continua a ser, mas abre fenda para o ‘não-ser’


Alan Marques/Folha
Como previsto, Ciro Gomes (PSB) reuniu-se com representantes do bloco de partidos que desejam convertê-lo em candidato a governador de São Paulo.


Terminado o encontro, o projeto presidencial de Ciro ganhou a consistência de um pote de gelatina. Deu-se o seguinte:



Ciro reafirmou que prefere disputar o Planalto. Considera-se mais experiente do que Dilma Rousseff, a preferida de Lula.



Acha que o quadro sucessório ainda não foi delineado. Crê que o tucano José Serra não vai se aventurar na quadra presidencial.



Blá, blá, blá... Súbito, quando se imaginava que Ciro continuava a ser, o deputado abriu uma fenda para o não-ser.



Ouça-se o Ciro gelatinoso: "O cenário de ter que ir para o governo de São Paulo é quase impossível, mas se o cenário nacional precisar desse desafio, eu não titubearia em ir...”



“...Quem alimentou a decisão de ser único, na política, deu com os burros n'água".



Presidente do PT-SP, Edinho Silva reconheceu o inusitado: Em São Paulo, berço do sindicalismo que deu à luz Lula, o petismo não tem candidatos:



"Nunca tivemos em São Paulo um campo partidário como esse atual. Hoje, a liderança que mais unifica é a do Ciro Gomes".



Assim, a platéia foi informada de que, sem Ciro, as forças que gravitam ao redor de Lula ficariam a pé no maior colégio eleitoral do país.



Informou-se também que Ciro Gomes pode, a qualquer momento, deixar de ser e voltar àquilo que não era.



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Escrito por Josias de Souza às 19h11

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