sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Gesto de Lula e crise política favorecem Eduardo Paes para o Planalto em 2018

Jornal do Brasil ouviu interlocutores petistas, que confirmaram possibilidade


Prefeito é favorecido tanto por Jogos Olímpicos quanto por Lula e pela conjuntura política


Não bastasse o fato de que todas as atenções do mundo já estão voltadas para o Rio de Janeiro, que sedia em agosto os Jogos Olímpicos, a conjuntura política é bastante favorável ao prefeito Eduardo Paes (PMDB) para que ele suceda à presidente Dilma Rousseff em 2018. Em conversa com o Jornal do Brasil, interlocutores do Partido dos Trabalhadores admitiram a possibilidade, enumerando algumas razões:
1) A mais urgente dá se em razão de o PMDB fluminense ter sido o responsável por dar fôlego ao governo federal no final de 2015. A recondução do deputado Leonardo Picciani (PMDB) à liderança da bancada na Câmara reacendeu as esperanças do Planalto de derrubar o impeachment na Casa, antes mesmo que o pedido de impedimento chegue ao Senado. A declaração confiante do ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, em entrevista à "Folha de S.Paulo" no último domingo (3), corrobora a tese de petistas ouvidos.
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2) Vem partindo do próprio PMDB do Rio de Janeiro a tentativa de enfraquecer o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), maior adversário da presidente Dilma. Nem o governador do Estado, Luiz Fernando Pezão, nem Eduardo Paes têm economizado nas críticas agudas e públicas a Cunha, que sofre, ainda, com o desgaste de sua imagem associada ao processo de cassação no Conselho de Ética, às denúncias no Supremo Tribunal Federal (STF) e à movimentação do próprio partido para derrubá-lo para fazer o mais rápido possível um sucessor. O PT viu com bons olhos a iniciativa peemedebista.
3) A terceira causa, ainda de acordo com lideranças petistas, tem relação direta com a crise política e com a preocupação do PT em ver uma eventual vitória do PSDB em 2018. Nesse sentido, são cada vez mais intensas as conversas entre Eduardo Paes e o ex-presidente Lula. Liderança inquestionável dentro do PT, até mesmo petistas críticos à aliança admitem que Lula tem força para direcionar o apoio do partido ao prefeito do Rio em 2018 para a Presidência da República.
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4) Declarações da presidente Dilma desde 2014, quando esteve em campanha no Rio de Janeiro, demonstram total afinidade com o prefeito da cidade, inclusive como seu possível sucessor no Planalto. Paes vem sendo tratado por Dilma, em eventos públicos, como o prefeito mais apaixonado pela cidade que governa. Vale lembrar que o PT governa a maior capital do país (Fernando Haddad em São Paulo).
5) A figura de Paes é unânime em pelo menos um ponto: diante de denúncias da Lava Jato envolvendo tantos nomes em diferentes partidos e da falta de credibilidade da classe política, não paira, no entanto, nenhuma suspeita ou dúvida sobre Eduardo Paes. Sua candidatura é a chance de o PMDB mostrar ao eleitor o lado menos fisiológico do partido.
6) Eduardo Paes é um político agregador. Vem governando com Pezão e Dilma, e faz questão de aclarar isso para seus interlocutores. Credita o progresso da cidade às alianças suprapartidárias. Essa visão de que o prefeito é uma liderança forte é consenso mesmo dentro do PT.
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7) Como se não bastasse, em entrevista ao "Valor Econômico" publicada em dezembro de 2014, Paes avisa que não vai se aposentar da política no fim do seu mandato e se coloca como "candidato natural" ao governo estadual em 2018. Defende ainda candidatura própria do PMDB à Presidência e cobra da presidente Dilma iniciativa para reunificar o partido na base governista.
Paes costura sua trajetória política com um objetivo bem maior do que o governo do Estado. O que ele realmente quer, como o JB antecipou em editorial publicado no dia 27 de março de 2012, é a presidência da República: "Permanecendo na prefeitura até 2016, com boa aprovação, [Eduardo Paes] sairia como um grande líder para se candidatar futuramente à presidência da República", escreveu o JB.
Tags: eduardo paes, Governo, Lula, planalto, PMDB, presidência, PT, república

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.