domingo, 24 de março de 2013


JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO

ELEIÇÕES 2012 - Testeira curta

Aécio tem potencial de voto igual ao de Serra, diz Ibope

24 de março de 2013 | 8h 25~

JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO - Agência Estado


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http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,aecio-tem-potencial-de-voto-igual-ao-de-serra-diz-ibope,1012695,0.htm
Se todos os presidenciáveis tivessem o mesmo grau de conhecimento pelo eleitor, a presidente Dilma Rousseff continuaria franca favorita, mas, no PSDB, o senador Aécio Neves (MG) alcançaria um potencial de voto equivalente ao do ex-governador José Serra. O mineiro chegaria a 41% de eleitores que poderiam votar nele, ante 42% do paulista. É o que mostra pesquisa nacional sobre a sucessão de 2014 feita pelo Ibope a pedido do Estado.
"Apesar de os dois estarem tecnicamente empatados quando excluímos quem diz desconhecer os candidatos, Aécio teria mais espaço para conquistar novos eleitores", diz Marcia Cavallari, CEO do Ibope Inteligência. O teto de Serra é mais baixo porque ele é conhecido por 86% do eleitorado e tem 50% de rejeição. Para Aécio, essas taxas são de 61% e 36%, respectivamente.
A rejeição a Serra aumentou muito desde abril de 2010, quando ele disputava a eleição presidencial pela segunda vez. Foi a última vez que o Ibope mediu o potencial de voto do tucano usando a mesma técnica empregada desta vez. Na época, só 32% dos eleitores diziam que não votariam nele de jeito nenhum.
Quando se recalcula o potencial de voto excluindo-se quem não conhece os candidatos, todos os presidenciáveis ficam em uma mesma base comparável, como se fossem igualmente reconhecidos pelo eleitor, explica Marcia. Nesse cenário, Dilma chega a um potencial de 79%. Marina Silva (sem partido) fica em segundo lugar, com 50%. As taxas somadas superam 100% porque há eleitores que admitem poder votar em mais de um candidato.
Não por acaso, as duas candidatas têm a maior sobreposição de eleitores entre todos os nomes testados pelo Ibope. Nada menos do que 41% dos eleitores que dizem que votariam em Dilma falam o mesmo sobre Marina. Isso indica que a ex-senadora tem o maior potencial de crescimento caso a presidente perca popularidade.
Isso implicaria, entretanto, uma reversão da tendência do eleitorado. Dilma tem uma rejeição menor hoje do que tinha em abril de 2010, quando disputou a Presidência pela primeira vez. Na época, 34% diziam que não votariam nela de jeito nenhum. Na atual pesquisa, essa taxa está em 20%.
Para a CEO do Ibope, só há duas hipóteses para a rejeição a Dilma aumentar: um descontrole da economia que possa ser sentido no bolso pelo eleitor, ou a eventual necessidade de racionamento de energia elétrica - como ocorreu em 2001, o que afetou a avaliação do então presidente Fernando Henrique Cardoso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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segunda-feira, 11 de março de 2013

Encontro do PPS reúne Eduardo, Aécio e Marina

Josias de Souza


‘Não há consenso, mas preferência por Eduardo’

Os três prováveis rivais de Dilma Rousseff na sucessão de 2014 se encontrarão numa conferência política do oposicionista PPS, em Brasília. Durará três dias. Convidados, Eduardo Campos, Aécio Neves e Marina Silva toparam participar da abertura, em 11 de abril. Fernando Henrique Cardoso e José Serra também irão.



O evento resume o atual estágio da política nacional. Não há candidaturas formalizadas. Mas todos se movem como candidatos. O PPS é um partido pequeno. Porém, em fase de montagem prematura de palanques eletrônicos, nenhum dos contendores dá-se ao luxo de dispensar segundos de propaganda.



Em disputas passadas, o tempo de tevê do PPS era cedido quase que automaticamente ao PSDB. Hoje, o tucano Aécio enfrenta a concorrência de Eduardo, do PSB. Marina tenta lançar a sua Rede. Mas tem no PPS um ‘Plano B’ –para o caso de não conseguir reunir até setembro as 500 mil rubricas necessárias à fundação de um novo partido.



Presidente do PPS, o deputado Roberto Freire (SP) diz que a legenda deseja perscrutar na conferência o pensamento da “esquerda democrática”. Para ele, os quase-futuros-candidatos à Presidência se encaixam no rótulo. “São lideranças que terão influência no processo de 2014 e representam esse espectro da esquerda.”



Mas, afinal, quem vai dispor do apoio do PPS? “O partido não tem ainda nenhum consenso”, afirma Freire. Não pende para Eduardo Campos? “Hoje, realmente há certa preferência”, ele admite. “Talvez porque o Eduardo simbolize a possibilidade de a gente superar esse bloco que está aí no governo.”



A decisão do PPS sobre 2014 não será tomada agora. A conferência de abril é preparatória para o 18o Congresso da legenda, a ser realizado no final do ano. Até lá, confirma Freire, o PPS amadurecerá a ideia de fundir-se a uma outra legenda, provavelmente o nanico PMN.



Com a fusão, sustenta Freire, surgirá um novo partido, apto a abrigar políticos de outras legendas sem o risco da perda de mandatos. “Temos que conversar internamente, mas entendendo que, seja qual for o nosso caminho, essa fusão pode ser importante.”



Como assim? Freire pensa alto: “Só para dar um exemplo: suponha que Marina não consiga viabilizar a Rede e que o Eduardo, por alguma razão, não se consolide. A fusão abriria uma perspectiva para a Marina e todo o bloco que ela está articulando. Não podemos descartar uma coisa assim.”

sábado, 9 de março de 2013

Campos divide base tucana ao buscar apoio na oposição


DANIELA LIMA

DE SÃO PAULO



Em busca de aliados para entrar na corrida presidencial, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), acabou dividindo a base do provável candidato do PSDB, o senador Aécio Neves (MG).



Integrantes dos dois partidos que deram sustentação aos tucanos nas duas últimas campanhas presidenciais, o DEM e o PPS, começaram a manifestar abertamente preferência pelo governador.



Num encontro recente da cúpula do DEM, a maioria dos deputados que integram sua bancada na Câmara disse que acha melhor embarcar no projeto político de Campos do que continuar com o PSDB.



O presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), já declarou publicamente sua "simpatia" pelo pernambucano e convidou-o a discursar na abertura da convenção da sigla, em abril.



A movimentação começou a despertar preocupação entre aliados de Aécio. Eles temem que ele termine isolado na disputa se Campos conseguir o apoio dos dois parceiros históricos dos tucanos.



O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), que participou da reunião em que os deputados da sigla defenderam a candidatura de Campos, acha que ainda é cedo para definições. "O meu papel é somar as forças que se movam contra o PT", diz.



Discretamente, o PPS começou a planejar um lance mais ousado, a criação de uma nova sigla que poderia atrair descontentes do PSDB e de outros partidos para engrossar as fileiras do governador de Pernambuco.



Freire disse que fará em breve uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral para saber se poderia fazer isso patrocinando uma fusão do PPS com outro partido pequeno, abrindo uma janela para a migração dos descontentes.



"Queremos articular uma força que possa derrotar o governo que está aí", disse Freire. "Quem tem condições de representar uma alternativa? Se o Eduardo Campos representa isso, o PPS vê com simpatia. Se o Aécio representa, também. Não há decisão."



A aproximação de Campos com a oposição também conta com a simpatia de políticos ligados ao ex-governador José Serra, que foi duas vezes o candidato dos tucanos à Presidência e vê com desconfiança as chances de Aécio.



Como a Folha noticiou, em janeiro Freire convidou Serra, de quem é amigo há muitos anos, a migrar para o PPS.



Nos últimos dias, Campos esteve com dois aliados de Serra no PSDB, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, e o de Teresina, Firmino Filho.



O próprio Serra foi contatado recentemente pelo pernambucano. Interlocutores de ambos classificaram a conversa como "amigável".



Num encontro com outros dirigentes tucanos, o presidente nacional da sigla, deputado Sérgio Guerra (PE), que já foi do PSB e tem uma antiga relação com Campos, disse que o governador tem exibido mais disposição do que Aécio para a campanha.



O deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), aliado de Aécio, disse que a prioridade do senador mineiro agora é aparar arestas internas --com Serra e o PSDB de São Paulo. "Ele também tem conversado muito com os aliados, inclusive com pessoas da base do governo", afirmou.



Aécio irá a São Paulo dia 25 para um evento partidário em que espera acertar os ponteiros com Serra e o governador Geraldo Alckmin. O senador conta com a ajuda do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que trabalha para pacificar o PSDB e uni-lo em torno de sua candidatura.



segunda-feira, 4 de março de 2013

PT acua Eduardo Campos, por Ricardo Noblat


Se comprado apenas pelo que diz para divulgação, até que Lula parece bonzinho quando quer.



Lula quis parecer bonzinho em Fortaleza, na semana passada, ao responder perguntas sobre a hipótese de o PSB lançar Eduardo Campos, atual governador de Pernambuco, para concorrer à sucessão de Dilma em 2014. "Não podemos impedir as pessoas de fazerem o que é do interesse dos partidos", disse Lula, o cordato.



Foi adiante: "Defendo a liberdade incondicional de cada partido de fazer o que bem entenda. Se não fosse assim, o PT não teria chegado à presidência da República. Portanto, eu jamais tomaria qualquer atitude para impedir que um companheiro fosse candidato a presidente".



Do alto de sua experiência, sugeriu, bondoso: "O ideal é que a gente consolide as forças que estão mudando este país".



Por fim, elogiou o próprio Eduardo: "Ele é uma personalidade que pode desejar qualquer coisa que ele quiser neste país. O meu papel é fazer todo o esforço para que a gente esteja junto. Temos que construir uma aliança muito forte".


Eduardo apoiou Lula em quase todas as eleições presidenciais disputadas por ele. Lula só apoiou Eduardo para que ele se reelegesse governador.



No ano passado, Lula e Eduardo haviam combinado que o deputado Maurício Rands, do PT, seria o candidato dos dois a prefeito do Recife. O PT controlava a prefeitura há 12 anos.



Um dia, Eduardo ficou sabendo que Lula tinha entrevista marcada em uma emissora de rádio para anunciar a candidatura a prefeito do senador Humberto Costa (PT). Foi nessa ocasião que a boa relação entre os dois começou a ir para o buraco.



"Presidente, estou lhe telefonando da sala onde meu avô foi preso", começou a dizer Eduardo de uma das salas do palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco. Dali, no dia 31 de março de 1964, Miguel Arraes, governador do Estado, foi retirado sob a mira de metralhadoras. Os oficiais do Exército que o prenderam exigiram que renunciasse ao mandato. Arraes respondeu que jamais o faria.



Ao terminar de narrar o episódio a Lula, e de discutir a candidatura de Humberto, Eduardo acrescentou: "Não renuncio ao meu cargo. E ele me obriga a fazer o que for melhor para Recife e Pernambuco".



Lula ainda tentou negar que tivesse alguma entrevista marcada para anunciar o nome do novo candidato do PT a prefeito do Recife. A conversa que começara formal terminou azeda. Eduardo atraiu todos os partidos que apoiavam o PT e elegeu um prefeito do PSB.



Desde então, ele e Lula nunca mais se viram ou se falaram.



À Dilma, recentemente, Eduardo disse que somente no próximo ano o PSB se posicionará sobre a eleição presidencial. Adiantou que o partido tende a disputar a eleição com candidato próprio, mas que não poderia garantir que o fará.



Dilma foi hábil. E renovou seu desejo de contar com o apoio do PSB - seja no primeiro ou num eventual segundo turno.



De lá para cá tudo desandou.



O PT apertou Lula para que ele apertasse Eduardo. Lula apertou os irmãos Gomes (Cid, governador do Ceará, e Ciro) para que eles ameaçassem rachar o PSB.



Sem candidato forte ao governo de Pernambuco, o PT acenou para Fernando Bezerra Coelho, ministro da Integração Nacional por indicação de Eduardo. Fernando lançou uma nota de quatro linhas negando o aceno.



Eduardo sabe que Fernando quer sucedê-lo. E que poderá aderir ao PT.



Em 1986, então secretário de Estado do governo Roberto Magalhães, do PDS, Fernando largou o cargo para apoiar Arraes, candidato a governador pelo PSB. Em 2002, mudou-se para o PMDB e apoiou Jarbas Vasconcelos, que quatro anos antes vencera Arraes. Finalmente, em 2006, voltou ao PSB para apoiar Eduardo, candidato ao governo.



A ofensiva do PT contra Eduardo põe em risco duas condições essenciais à consolidação da candidatura dele a presidente: a unidade do PSB e a unidade das principais correntes políticas de Pernambuco.



Caso Fernando acabe no PT para disputar o governo, sua candidatura subtrairá parte da força da ampla coligação partidária que sustenta a ambição presidencial de Eduardo. Lula sabe disso. E por saber...



Marina Silva será candidata a presidente? Ela não é da base de apoio a Dilma. Não lhe tira votos.



Eduardo é da base de apoio e tira votos de Dilma. De resto, desmancha o cenário considerado ideal por Lula para ganhar outra vez: PT, apoiado por um monte de partidos x PSDB quase só.



Eduardo deixaria a base do governo na companhia de outros partidos. Nenhum partido parece disposto a trocar Dilma por Aécio.



Eduardo mete muito medo no PT. A pecha de direitista, privatista e anti-Lula não gruda nele. É preciso, portanto, sufocá-lo logo de saída. Todas as armas serão usadas para isso.



sábado, 2 de março de 2013

Temer diz que é preciso ir com calma para tratar campanha de 2014


Vice-presidente diz que a composição da chapa de reeleição será tratada no ano que vem

02 de março de 2013
16h 11

Débora Bergamasco, Eduardo Bresciani e Rafael Moraes Moura

Beto Barata/Estadão

Temer discursa na convenção do PMDB

O vice-presidente da República, Michel Temer, disse neste sábado que a composição da chapa de reeleição da presidente Dilma Rousseff é um assunto que será tratado no ano que vem e defendeu “ir com calma” no assunto. O comentário foi feito a jornalistas, após a Convenção Nacional do PMDB, que terminou agora há pouco em Brasília.



Na avaliação de Temer, que é presidente licenciado do partido, a convenção marcou a “unidade absoluta do partido” e “ratificou a ideia de uma aliança duradoura entre PT e PMDB”.



Questionado sobre o tom do discurso da presidente Dilma Rousseff, que não explicitou na sua fala a repetição da dobradinha para a campanha eleitoral de 2014, Temer respondeu: “Mais, seria impossível. Seria quase uma indelicadeza, até porque ela não é candidata a presidente, será candidata no ano que vem, a chapa se formará no ano que vem. Se ela dissesse mais do que disse, eu diria que é um exagero retórico.”



Temer admitiu que a campanha eleitoral foi antecipada, mas defendeu “ir com calma”. “Precisamos ir com calma, não tenho dúvida disso. É sempre uma honra estar ao lado da presidente Dilma, isso é uma coisa que vamos decidir no ano que vem”, disse.



Mais cedo, ao discursar na convenção, Dilma disse que deseja “vida longa à nossa aliança” e não poupou elogios a Temer. “Me dirijo calorosamente ao meu amigo Michel Temer, para agradecer mais uma vez o apoio, a competência, a solidariedade e a lealdade, essa é uma parceria que muito me honra e quero dizer que nós, juntos, eu e o Temer, vocês, a base aliada, meu partido, PMDB e todos os partidos da base aliada, juntos, temos esse desafio maravilhoso que é transformar o Brasil”, afirmou a presidente.

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.