segunda-feira, 31 de março de 2008

Plano B para a sucessão de Lula (Tribuna da Imprensa)


Com a chancela do Planalto, acordo fechado por Tarso Genro põe Sérgio Cabral no jogo em 2010

BRASÍLIA E RIO - O apoio do governador Sérgio Cabral ao candidato do PT à Prefeitura do Rio, Alessandro Molon, ultrapassa as fronteiras da disputa municipal e embute uma estratégia planejada para o cenário pós-Lula. Com a chancela do Palácio do Planalto, o acordo foi fechado pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, e põe Cabral, do PMDB, no jogo da sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010.

Apesar de figurar como candidato natural à reeleição, daqui a dois anos e meio, Cabral fortaleceu-se, nos últimos tempos, como uma das opções de Lula para compor a chapa presidencial na condição de vice de um concorrente do PT.

O assunto é tratado com discrição no Planalto, no momento em que o governo tenta proteger a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff - preferida de Lula para sua própria sucessão -, dos ataques da oposição e do fogo amigo petista em meio à CPI dos Cartões Corporativos.

Articulador do acordo no Rio, o gaúcho Tarso também procura se credenciar para a disputa de 2010, embora sua entrada no páreo não conte com o entusiasmo de Lula, que prefere vê-lo como candidato ao Senado. "Eu nunca conversei com Dilma sobre a candidatura do PT em 2010, até porque ela não está integrada a nenhuma corrente do partido, e me sinto à vontade para me mover na cena política, independentemente da questão sucessória", afirma.

Na prática, porém, ao assumir o vácuo na articulação política do governo, o ministro da Justiça tenta construir uma alternativa para deslocar o eixo da política café-com-leite, protagonizada por São Paulo e Minas. De quebra, a atuação de Tarso tem o objetivo de anabolizar seu grupo, Mensagem ao Partido, na disputa interna do PT.

A meta é avançar sobre o território do antigo Campo Majoritário, que sempre ditou a linha de ação da legenda sob a batuta do ex-ministro José Dirceu, hoje seu arquiinimigo. Detalhe: Alessandro Molon é da Mensagem ao Partido. "Esse movimento do Cabral, apoiando um candidato do PT à Prefeitura do Rio, muda o processo político no País em direção a 2010, hoje determinado pelos acontecimentos de São Paulo e Belo Horizonte", diz Tarso.

"O governador se torna uma referência incontestável para ocupar espaço em qualquer chapa nacional e o Rio deixa de ser uma cidade de contendas paroquiais para interferir no projeto futuro, porque surgirão outros acordos baseados na relação entre o PT e o PMDB".

O governo avalia que, quanto mais parcerias fechar agora com o PMDB, vai tirar dividendos do racha tucano não só nas eleições municipais de outubro como na disputa presidencial de 2010. Nesse jogo pragmático, vale tudo. Em São Paulo, por exemplo, o PT negocia com o antigo desafeto Orestes Quércia - a quem acusou de corrupção num passado não muito distante - para obter apoio do PMDB à candidatura da ministra do Turismo, Marta Suplicy, à prefeitura.

Em Belo Horizonte, Lula procura uma saída para unir a base aliada, dividida depois do polêmico namoro entre o PT do prefeito Fernando Pimentel e o PSDB do governador Aécio Neves, que querem se unir na eleição da capital mineira.

Na avaliação de Tarso, porém, o acordo para a prefeitura do Rio indica que Cabral vai influir no projeto pós-Lula "tanto como Aécio e o governador de São Paulo, José Serra". Para fechar a dobradinha entre o PT e o PMDB no Rio, Cabral engavetou a pré-candidatura de seu secretário de Esportes, Eduardo Paes.

Até a véspera do anúncio do apoio a Molon, há uma semana, Paes era tido como candidato inamovível. Cabral se encontrara com José Dirceu, que estava no Rio, e chegou a pedir apoio ao petista para seu secretário, num eventual segundo turno contra o senador Marcelo Crivella (PRB), líder das pesquisas.

À noite, o próprio Paes esteve com Dirceu e, numa conversa no Copacabana Palace, esbanjava confiança. No dia seguinte, porém, o presidente da Assembléia fluminense, Jorge Picciani (PMDB), propôs aliança com Cabral em torno de Molon, pois sempre vetou Paes, e rompeu o acordo com o prefeito Cesar Maia (DEM), que previa adesão à campanha de Solange Amaral (DEM).

Imprimir Indique para um amigo Pesquisa mostra empate entre Marta e Alckmin

terça-feira, 11 de março de 2008

Dilma aceita título de mãe do PAC, mas descarta candidatura para 2010

11/03/2008 - 13h44

Folha Imagem

Depois de ser intitulada de "mãe do PAC" (Programa de Aceleração do Crescimento) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra Dilma Rouseff (Casa Civil) confirmou hoje que aceita a "maternidade" do programa. Dilma negou, porém, que já esteja em campanha para suceder Lula no Palácio do Planalto nas eleições de 2010.

"Eu sei que você falam, mas não é algo com que eu compactue [a candidatura]", afirmou. Ao deixar o Congresso Nacional após participar de cerimônia em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, Dilma disse que aceita ser "mãe do PAC" nos bons e maus momentos do programa do governo federal.

'Eu acho que é um título simbólico, que simboliza a coordenação. Para o bem ou para o mal, eu sou a mãe do PAC. Tanto nos momentos difíceis dele, quando diziam que era uma pirotecnia, quanto nos momentos bons do PAC, quando as obras saem e você consegue resolver, é responsabilidade da coordenação", disse.

Apesar de negar a candidatura ao Palácio do Planalto, o presidente Lula lançou indiretamente o nome de Dilma na corrida à presidência da República. Ao inaugurar obras do PAC em favelas do Rio de Janeiro, na semana passada, Lula afirmou que a ministra é "uma espécie de mãe do PAC", mas negou interesse eleitoral nas obras.

"[A ministra Dilma] é uma espécie de mãe do PAC. É ela quem cuida, cobra e vê o andamento das obras", afirmou Lula na ocasião.

A ministra chegou a minimizar o termo "mãe do PAC" após cerimônia na favela da Rocinha, mas hoje voltou atrás ao afirmar que se sente responsável pelo programa.

domingo, 2 de março de 2008

Quem tem condições de ganhar as eleições de 2010?

02/03/2008

Em conversa com um governador amigo, Lula falou mais abertamente sobre a sucessão presidencial de 2010 e revelou algo que muitos suspeitavam: seu candidatos dos sonhos era Antonio Palocci. Acha que a sucessão vai passar pela economia.

Inviabilizada a opção preferencial, Lula converteu-se numa espécie de garimpeiro de alternativas. A julgar pelo que disse na semana passada, sacode sua bateia na direção de três nomes que julga promissores: Dilma Rousseff (PT), Ciro Gomes (PSB) e Aécio Neves (PSDB).

As informações são do blog do Josias de Souza.

E para você, tanto da situação quanto da oposição, atualmente quem tem condições de ganhar as eleições de 2010? Palpite.

‘O Candidato vai ser o que puder ganhar’, diz Lula
Bate-papo: política

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.