terça-feira, 28 de agosto de 2007

Aliança Serra-Aécio tornará a oposição favorita, afirma Ciro

FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife

O deputado federal e ex-ministro Ciro Gomes (PSB-CE) afirmou ontem em Recife (PE) que um acordo político entre os governadores e presidenciáveis tucanos José Serra (SP) e Aécio Neves (MG) tornará a oposição "potencialmente favorita às eleições de 2010".

"Eu vejo isso porque [o acordo] reuniria as forças que estavam juntas antes da Revolução de 1930", declarou Ciro, referindo-se à política do "café com leite" da Primeira República (1889-1929), dominada pelos partidos republicanos de Minas e São Paulo, que se alternaram no poder de 1894 a 1929.

Para Ciro, se essa aliança se consolidar --fato que considera "improvável, mas possível de acontecer"--, as forças que apóiam o governo terão que "colocar a prevalência dos interesses nacionais à frente das justas pretensões" partidárias.

Segundo o deputado, isso inclui as "candidaturas precocemente postas". "E quem está falando é um dos citados", afirmou, referindo-se às articulações para que seja um dos postulantes à sucessão presidencial. "O que não pode é impor", disse. "O que temos que fazer é ter muito juízo", declarou.

Além da união da base, Ciro acredita que o eventual favoritismo da oposição pode ser compensado também com o sucesso do governo, "não hoje, mas na data [da eleição]". "É preciso que o presidente Lula esteja pilotando com incontrastável sucesso" --o que, para ele, não ocorre atualmente.

Ex-ministro da Integração Nacional no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado apontou "dificuldades de gestão e de coordenação" no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e "lentidão no cumprimento de algumas metas".

Sobre uma eventual indicação do PSB à sua candidatura em 2010, Ciro disse, ao lado do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que espera "estar à altura desse momento absolutamente risonho" para sua vida pessoal.

Campos afirmou que Ciro "deve estar pronto para ser convocado para missões partidárias" e que "o PSB tem consciência de que, em 2010, terá um papel importante na cena [política do país]".

Para o governador, o processo do mensalão, que envolve aliados e ex-integrantes do governo, não interferirá no pleito. "Não interferiu em 2006 com a força que alguns desejavam, muito menos interferirá em 2010", declarou.

Ciro disse que o PSDB "tem muito pouca moral para falar em corrupção seja de quem for". Amigo do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), ele excluiu de suas críticas o parlamentar cearense e o governador de Minas, Aécio Neves, que afirmou admirar e querer bem.






















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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.