domingo, 31 de maio de 2009

Distância entre Serra e Dilma cai 8 pontos

da Folha Online

Hoje na Folha A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), encurtou a distância nas pesquisas entre a sua pré-candidatura a presidente e a do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), informa o repórter José Alberto Bombig, em matéria publicada na Folha.

A diferença do tucano, ainda líder, para a petista estava em 30 pontos percentuais em março deste ano e agora caiu para 22 pontos, conforme o mais recente levantamento do Datafolha --Dilma tem 16% das intenções de voto, contra 38% de Serra no principal cenário.

Em relação à pesquisa anterior, a ministra do presidente Lula subiu cinco pontos percentuais, enquanto o tucano paulista perdeu três.

O crescimento levou a petista à segunda colocação, empatada tecnicamente com o deputado federal Ciro Gomes (PSB), que oscilou de 16% para 15%.

É o melhor resultado de Dilma na série histórica do levantamento.

Campanha

Dilma foi uma das estrelas da propaganda eleitoral gratuita de televisão do PT na semana passada.

Desde o início deste ano ela tem acompanhado Lula a uma série de eventos e sua pré-candidatura se consolidou dentro do partido.

Na segunda-feira passada (25), o PSDB questionou no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a propaganda partidária do PT que foi ao ar no sábado (23).

Segundo os tucanos, o programa teve "o inequívoco propósito de fazer propaganda eleitoral em favor de sua notória pré-candidata à Presidência da República", a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).

Segundo a representação, o programa mostrou Dilma num contexto "triunfal" com pessoas felizes sugerindo "plena satisfação e progresso", enquanto no momento que o locutor fala de governos passados mostra imagens do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do atual governador de São Paulo, José Serra com uma música de tom "funéreo" e "pessoas em cenas de desalento e violência policial".

Para os tucanos, o PT "utilizou seu tempo no rádio e na televisão para discorrer sobre supostas qualidades do atual governo" em vez de prestar informações sobre a legenda.

Na representação, o PSDB pede que o TSE suspenda o programa, que tem reprise prevista para amanhã, e retire o vídeo do site do PT. Além disso, os tucanos pedem aplicação de multa por propaganda eleitoral antecipada.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

DEM pressiona Serra a antecipar a campanha de 2010

Marcello Casal/ABr

Condenado a uma aliança com o PSDB na sucessão de Lula, o DEM está incomodado com a passividade do tucano José Serra.



O incômodo, que era latente, tornou-se explícito numa reunião-almoço realizada nesta quinta (28), no Rio de Janeiro.



O repasto foi oferecido pelo prefeito carioca, o ‘demo’ Cesar Maia. Dividiu a mesa com as principais lideranças do DEM.



Fez-se uma análise da conjuntura política. Serra foi à berlinda. Lero vai, lero vem produziu-se a unanimidade.



Um a um, os presentes foram expressando sua irritação com a decisão de Serra de priorizar o governo de São Paulo em detrimento da campanha.



Eis a conclusão a que chegaram: a estratégia do governador podia fazer sentido no início do ano. Mantê-la agora pode resultar em grave erro de cálculo.



O DEM espanta-se com o crescimento da candidata de Lula nas pesquisas.



Na semana passada, o PT divulgara sondagem que atribui a Dilma entre 19% e 25% das intenções de voto, dependendo do cenário.



No mesmo levantamento, feito pelo instituto Vox Populi, Serra despenca dez pontos percentuais, situando-se entre 33% e 46%.



Para o DEM, Serra precisa levar sua campanha à vitrine imediatamente. Avalia-se que, sem contrapontos, Dilma vai encostar no rival.



Eis o que disse ao blog um dos participantes do conciliábulo ‘demo”:



“O Serra precisa sair em campo. Do contrário, mesmo com a crise financeira e com a doença, Dilma vai crescer um pouquinho a cada pesquisa...”



“...Vamos chegar a dezembro com uma diferença muito pequena. E ficará bem mais difícil costurar os acordos para a montagem dos palanques nos Estados”.



Puseram-se de acordo: o anfitrião César Maia; o filho dele, Rodrigo Maia, que preside o DEM; e Jorge Bornhausen, presidente de honra da legenda.



Compartilharam do ponto de vista o governador do DF, José Roberto Arruda, e os líderes no Legislativo: José Agripino Maia (Senado) e Ronaldo Caidado (Câmara).



Também presente, Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo –hoje, o ‘demo’ mais próximo de Serra—, silenciou.



“Quem cala consente”, avaliaria depois, em conversa com o blog, um dos comensais de Cesar Maia.



Coube justamente a Kassab a missão de transmitir a Serra, em nome do partido, a animosidade verificada na reunião-almoço.



De resto, foram à mesa as rusgas que envenenam as relações do DEM com o PSDB nos Estados. São mais graves no Distrito Federal e na Bahia.



No DF, o DEM tentará reeleger o único governador que lhe restou. E irrita-se com o flerte de Serra com Joaquim Roriz (PMDB), o principal opositor de Arruda.



Na Bahia, os ‘demos’ vão de Paulo Souto. E não se conformam com o namoro do tucanato local com o grupo de Geddel Vieira Lima (PMDB).



Ministro de Lula, Geddel oscila entre a candidatura ao Senado ou ao governo do Estado.



Se fizer a segunda opção, vai romper a aliança que o une ao governador petista Jaques Wagner, candidato à reeleição.



É um movimento que, na visão do DEM, Geddel não se animará a fazer. Sobretudo porque Paulo Souto encontra-se nem-posto nas pesquisas.



Noves fora a hesitação do tucanato baianos, o DEM incomoda-se com um assédio subterrâneo que o PSDB faz para atrair Paulo Souto para os seus quadros.



Ouça-se, de novo, um dos presentes à reunião do Rio: “Esses arranjos estaduais passam pela definição da candidatura nacional...”



“...Há toda uma estrutura a ser colocada na rua. Essa estrutura só se move se tiver uma voz por trás. A voz do candidato à presidência...”



“...A previsível queda de Serra nas pesquisas deve reduzir o tamanho do salto. E o PSDB vai se dar conta de que os acordos regionais ficam mais difíceis...”



“...De nossa parte, há toda a boa vontade. Mas as pessoas na base, que caminhavam para uma aliança com a perspectiva de poder, já não vêem mais essa perspectiva tão segura”.

Escrito por Josias de Souza às 03h14

quarta-feira, 27 de maio de 2009

PMDB quer PT fora da disputa em dez estados para apoiar Dilma


Fonte: O Globo

Com o governo fragilizado pela CPI da Petrobras, PMDB prepara lista de reivindicações


O PMDB pretende entregar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda esta semana uma lista de reivindicações para fechar aliança com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff em 2010. É um ultimato do partido, que quer aproveitar a fragilidade do governo por causa da criação da CPI da Petrobras. O PMDB quer que Lula sacrifique desde já candidaturas petistas que atrapalham os planos de líderes regionais do partido. O partido quer solução rápida em pelo menos uma dezena de estados onde há conflito entre as duas legendas.

No Planalto, a pressão do PMDB não foi bem recebida, mas a ordem é não enfrentar o aliado e tentar empurrar as definições com a barriga até 2010.

Segundo o PMDB, a situação com o PT só é pacifica em seis estados: Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Amazonas, Goiás e Espírito Santo.

Em Minas, o partido lembra pesquisas que apontam o ministro das Comunicações, Hélio Costa, como favorito ao governo. Mas o PT se divide entre o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel e o ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social). No Rio, quer a retirada definitiva da candidatura do prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, em favor da reeleição de Sérgio Cabral (PMDB). No Pará, a tentativa é recompor a relação entre os dois partidos para que a governadora Ana Júlia (PT) apoie a candidatura do deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) ao Senado.

O PMDB exige ainda composição para as vagas do Senado. De seus 19 senadores, pelo menos 15 disputam a reeleição. Desse total, nove devem enfrentar petistas. É o caso de Mão Santa (PMDB-PI), que disputa com o atual governador, Wellington Dias (PT); e de Almeida Lima (PMDB-SE), que enfrentará o ex-senador e presidente da BR Distribuidora José Eduardo Dutra (PT). Além disso, os peemedebistas lembram que o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), pode disputar a vaga com o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli; e o governador Roberto Requião (PMDB-PR) deve concorrer ao Senado contra o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

terça-feira, 26 de maio de 2009

PT não tem alternativa a Dilma para sucessão de Lula, afirma Genoino


"A Dilma é, no meu modo de entender, a nossa candidata"


Do UOL Notícias
Em São Paulo

* Sergio Lima/Folha Imagem - 21.11.2007

Em entrevista aos jornalistas Haroldo Sereza e Rosanne D'Agostino nesta segunda (25) nos estúdios do UOL, Genoino também defende voto no partido e avalia a farra das passagens aéreas no Congresso: "Em 1968,[Mário] Covas me deu passagem em nome da Câmara. (...) Tem erro, mas tem coisa correta".

Em entrevista ao UOL Notícias, o deputado federal José Genoino (PT-SP) afirma que não há alternativa ao partido a não ser construir a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010.

"A Dilma é a alternativa. A Dilma é, no meu modo de entender, a nossa candidata", afirma Genoino, ao ser questionado se a sigla teria outra opção na ausência da ministra. "Portanto, nós não temos que discutir terceiro mandato, coisa nenhuma. Nós temos é que viabilizar e construir a alternativa Dilma."

"Ela tem um papel chave no governo Lula e ela está capacitada para conduzir mais um período desse projeto. E vamos lutar para que ela seja vitoriosa em 2010", diz o ex-presidente do PT, que considera ainda que a doença - um câncer no sistema linfático - não irá atrapalhar a campanha da ministra.

"Ela vai vencer e está vencendo essa dificuldade."

Genoino fala ainda sobre legalização do aborto, defende uma reforma eleitoral, com financiamento público de campanhas, união estável entre pessoas do mesmo sexo e comenta os desdobramentos do caso do mensalão, no qual é réu em processo no STF (Supremo Tribunal Federal)

domingo, 24 de maio de 2009

Crise na aliança PSDB-DEM atrapalha projeto para 2010

Aos muitos altos e baixos da aliança dos dois maiores partidos de oposição, PSDB e DEM, somam-se agora dois elementos de risco: as eleições estaduais e a tentativa do PSDB de conquistar a maior fatia possível do PMDB, em fase de tensão extrema com o governo.

Em pelo menos 8 dos 27 Estados há dificuldades no relacionamento das duas legendas da oposição. Os líderes do PSDB e do DEM garantem que a maior parte dos problemas será resolvida, com exceção do Rio Grande do Sul, onde o confronto só se agrava, especialmente depois que dois deputados do DEM assinaram o pedido de abertura de uma CPI para investigar a governadora tucana Yeda Crusius.

No Distrito Federal, os aliados do único governador do DEM, José Roberto Arruda, acompanham com apreensão os movimentos do PSDB em direção ao ex-governador Joaquim Roriz, do PMDB. E, na Bahia, a briga histórica de democratas e tucanos está em fase de trégua mas ainda é cedo para marcar a data do casamento. “No início do ano que vem, tudo estará resolvido nos Estados”, promete, conciliador, o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Paraná, Sergipe, Mato Grosso, Goiás e Espírito Santo são outros Estados onde ainda há problemas.

O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), não vê contaminação das questões estaduais na aliança nacional. Não perdoa, porém, a atitude dos democratas gaúchos. “Essa situação no Sul é inaceitável. Eles se prestam a ser linha auxiliar do PT e do PSOL. O DEM poderia resolver isso usando a disciplina interna do partido”, reage Aníbal.

Há quem acredite em turbulência até em São Paulo. O prefeito Gilberto Kassab (DEM), segundo alguns democratas, não abandonou de vez a ideia de ser candidato ao governo em 2010 e enfrentar o PSDB. Nenhum dos oposicionistas ouvidos pelo Estado acredita em abalos na aliança nacional de 2010. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: AE

sábado, 23 de maio de 2009

Tarso diz que PT e Lula não discutem alternativas à candidatura de Dilma

GRACILIANO ROCHA
da Agência Folha, em Porto Alegre

O ministro Tarso Genro (Justiça) afirmou ontem que o PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não aceitam discutir alternativas a Dilma Rousseff para a eleição presidencial de 2010. A ministra da Casa Civil faz tratamento contra câncer no sistema linfático.

"Nós não temos plano B. Nosso plano é o plano A, aliás, é plano D, plano Dilma, que foi a pessoa indicada pelo presidente e que tem enorme acolhimento no partido", disse o ministro, após participar de seminário em Porto Alegre.

A pressão por uma opção a Dilma é feita por congressistas de legendas da base lulista, como o PMDB, que afirmam que a doença da ministra provoca incerteza política na sucessão.

Segundo Tarso, problemas de saúde não deverão tirar a preferida de Lula da disputa porque ela se submete a um "tratamento pelo qual centenas de milhares de pessoas já passaram com todo o sucesso".

Uma emenda à Constituição que permita ao presidente disputar um terceiro mandato consecutivo, afirmou, também está fora de cogitação.

Para Tarso, a mudança nas regras do jogo presidencial seria casuísmo e comparou a proposta de referendo para terceiro mandato à mudança constitucional de 1997, patrocinada pelo governo Fernando Henrique Cardoso, que permitiu ao tucano concorrer à reeleição no ano seguinte.

"Seria reformar casuisticamente a Constituição, como foi feito com Fernando Henrique. Lula não pretende, não quer e não acha correto nem sequer que se discuta isso", declarou.

Pré-candidato ao governo gaúcho, Tarso também descartou a possibilidade de aliança entre os dois maiores partidos da base de Lula, PT e PMDB, para a disputa da sucessão da governadora Yeda Crusius (PSDB).

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Dilma já lidera e chega a 25% em cenário com Aécio (Do Blog do Rovai)

(21/05/2009 22:48)

A Pesquisa encomendada pelo PT à Vox Populi, com margem de erro de 2,2% e queu ouviu 2 mil pessoas entre 2 e 7 de maio, traz resultados bastante alentadores para a candidatura da ministra Dilma Roussef. Veja os números:



Sentimento sobre o Brasil

- 67% estão satisfeitos ou muito satisfeitos, igual a maio de 2008;

- 27% estão insatisfeitos; 5% muito insatisfeitos

- Para 60%, Brasil melhorou nos últimos anos

- Para 14%, piorou

- Para 56%, vai melhorar nos próximos 2 anos

- Para 13%, vai piorar



Preferência partidária

- PT tem 29% da preferência partidária; alta de 4 pontos em relação a 2008 e de 10 pontos sobre 2004.

- PMDB tem 8%; PSDB tem 7%; e DEM tem 1%

- Eleitores sem preferência: 49%, queda de 15 pontos em relação a 2004 (64%)



Rejeição Partidária

- PT tem 8% de rejeição, estável em relação a 2008

- PMDB tem 5%; PSDB tem 5%; e DEM tem 3%

- 67% não rejeitam nenhum partido, queda de 2 pontos em relação a 2008 (69%)



Imagem partidária

- Primeiro partido que vem à cabeça: PT, 35%; PMDB, 24%; PSDB, 14%.



Avaliação do PT

- 59% têm muita ou alguma simpatia pelo PT, aumento de 12 pontos sobre 2008

- 81% acham o PT forte ou muito forte, aumento de 5 pontos em relação a 2008

- 65% consideram positiva a atuação do PT na política, aumento de 5 pontos sobre 2008

- Para 70%, o PT ajuda o Brasil a crescer, aumento de 5 pontos sobre 2008



Opiniões sobre o PT

- É dinâmico e trabalhador: 75%, contra 69% em 2008

- É moderno, com idéias novas: 75%, contra 69% em 2008

- Deve ter candidato próprio à Presidência: 68%, contra 67% em 2008



Governo Lula (Desempenho do presidente)

- Avaliação positiva: 87% (ótimo, bom e regular positivo), contra 84% em 2008

- Avaliação negativa: 13% (ruim, péssimo e regular negativo), contra 15% em 2008



Melhores ações do governo

- Programas sociais, 36%; política econômica, 19%; Educação, 8%; Habitação, 7%



Eleições (partido do próximo presidente)

- Para 34%, próximo presidente deve ser do PT



Projeto de país

- Para 73%, próximo presidente deve continuar com todas ou com a maioria das atuais políticas, contra 68% em 2008.



Candidato apoiado por Lula

- 23% votam com certeza no candidato apoiado por Lula

- 41% pode votar, dependendo do candidato

- 10% não votam

- 22% não levam isso em consideração



INTENÇÃO DE VOTO PARA PRESIDENTE, 1º turno, estimulada



Cenário 1

Ciro, 23%; Dilma, 21%; Aécio, 18%; Heloísa, 10%; Branco/Nulo/NS, 18%



Cenário 2

Serra, 36%; Dilma, 19%; Ciro, 17%; Heloísa, 8%; Branco/Nulo/NS, 19%

Comparativo: Em relação a maio de 2008, Dilma subiu 10 pontos; Serra caiu 10 pontos; e Ciro caiu 6 pontos.



Cenário 3

Dilma, 25%; Aécio, 20%; Heloísa, 16%; Brancos/Nulos/NS, 40%



Cenário 4

Serra, 43%; Dilma, 22%; Heloísa, 11%; Branco/Nulo/NS, 24%



Cenário 5

Serra, 48%; Dilma, 25%; Branco/Nulo/NS, 37%



Rejeição

Heloísa Helena, 17%; Aécio, 13%; Serra, 12%; Dilma, 11%; Ciro, 9%.

Meu comentário: Com esses números a esta altura da disputa, Dilma se tornou um nome fortíssimo para a próxima disputa presidencial. Arrisco dizer que vou perder uma aposta com um conterrâneo meu, que num boteco de Brasília arriscou dizer que ela passaria dos 30% até o final do ano. Surpreendente.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

PMDB vai a Lula para dizer que ‘balança’ por Serra (Blog do Josias)




Moacyr Lopes Jr./Folha
Ao retornar da viagem que faz ao exterior, Lula receberá um pedido de audiência da cúpula do PMDB.



Sócio majoritário do consórcio partidário que gravita em torno do governo, o PMDB está inquieto.



Deve-se a inquietude à dificuldade que os peemedebistas encontram para costurar alianças com o PT na maioria dos Estados.



O desassossego dos peemedebistas aumenta à medida que o calendário avança em direção a 2010.



Avalia-se que, sem uma interferência direta de Lula, os pedaços para importantes do partido podem cair no colo do PSDB.



Conforme já noticiado aqui, o alto comando do PMDB identifica uma aversão ao petismo em alguns de seus principais diretórios estaduais.



O fenômeno produz uma incômoda dicotomia:



Embora ocupe seis ministérios na Esplanada de Lula, o PMDB pende, hoje, mais para a candidatura presidencial de José Serra (PSDB) do que para a de Dilma Rousseff (PT).



A idéia é dar à conversa com Lula ares de aviso: ou o presidente age imediatamente ou a aliança em torno de Dilma pode subir no telhado.



O PMDB pede a Lula que entre em campo porque já não exerga na grande área do PT nenhum interlocutor com autoridade para negociar.



Ricardo Berzoini (SP), o atual presidente do PT, é carta que escorrega para fora do baralho. Sua presidência se encaminha para o final. Termina em novembro.



Insinua-se como substituto de Berzoini o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho. Mas o presidente demora-se em liberá-lo.



Os peemedebistas mais aflitos são justamente os que defendem com mais ardor o nome de Dilma.



Entre eles o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Ele vem realizando consultas à sua bancada. E já enxerga a fumaça.



A última reunião de avaliação de conjuntura ocorreu há seis dias, em Brasília. Deu-se na casa do deputado Waldemir Moka (PMDB-MS).



Lá estavam, além de soldados da bancada, dois generais do PMDB: o presidente da Câmara, Michel Temer, e o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional).



O Mato Grosso do Sul, Estado de Moka, é um dos pedaços do mapa em que o PMDB tem dificuldades para se acertar com o PT.



A visão que se espraia pelo PMDB pode ser resumida em quatro tópicos:



1. A doença de Dilma Rousseff impôs à costura nacional uma meia-trava;



2. O freio não afetou, porém, os entendimentos nos Estados, que ganham velocidade;



3. Menos estruturado nacionalmente, o PSDB nutre, em relação à disputa pelos governos estaduais , um apetite menor que o do PT.



Em consequência, a fricção do PMDB é maior com o petismo. E os acertos regionais parecem fluir mais naturalmente com as forças do campo tucano-democrata de Serra.



4. Mantida a dinâmica atual, quando chegar a hora de jogar lenha na fornalha presidencial, será difícil acomodar a locomotiva do PMDB nos trilhos que levam a Dilma.



Daí o pedido de interferência de Lula. Há coisa de 30 dias, em reunião com um grupo de grãopetistas, o presidente pedira “juízo” no trato com o PMDB.



Depois, num encontro de seu diretório nacional, o PT aprovou resolução que condiciona os arranjos locais à costura nacional.



Foi a forma encontrada pelo PT para levar ao freezer o lançamento prematuro de candidaturas petistas aos governos dos Estados.



Para o PMDB, se ficar nisso não resolve. Deseja-se que, empurrado por Lula, o PT demonstre efetiva “generosidade”.



Menciona-se como emblemática a situação de Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país.



Ali, o PMDB empina a candidatura do ministro Hélio Costa (Comunicações). Pesquisas internas o apontam como favorito.



A despeito disso, o PT divide-se entre o ex-prefeito Fernando Pimentel e o ministro do Bolsa Família, Patrus Ananias.



“Se o governador Aécio Neves (PSDB) fizer um aceno para o Hélio Costa, a coisa vai ficar complicada”, resumiu ao blog um cardeal do PMDB.

Escrito por Josias de Souza às 02h50

domingo, 17 de maio de 2009

Aécio fecha acordo para ser vice de Serra - KENNEDY ALENCAR

Os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas, Aécio Neves, fecharam um acordo para as eleições de 2010.

O principal articulador foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Segundo integrantes da cúpula do PSDB, esse entendimento deverá ser anunciado em agosto ou setembro, enterrando a possibilidade de uma prévia entre os dois potenciais candidatos ao Palácio do Planalto.

Por ora, haverá negativas, mas, nos bastidores, o acerto foi concluído.

Serra lidera as pesquisas. E terá 68 anos em outubro de 2010. Será sua última tentativa de conquistar a Presidência. Ele precisa do apoio de Minas, o segundo maior colégio eleitoral do país. Sem Aécio, Serra se enfraqueceria.

O governador paulista fará todos os gestos para dar a Aécio uma saída honrosa. Haverá um ritual de retirada da pré-candidatura mineira. Aécio terá holofotes e a palavra dada de Serra de que possuirá um pedaço importante do eventual governo federal.

Aécio resistia a ser vice, mas pesaram alguns conselhos de FHC e uma avaliação do governador mineiro sobre o atual quadro político. Em primeiro lugar, Serra tem mais cacife nas pesquisas. Dificilmente esse cenário mudaria até a hora da definição. Se Serra precisa de Aécio, Aécio precisaria de Serra para vencer.

FHC foi explícito numa conversa com o governador mineiro: uma eventual derrota para o PT poderia abrir a perspectiva de deixar o PSDB fora do poder central por 16 anos. Afinal, um presidente do atual campo governista poderia ser candidato à reeleição. O ex-presidente disse a Aécio que a eventual derrota tucana também seria debitada na conta dele. Falou claramente que ele seria cobrado.

O governador mineiro tinha a intenção de ser candidato ao Palácio do Planalto com respaldo informal de Lula. Mas o presidente da República deixou claro que o projeto Dilma Rousseff era para valer. A opção lulista pela ministra da Casa Civil enfraqueceu a possibilidade de Aécio contar com esse aval informal.

Por último, Aécio poderia desistir e ser candidato a senador. O atual estado do Senado mostra muito bem como anda a coisa por lá. José Sarney que o diga. O peemedebista acha que entrou numa fria. Um Aécio senador não seria presidente da Casa de forma fácil.

Melhor, aconselhou FHC, seria negociar com Serra uma fatia de poder real e o compromisso de acabar com a reeleição e instituir o mandato presidencial de cinco anos. Serra topou. Se vai entregar se ganhar a Presidência, são outros quinhentos.

*

Fator Dilma

A incerteza política gerada pelo tratamento de saúde de Dilma contribuiu para o acerto entre Serra e Aécio.

*

Pior cenário

No cenário de derrota de Serra, Aécio ficaria sem mandato. Aos 50 anos em outubro de 2010, seria o primeiro da fila no PSDB para concorrer à Presidência ou, no mínimo, poderia tentar o governo mineiro ou o Senado em 2014.

Idade e peso político para todos esses cargos ele tem de sobra.

sábado, 16 de maio de 2009

Carta Social ao Povo Brasileiro

Como não são bobos, os potenciais candidatos do PSDB à Presidência buscam um discurso para capturar parte do eleitorado que hoje sustenta Luiz Inácio Lula da Silva. Os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas, Aécio Neves, agem com maior moderação do que tucanos e democratas do Congresso porque sabem que precisam dialogar com a base política de Lula para ter sucesso na eleição de outubro de 2010.

Aécio faz um correto discurso de que o país deve se preocupar com o "pós-Lula". Critica, mas alisa. Reconhece avanços. Concentra-se mais nas bandeiras de aprimorar programas sociais e gerenciar melhor a máquina.

Serra tem saído da toca na economia. Começou a bater mais duro na política econômica, sobretudo no manejo dos juros básicos (Selic) pelo Banco Central. Crítica acertada. O BC errou no auge da crise. Poderia ter baixado os juros antes e mais rapidamente. Só o fez depois de a porteira ter sido arrombada, derrubada e destroçada.

Mas o PSDB tem uma dificuldade danada para fazer um discurso atraente que leve o eleitorado que hoje dá alta popularidade a Lula a pensar em optar por um nome da oposição e não do governo.

Um erro parece ser o ataque à mudança de regra na poupança. O PSDB terceirizou a tarefa para o PPS. O deputado federal Raul Jungmann foi à TV dizer que o governo pensava em mexer na poupança como fez o governo Collor. Não houve bloqueio, mas muita gente saiu correndo da poupança com medo. Muitas pessoas tiraram dinheiro e saíram perdendo.

Veio uma mudança que atingiu 1% dos poupadores e que não tem nada de bloqueio. Ou seja, a crítica do PPS, endossada por muitos tucanos e democratas, não se sustentou nos fatos.

Outro exemplo: o PSDB e o DEM passaram anos criticando o Bolsa Família. Falavam que era assistencialista e voltado para a fidelização do eleitorado pobre (compra de votos, trocando em miúdos). O programa é um tremendo colchão social, ainda mais numa hora de crise. Recentemente, o PSDB fez até seminário para dizer que não era contra o Bolsa Família. Convenceu? Há controvérsias.

Falta muito tempo para a eleição. Será um erro a oposição ignorar a massificação dos programas sociais sob a batuta de Lula. Convém lembrar que o PT só pavimentou o caminho até o poder central depois de abandonar a pregação econômica do velho PT.

Em 2002, Lula lançou a Carta ao Povo Brasileiro para beijar a cruz do respeito aos contratos e aos fundamentos econômicos caros ao mercado. Talvez seja a hora de a oposição começar a pensar na sua Carta Social ao Povo Brasileiro.

Do contrário, não será fácil derrotar o atual governo nas urnas no ano que vem.


E-mail: kennedy.alencar@grupofolha.com.br

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Hoje, PMDB pende mais para Serra do que para Dilma


Cúpula da legenda vê 'aversão' ao PT em grandes Estados



Moacyr Lopes Jr./Folha



“Se tivéssemos que tomar uma decisão hoje, estaríamos mais perto de fechar com Serra, não com Dilma”.



A frase acima foi dita ao blog por um integrante da cúpula do PMDB. Dedica-se à análise do desenho político que começa a ser esboçado nos Estados.



Fez um levantamento nacional da situação da legenda. Verificou que, por ora, o acerto com o petismo revela-se viável somente em três Estados: Ceará, Amazonas e Piauí (neste último, com a dissidência do senador Mão Santa).



Nas outras 24 unidades da federação, o PMDB ou rumina a indefinição ou se encaminha para uma aliança com PSDB e DEM.



De acordo com o levantamento, a “namoradinha” da política brasileira flerta com a oposição justamente em alguns dos maiores colégios eleitorais do país.



No maior deles, São Paulo, Orestes Quércia, está fechado com a candidatura presidencial do tucano José Serra.



Um problema para o paulista Michel Temer. Voz ativa em Brasília, o presidente da Câmara apita pouco em sua terra.



Ali, quem dá as cartas no diretório do PMDB é Quércia. Ele preside o partido. Mais: controla-o.



Em Santa Catarina, uma aliança do PMDB com o PT é sonho irrealizável. O governador peemedebista Luiz Henrique governa em aliança com PSDB e DEM.



Candidato ao Senado, Luiz Henrique costura a manutenção da tríplice aliança. Não quer nem ouvir falar de Idelli Salvatti, o nome do PT à sua sucessão.



No Rio Grande do Sul, o PMDB é adversário histórico do PT. Leva ao forno a candidatura estadual do prefeito de Porto Alegre, José Fogaça.



A governadora tucana Yeda Crusius rumina a idéia de candidatar-se à reeleição. Mas o tucanato nacional trama puxar-lhe o tapete, fechando com Fogaça.



A despeito da cara virada do presidente do PT, Ricardo Berzoini, o petismo gaúcho prevê para julho a escolha do seu candidato. Tarso Genro é favorito. Nada de PMDB.



No Paraná, o governador Roberto Requião, velho aliado de Lula no PMDB, liberou seus “costureiros” para tricotar com o PSDB.



Dialogam nos subterrâneos com os dois pré-candidatos tucanos ao governo paranaense: o senador Álvaro Dias e o prefeito curitibano Beto Richa.



Requião conversa amiúde com Quércia. Há coisa de dois meses, esteve com Serra, em São Paulo. Recebeu-o em Curitiba. Firmaram uma parceria fiscal.



Candidato ao Senado, Requião tenta esvaziar a candidatura ao governo de Osmar Dias (PDT), com quem o PT, empurrado por Lula, cogita se aliar.



Em Minas, segundo maior colégio eleitoral do país, o PMDB vai de Hélio Costa. O ministro das Comunicações busca uma aliança com Aécio Neves.



Tomado pelo noticiário, Aécio disputa a vaga de presidenciável com Serra. Tomado pelo que se diz dele abaixo da linha d’água, estaria rendido às evidências.



Prevalecendo a 2ª hipótese, Aécio pende para o Senado, não para a vice de Serra. Para o governo, tenta empinar a candidatura de seu vice, Antonio Anastasia.



É uma espécie de Dilma de calças. Jamais disputou eleições. O PMDB aposta na inviabilidade de Anastasia para atrair Aécio para o palanque de Hélio Costa.



Enquanto isso, o petismo mineiro briga. Medem forças pelo governo o ex-prefeito Fernando Pimentel e o ministro do Bolsa Família, Patrus Ananias.



Em Brasília, os grãopeemedebistas José Sarney e Renan Calheiros posam de “dilmetes”. No Maranhão e em Alagoas, o PMDB de ambos quebra lanças com o PT.



Em conversa reservada, há dois dias, Roseana Sarney, que acaba de ganhar o governo maranhense no tapetão do TSE, desfiou um rosário de queixas ao PT.



O petismo do Maranhão torce o nariz para os Sarney. Resiste às tentativas de aproximação.



Nas plagas alagoanas, Renan joga o jogo do governador tucano Teotônio Vilela Filho. E vice-versa. Teotônio deve disputar a reeleição. Renan, o Senado. Ou vice-versa.



Em Pernambuco, o PMDB se chama Jarbas Vasconcelos. É Serra desde menino.



Na Bahia, PMDB é sinônimo de Geddel Vieira Lima. Ministro de Lula, Geddel mantém com o governador baiano Jaques Wagner, do PT, uma aliança frágil.



Espanta-se com os ataques que o petismo dirige ao seu grupo. Em privado, não excluiu a possibilidade de disputar o governo, em aliança com ‘demos’ e tucanos.



No Rio Grande do Norte, o PMDB vive um dilema. Henrique Eduardo Alves, líder na Câmara, é Dilma. Garibaldi Alves, majoritário no diretório, pende para Serra.



Garibaldi distanciara-se de José Agripino Maia (DEM). Agora, ensaia a reaproximação. Cogita apoiar a candidatura ao governo da senadora ‘demo’ Rosalba Ciarlini.



No Pará, o dono do PMDB é Jader Barbalho. Em 2006, ajudara a eleger a governadora Ana Julia Carepa, do PT. Hoje, quer vê-la pelas costas.



Ana Júlia deseja reeleger-se. Jader quer voltar ao Senado. E trama acomodar no palácio o filho Helder Barbalho, prefeito de Ananindeua, numa aliança com o PSDB.



No Rio, outro dilema. O governador Sérgio Cabral é Dilma. O ex-governador Antony Garotinho trabalha para arrastar o diretório do PMDB para o colo de Serra.



Para complicar, o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, do PT, quer ser governador. Tenta retirar o PT do palanque reeleitoral de Cabral, dodói de Lula.



O PMDB, como se vê, faz jus ao vocábulo partido. Nada mais fragmentado. A lei não impede que o partido faça alianças diferentes nos planos nacional e estadual.



Mas o dirigente que traçou o quadro acima para o repórter diz que não há como ignorar que, por ora, Serra leva “vantagem” sobre Dilma no PMDB.

Escrito por Josias de Souza às 04h50

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.