segunda-feira, 18 de maio de 2009
PMDB vai a Lula para dizer que ‘balança’ por Serra (Blog do Josias)
Moacyr Lopes Jr./Folha
Ao retornar da viagem que faz ao exterior, Lula receberá um pedido de audiência da cúpula do PMDB.
Sócio majoritário do consórcio partidário que gravita em torno do governo, o PMDB está inquieto.
Deve-se a inquietude à dificuldade que os peemedebistas encontram para costurar alianças com o PT na maioria dos Estados.
O desassossego dos peemedebistas aumenta à medida que o calendário avança em direção a 2010.
Avalia-se que, sem uma interferência direta de Lula, os pedaços para importantes do partido podem cair no colo do PSDB.
Conforme já noticiado aqui, o alto comando do PMDB identifica uma aversão ao petismo em alguns de seus principais diretórios estaduais.
O fenômeno produz uma incômoda dicotomia:
Embora ocupe seis ministérios na Esplanada de Lula, o PMDB pende, hoje, mais para a candidatura presidencial de José Serra (PSDB) do que para a de Dilma Rousseff (PT).
A idéia é dar à conversa com Lula ares de aviso: ou o presidente age imediatamente ou a aliança em torno de Dilma pode subir no telhado.
O PMDB pede a Lula que entre em campo porque já não exerga na grande área do PT nenhum interlocutor com autoridade para negociar.
Ricardo Berzoini (SP), o atual presidente do PT, é carta que escorrega para fora do baralho. Sua presidência se encaminha para o final. Termina em novembro.
Insinua-se como substituto de Berzoini o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho. Mas o presidente demora-se em liberá-lo.
Os peemedebistas mais aflitos são justamente os que defendem com mais ardor o nome de Dilma.
Entre eles o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Ele vem realizando consultas à sua bancada. E já enxerga a fumaça.
A última reunião de avaliação de conjuntura ocorreu há seis dias, em Brasília. Deu-se na casa do deputado Waldemir Moka (PMDB-MS).
Lá estavam, além de soldados da bancada, dois generais do PMDB: o presidente da Câmara, Michel Temer, e o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional).
O Mato Grosso do Sul, Estado de Moka, é um dos pedaços do mapa em que o PMDB tem dificuldades para se acertar com o PT.
A visão que se espraia pelo PMDB pode ser resumida em quatro tópicos:
1. A doença de Dilma Rousseff impôs à costura nacional uma meia-trava;
2. O freio não afetou, porém, os entendimentos nos Estados, que ganham velocidade;
3. Menos estruturado nacionalmente, o PSDB nutre, em relação à disputa pelos governos estaduais , um apetite menor que o do PT.
Em consequência, a fricção do PMDB é maior com o petismo. E os acertos regionais parecem fluir mais naturalmente com as forças do campo tucano-democrata de Serra.
4. Mantida a dinâmica atual, quando chegar a hora de jogar lenha na fornalha presidencial, será difícil acomodar a locomotiva do PMDB nos trilhos que levam a Dilma.
Daí o pedido de interferência de Lula. Há coisa de 30 dias, em reunião com um grupo de grãopetistas, o presidente pedira “juízo” no trato com o PMDB.
Depois, num encontro de seu diretório nacional, o PT aprovou resolução que condiciona os arranjos locais à costura nacional.
Foi a forma encontrada pelo PT para levar ao freezer o lançamento prematuro de candidaturas petistas aos governos dos Estados.
Para o PMDB, se ficar nisso não resolve. Deseja-se que, empurrado por Lula, o PT demonstre efetiva “generosidade”.
Menciona-se como emblemática a situação de Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país.
Ali, o PMDB empina a candidatura do ministro Hélio Costa (Comunicações). Pesquisas internas o apontam como favorito.
A despeito disso, o PT divide-se entre o ex-prefeito Fernando Pimentel e o ministro do Bolsa Família, Patrus Ananias.
“Se o governador Aécio Neves (PSDB) fizer um aceno para o Hélio Costa, a coisa vai ficar complicada”, resumiu ao blog um cardeal do PMDB.
Escrito por Josias de Souza às 02h50
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Quem sou eu
- Blog do Paim
- Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.
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