sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Lula diz que governo tem condições de fazer seu sucessor em 2010

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil


Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu agora à noite que o governo tem condições de fazer o seu sucessor em 2010. A afirmação foi feita durante solenidade de aniversário da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), em Brasília, quando foi cobrado por dirigentes sindicais sobre a candidatura do seu sucessor. Ele ressaltou, no entanto, que o assunto será encaminhado no tempo certo.

Lula foi saudado por dirigentes das centrais sindicais e durante 45 minutos fez um discurso relembrando passagens do seu tempo de dirigente sindical em São Bernardo do Campo (SP).

O presidente enfatizou que a sua geração, como metalúrgico, não teve em nenhum momento ganho salarial, diferente de hoje, quando a economia está crescendo e gerando empregos. Ressaltou, inclusive, que esta é a hora adequada para os trabalhadores reivindicarem mais direitos, “porque em momento de crise a gente tem é que ficar quieto”.

sábado, 16 de agosto de 2008

Crise entre PT e PMDB abala alianças para eleições (Tribuna da Imprensa)

BRASÍLIA - Vão muito além de Minas Gerais as trombadas entre PMDB e PT na montagem das alianças municipais para outubro. A crise entre os dois partidos é de tal ordem que na quarta-feira passada o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), foi forçado a adiar a reunião que teria com presidentes de diretórios regionais para discutir a aliança preferencial com o PT nas eleições municipais. "Achamos melhor apagar alguns incêndios antes de reunir as lideranças estaduais em Brasília", justificou o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN).

A revolta maior grassa entre os mineiros, inconformados em tomar um "chute eleitoral" do PT na briga pela Prefeitura de Belo Horizonte. Mas a parceria bem-sucedida entre PT e PMDB na Bahia, que garantiu a eleição do governador Jaques Wagner (PT), também está abalada. PT e PMDB estão juntos no secretariado de Wagner e são parceiros na prefeitura de Salvador, comandada pelo prefeito João Henrique Carneiro (PMDB).

O ministro da Integração Nacional, deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), tem sugerido ao governador e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o PT não deve lançar candidato próprio na capital, já que João Henrique concorre à reeleição. Mas até agora os apelos de Wagner e Lula em favor do entendimento não surtiram efeito. Temer adverte que em muitos casos a aliança é improvável. "Haverá disputa entre os partidos da base e vários desses partidos vão se alinhar com a oposição em várias capitais e cidades estratégicas", prevê.

Dirigentes das duas legendas já não têm dúvidas de que PT e PMDB vão duelar em Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), São Luís (MA), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT) e Rio Branco (AC). O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) acha que o PT mineiro está fazendo um acordo com o PSDB para isolar o ministro Hélio Costa, das Comunicações, e lembra que, no momento, Costa é o líder nas pesquisas eleitorais para a prefeitura da capital.

O PMDB mineiro reage porque o PT dispensou um aliado de primeira hora para se unir ao PSDB do governador Aécio Neves no apoio a um candidato do PSB. Temer avalia que "o grande desafio é não contaminar a aliança nacional com as brigas locais". Afinal, nem em São Paulo, onde o PT chamou o PMDB de Orestes Quércia para conversar e lhe ofereceu o cargo de vice ou composição para uma das vagas ao Senado em 2010, a aliança é tida como certa.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

PMDB quer a vice-presidência (Carlos Chagas - Tribuna da Imprensa)

BRASÍLIA - Vale começar repetindo o provérbio árabe de que "bebe água limpa quem chega primeiro na fonte". Por conta disso o PMDB está começando a entrar em ebulição. Transcorra a sucessão de 2010 dentro das regras atuais, com Dilma Rousseff de candidata, ou venha a confirmar-se a presunção do terceiro mandato para o presidente Lula, uma evidência transparece: o PMDB aceita abrir mão de disputar o pPlácio do Planalto, mas não cede à pretensão de indicar o candidato à vice-presidência.

Tanto faz se, daqui até as eleições, o Congresso tiver aprovado o direito de Lula eleger-se mais uma vez, certamente com os votos da bancada peemedebista. Ou se a atual Constituição for cumprida.

"Da vice não abrimos mão, desta vez!" é o slogan que mais se ouve na Câmara e no Senado entre parlamentares do PMDB, de José Sarney a Mão Santa, de Michel Temer a Eliseu Padilha, sem esquecer os governadores, os prefeitos, os vereadores e as bases.

Nomes existem aos montes, da senadora Roseana Sarney ao governador Roberto Requião. Todos acomodados à necessidade de mais uma vez seguirem a reboque das decisões do presidente Lula, desde que o companheiro de chapa dele ou de Dilma provenha de seus quadros.

Por isso tem sido grande a rejeição à dobradinha atribuída ao presidente Lula, de que Ciro Gomes seria excelente opção para companheiro de chapa da chefe da Casa Civil. Oferecer a presidência da República em holocausto à própria permanência nas beiradas do poder e suas benesses, o partido admite. Mas aceitar um cristão-novo de um pequeno partido, no caso o PSB, de jeito nenhum.

Disporá o PMDB de poder de fogo capaz de emplacar um seu candidato à vice-presidência? Depende. A bancada no Congresso é poderosa, mas desunida. Dificilmente seus deputados e senadores, em maioria, aceitariam deixar de votar os projetos oficiais como uma espécie de aviso à possível escolha de Ciro. Podem agir assim se a nomeação para alguma diretoria de empresa estatal demorar a sair.

A ameaça de lançar um candidato próprio à presidência da República gera pouca intranqüilidade, por enquanto, porque se ignoram quem poderá ser o candidato à vice-presidência, quanto mais em se tratando do candidato à presidência? Mesmo a hipótese do ingresso do governador Aécio Neves em suas fileiras é vista com muita descrença e alguma discordância, no partido.

Os dirigentes maiores do PMDB imaginam conseguir segurar a reação de suas bases até a proclamação dos resultados das eleições de outubro. Depois, caso seus candidatos tenham apresentado boa performance, poderão começar a negociar. Sem eles, o governo corre risco. Com eles, o preço a pagar pode ser demasiado.

domingo, 3 de agosto de 2008

De olho na Presidência, PSDB concorre em 11 capitais

Agência Reuters
Com candidatos em 11 capitais, o PSDB pretende usar as eleições municipais para reconquistar a Presidência da República em 2010. A estratégia do partido é aproveitar a campanha eleitoral deste ano para fortalecer a legenda, que terá papel essencial para garantir ao seu candidato a presidente o apoio necessário.

"Nas eleições presidenciais de 2006, os candidatos estavam acima dos partidos. Em 2010, os candidatos precisarão mais dos partidos para vencer, pois não há mais lideranças majoritárias", disse o presidente tucano, senador Sérgio Guerra (PE).

"Por exemplo, as bases de Geraldo Alckmin (candidato à Presidência há dois anos e atual candidato à prefeitura de São Paulo) eram fortes, mas não foram solidárias", complementou.

Os tucanos, que ocuparam a Presidência com Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), perderam o Planalto para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas últimas duas eleições.

A primeira para o atual governador de São Paulo, José Serra, que pretende concorrer em 2010 se vencer a disputa interna com o também governador Aécio Neves (MG). Na segunda, em 2006, além de Lula ter tido a vantagem da reeleição, Alckmin sofreu com a desestruturação do apoio interno por ter disputado com Serra a indicação a candidato.

Em relação às capitais, nas eleições municipais de outubro, o partido quer, no mínimo, reeleger os prefeitos de Curitiba, Cuiabá e Teresina. Mas pretende também conquistar as prefeituras de cidades populosas, como São Paulo, além de Salvador.

Onde seus candidatos não estiverem bem colocados nas pesquisas de opinião, os tucanos querem, ainda assim, usar a campanha para melhorar a imagem do partido junto ao eleitorado.

"O nosso fator diferencial é a gestão", disse o secretário-geral do PSDB, deputado Rodrigo de Castro (MG). "As nossas três prefeituras de capitais são vitrines e serão exemplos de gestão para os outros candidatos."

Além de Curitiba, Cuiabá, Teresina, São Paulo e Salvador, o PSDB contará com candidatos próprios em João Pessoa, Maceió, Porto Alegre, Porto Velho, Rio Branco e São Luís. Nos demais municípios do país, os tucanos disputarão 1.783 prefeituras.

Nas eleições de 2004, o PSDB venceu em 870 cidades, número inferior ao resultado do pleito de 2000, quando ganharam em 985 municípios, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

CUIDADO COM ALIADOS

Candidato em São Paulo, Alckmin tem a missão de vencer as eleições sem gerar fraturas entre a aliança do PSDB e DEM no âmbito nacional. O atual prefeito, Gilberto Kassab, é filiado ao Democratas e tenta permanecer no cargo por mais quatro anos. Tucanos ligados a Serra apóiam Kassab.

"São Paulo tem a eleição mais importante do Brasil. Em São Paulo, temos que manter o caminho aberto para receber o apoio do DEM no segundo turno. O nosso grande adversário é o PT", ponderou o secretário-geral tucano. Alckmin e Marta Suplicy (PT) disputam a preferência dos paulistanos nas recentes pesquisas de intenção de voto.

Em Belo Horizonte, o PSDB se juntou ao PT para apoiar Márcio Lacerda, do PSB. O candidato foi lançado por Aécio e pelo atual prefeito da cidade, Fernando Pimentel (PT).

Mas enquanto o PT ocupa a vice na chapa, o PSDB apóia o candidato de maneira informal. Temendo o fortalecimento de Aécio, a direção nacional do PT vetou uma aliança formal com os tucanos na capital mineira.

Lacerda, secretário de de Desenvolvimento Econômico de Aécio até há pouco tempo, está em terceiro lugar nas pesquisas de opinião pública.

"O grande eleitor dele é o governador Aécio Neves. A maior credencial dele foi a sua participação no governo estadual. Então, é natural que, se ele ganhar, o PSDB participe do governo dele", comentou Castro.

Para a cúpula do PSDB, os prefeitos Beto Richa (Curitiba), Silvio Mendes (Teresina) e Wilson Santos (Cuiabá) são bem avaliados pela população e devem se reeleger. Em Salvador, Antonio Imbassahy disputa a dianteira das pesquisas de opinião com o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM). O ex-governador e ex-deputado federal João Castelo também está bem avaliado em São Luís.

Em Porto Alegre e Maceió, acreditam integrantes da Executiva Nacional do PSDB, as eleições serão árduas. O deputado estadual João Gonçalves, candidato em João Pessoa, também enfrenta dificuldades.

Fonte: A Tarde

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Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.