domingo, 3 de agosto de 2008

De olho na Presidência, PSDB concorre em 11 capitais

Agência Reuters
Com candidatos em 11 capitais, o PSDB pretende usar as eleições municipais para reconquistar a Presidência da República em 2010. A estratégia do partido é aproveitar a campanha eleitoral deste ano para fortalecer a legenda, que terá papel essencial para garantir ao seu candidato a presidente o apoio necessário.

"Nas eleições presidenciais de 2006, os candidatos estavam acima dos partidos. Em 2010, os candidatos precisarão mais dos partidos para vencer, pois não há mais lideranças majoritárias", disse o presidente tucano, senador Sérgio Guerra (PE).

"Por exemplo, as bases de Geraldo Alckmin (candidato à Presidência há dois anos e atual candidato à prefeitura de São Paulo) eram fortes, mas não foram solidárias", complementou.

Os tucanos, que ocuparam a Presidência com Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), perderam o Planalto para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas últimas duas eleições.

A primeira para o atual governador de São Paulo, José Serra, que pretende concorrer em 2010 se vencer a disputa interna com o também governador Aécio Neves (MG). Na segunda, em 2006, além de Lula ter tido a vantagem da reeleição, Alckmin sofreu com a desestruturação do apoio interno por ter disputado com Serra a indicação a candidato.

Em relação às capitais, nas eleições municipais de outubro, o partido quer, no mínimo, reeleger os prefeitos de Curitiba, Cuiabá e Teresina. Mas pretende também conquistar as prefeituras de cidades populosas, como São Paulo, além de Salvador.

Onde seus candidatos não estiverem bem colocados nas pesquisas de opinião, os tucanos querem, ainda assim, usar a campanha para melhorar a imagem do partido junto ao eleitorado.

"O nosso fator diferencial é a gestão", disse o secretário-geral do PSDB, deputado Rodrigo de Castro (MG). "As nossas três prefeituras de capitais são vitrines e serão exemplos de gestão para os outros candidatos."

Além de Curitiba, Cuiabá, Teresina, São Paulo e Salvador, o PSDB contará com candidatos próprios em João Pessoa, Maceió, Porto Alegre, Porto Velho, Rio Branco e São Luís. Nos demais municípios do país, os tucanos disputarão 1.783 prefeituras.

Nas eleições de 2004, o PSDB venceu em 870 cidades, número inferior ao resultado do pleito de 2000, quando ganharam em 985 municípios, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

CUIDADO COM ALIADOS

Candidato em São Paulo, Alckmin tem a missão de vencer as eleições sem gerar fraturas entre a aliança do PSDB e DEM no âmbito nacional. O atual prefeito, Gilberto Kassab, é filiado ao Democratas e tenta permanecer no cargo por mais quatro anos. Tucanos ligados a Serra apóiam Kassab.

"São Paulo tem a eleição mais importante do Brasil. Em São Paulo, temos que manter o caminho aberto para receber o apoio do DEM no segundo turno. O nosso grande adversário é o PT", ponderou o secretário-geral tucano. Alckmin e Marta Suplicy (PT) disputam a preferência dos paulistanos nas recentes pesquisas de intenção de voto.

Em Belo Horizonte, o PSDB se juntou ao PT para apoiar Márcio Lacerda, do PSB. O candidato foi lançado por Aécio e pelo atual prefeito da cidade, Fernando Pimentel (PT).

Mas enquanto o PT ocupa a vice na chapa, o PSDB apóia o candidato de maneira informal. Temendo o fortalecimento de Aécio, a direção nacional do PT vetou uma aliança formal com os tucanos na capital mineira.

Lacerda, secretário de de Desenvolvimento Econômico de Aécio até há pouco tempo, está em terceiro lugar nas pesquisas de opinião pública.

"O grande eleitor dele é o governador Aécio Neves. A maior credencial dele foi a sua participação no governo estadual. Então, é natural que, se ele ganhar, o PSDB participe do governo dele", comentou Castro.

Para a cúpula do PSDB, os prefeitos Beto Richa (Curitiba), Silvio Mendes (Teresina) e Wilson Santos (Cuiabá) são bem avaliados pela população e devem se reeleger. Em Salvador, Antonio Imbassahy disputa a dianteira das pesquisas de opinião com o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM). O ex-governador e ex-deputado federal João Castelo também está bem avaliado em São Luís.

Em Porto Alegre e Maceió, acreditam integrantes da Executiva Nacional do PSDB, as eleições serão árduas. O deputado estadual João Gonçalves, candidato em João Pessoa, também enfrenta dificuldades.

Fonte: A Tarde

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.