segunda-feira, 1 de novembro de 2010

PSDB começa a traçar planos para escolher em dois anos seu candidato para 2014

São Paulo - Derrotado nas eleições presidenciais, o PSDB, de José Serra, já vai começar a trabalhar na escolha de um candidato para 2014. O presidente do partido, Sérgio Guerra, afirmou, ontem, que a ideia é ter consenso em relação a um nome já em 2012, evitando prejudicar a candidatura por causa de disputas internas. Ele admitiu que divisões dentro do partido possam ter atrapalhado Serra.

No domingo, por exemplo, em discurso em que admitiu a derrota, Serra agradeceu a diversos líderes do PSDB, em especial o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, pelo empenho na campanha. O nome do senador eleito de Minas, Aécio Neves, não foi sequer citado nos agradecimentos.

Para Sérgio Guerra, a escolha do nome de José Serra para ser candidato à Presidência criou um clima de insatisfação para Aécio. Segundo ele, o mineiro ficou triste com a decisão.

“Quando Aécio desistiu da candidatura eu estava lá e liguei para o Fernando Henrique e para o Serra para dizer que tinha visto uma tristeza e um constrangimento muito grande de Aécio. E disse que teríamos que trabalhar isso”, declarou Guerra, antes de prometer que o PSDB vai contunuar a fazer cobranças ao Governo Federal durante a gestão de Dilma Rousseff.

Aliados de Aécio negaram que ele tenha deixado de se empenhar no apoio a Serra no segundo turno. Coordenador da campanha de Serra em Minas, o deputado federal tucano Rodrigo de Castro defendeu Aécio.

“O que o Aécio podia garantir, ele garantiu. E todo mundo viu o esforço que ele fez para tentar virar o quadro. Ele poderia ter ficado quieto, mas mostrou que é uma pessoa de partido”, afirmou o deputado.

Agradecimento a ‘seguidores’

Após a derrota, José Serra passou, ontem, o dia inteiro dentro de casa. Ele só se manifestou através do Twitter, agradecendo aos eleitores pelos votos e as mensagens de apoio.

“Muito obrigado pelo carinho. A maior vitória que nós conquistamos nessa campanha não foi mérito meu, mas foi de vocês”, escreveu o tucano na Internet.

Ele ainda informou que não deixará de se comunicar com os usuários da Internet. “Sim, continuarei conversando com vocês, mais de 556 mil seguidores. Eu não vou mudar”, afirmou.

O candidato derrotado ainda fez uma crítica velada ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao falar sobre o resultado nas urnas. “Sonhamos juntos o sonho de um País onde os políticos fossem servidores do povo e não se servissem do nosso povo”, comentou.

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.