Joaquim Barbosa leva eleições para o 2º turno
10/6/2013 23:26
Por Miguel do Rosário, do blog O cafezinho - do Rio de Janeiro
Por Miguel do Rosário, do blog O cafezinho - do Rio de Janeiro
Por Miguel do Rosário, do blog O cafezinho.
O Datafolha divulgou hoje a íntegra de seu relatório sobre o governo Dilma e intenção de votos em 2014. Como de praxe, eu elogio a iniciativa da instituição de tornar público, sempre alguns dias após a divulgação dos números , a sequência completa da pesquisa. O Ibope demora muito tempo para fazer a mesma coisa e o Vox Populi quase não o faz. Pesquisas eleitorais são um tema sensível numa democracia, porque influencia fortemente o jogo político e, portanto, é importante é que as instituições de pesquisa ajam com o máximo de transparência.
Dou razão às reclamações de que os petistas não deveriam protestar quando as pesquisas trazem números negativos para o governo se levam à sério quando os mesmos são bons. Só que acho a crítica pueril. É como pedir que torcedores do Flamengo apóiem os juízes que marcam pênalti contra seu time. E também porque o problema central não são os altos e baixos nas pesquisas e sim a constante insegurança se não há nenhuma mutreta. O Datafolha pode acertar numa hora e errar outra. As instituições de pesquisa podem manipular as expectativas e por isso é tão importante que haja pluralidade, e também elas sofrem com a concentração da mídia, porque esta tem o poder de prejudicar as empresas de pesquisa que não entrem no joguinho das famiglias.
Eu me sentiria mais à vontade se o universo das pesquisas eleitorais fosse melhor regulamentado, e que os tribunais eleitorais também fizessem apurações periódicas, as quais poderiam contar com a participação de personalidades acadêmicas.
Dito isto, analisemos os números do Datafolha, supondo que estão corretos e espelham de fato, a realidade política nacional. Publico os gráficos e alguns comentários abaixo de cada um.
A intenção de voto em Dilma despencou sete pontos em três meses. Possivelmente, o noticiário econômico foi a causa da mudança no quadro. Todos os concorrentes registraram algum tipo de melhora estatística, e o cenário com Joaquim Barbosa, onde a presidenta tem 49% dos votos válidos, leva as eleições para o segundo turno.
Não deixa de ser curioso, todavia, que o presidente do Supremo Tribunal Federal seja considerado candidato a presidente da República. Barbosa não tem protestado contra a inclusão de seu nome e quem cala consente. Portanto, ele alimenta rumores de que pode, sim, sair candidato, e como tal converte todas as suas frequentes declarações em lenha na fogueira eleitoral.
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