terça-feira, 11 de junho de 2013

Joaquim Barbosa leva eleições para o 2º turno

10/6/2013 23:26
Por Miguel do Rosário, do blog O cafezinho - do Rio de Janeiro


Por Miguel do Rosário, do blog O cafezinho.
O Datafolha divulgou hoje a íntegra de seu relatório sobre o governo Dilma e intenção de votos em 2014. Como de praxe, eu elogio a iniciativa da instituição de tornar público, sempre alguns dias após a divulgação dos números , a sequência completa da pesquisa. O Ibope demora muito tempo para fazer a mesma coisa e o Vox Populi quase não o faz. Pesquisas eleitorais são um tema sensível numa democracia, porque influencia fortemente o jogo político e, portanto, é importante é que as instituições de pesquisa ajam com o máximo de transparência.
Dou razão às reclamações de que os petistas não deveriam protestar quando as pesquisas trazem números negativos para o governo se levam à sério quando os mesmos são bons. Só que acho a crítica pueril. É como pedir que torcedores do Flamengo apóiem os juízes que marcam pênalti contra seu time. E também porque o problema central não são os altos e baixos nas pesquisas e sim a constante insegurança se não há nenhuma mutreta. O Datafolha pode acertar numa hora e errar outra. As instituições de pesquisa podem manipular as expectativas e por isso é tão importante que haja pluralidade, e também elas sofrem com a concentração da mídia, porque esta tem o poder de prejudicar as empresas de pesquisa que não entrem no joguinho das famiglias.
Eu me sentiria mais à vontade se o universo das pesquisas eleitorais fosse melhor regulamentado, e que os tribunais eleitorais também fizessem apurações periódicas, as quais poderiam contar com a participação de personalidades acadêmicas.
Dito isto, analisemos os números do Datafolha, supondo que estão corretos e espelham de fato, a realidade política nacional. Publico os gráficos e alguns comentários abaixo de cada um.


A intenção de voto em Dilma despencou sete pontos em três meses. Possivelmente, o noticiário econômico foi a causa da mudança no quadro. Todos os concorrentes registraram algum tipo de melhora estatística, e o cenário com Joaquim Barbosa, onde a presidenta tem 49% dos votos válidos, leva as eleições para o segundo turno.
Não deixa de ser curioso, todavia, que o presidente do Supremo Tribunal Federal seja considerado candidato a presidente da República. Barbosa não tem protestado contra a inclusão de seu nome e quem cala consente. Portanto, ele alimenta rumores de que pode, sim, sair candidato, e como tal converte todas as suas frequentes declarações em lenha na fogueira eleitoral.
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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.