PSB recruta Eliana Calmon para tentar atrair Joaquim Barbosa
Por - iG São Paulo |
Preocupado com a aproximação entre o senador mineiro Aécio Neves (PSDB-MG) e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa , o PSB começou a desenhar uma contraofensiva. O partido do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, decidiu escalar a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, para atuar como interlocutora nas negociações com Barbosa e tentar atrair o ministro para a legenda.Conheça a nova home do Último Segundo
O PSB pretende formalizar a filiação de Eliana Calmon em dezembro , durante o encontro regional que será realizado pelo partido em Salvador. A ministra do STJ e ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deve se lançar candidata na Bahia. Em tese, a ideia é colocá-la na disputa para o Senado, mas Eduardo Campos deixou aberta a possibilidade de ela optar por concorrer a outro cargo na eleição.
O time mais próximo de Eduardo Campos diz ver poucas chances de Joaquim Barbosa aceitar se lançar candidato já em 2014. Mas, no pior dos cenários, vê a oportunidade de pavimentar uma filiação mais adiante.
Por isso, a ideia é argumentar ao presidente do STF que a opção de aderir ao PSDB se voltaria contra ele. Isso porque o partido está no centro das denúncias do mensalão mineiro. Nas palavras de um líder socialista, Barbosa acabaria “desmoralizado” se aderisse a um partido acusado de envolvimento com o mesmo esquema que originou o mensalão do PT.
O plano desenhado pelo time de Campos se soma a um endurecimento de toda a estratégia eleitoral adotada em relação a Aécio . Aos poucos, a equipe do governador pernambucano vem abandonando a ideia de um pacto de não agressão ao tucano, ventilada no início dos preparativos da corrida eleitoral como forma de assegurar a realização de um segundo turno na disputa presidencial.
Na avaliação de interlocutores de Campos, a notícia de que Aécio mobilizou o PSDB para atrair Barbosa ajudou a tornar a tensão ainda maior. A movimentação do senador mineiro foi entendida no PSB como uma resposta à aliança firmada entre o governador de Pernambuco e a ex-senadora Marina Silva, com potencial de gerar frutos eleitorais ainda maiores para o tucano.
Prós e contras
Barbosa, segundo interlocutores, tem pesado os prós e contras de se lançar num projeto eleitoral já em 2014. Algumas pessoas próximas ao presidente do STF dizem enxergar como mais provável a ideia de uma candidatura em eleições seguintes. De qualquer forma, a impressão deixada pelo ministro é a de que os planos de entrar para a política estariam cada vez mais consolidados.
Fontes ligadas ao STF ouvidas pelo iG dizem ver um desejo na própria magistratura por uma candidatura de Barbosa já no ano que vem.
Ainda assim, segundo interlocutores de Barbosa, o fato de o julgamento do mensalão ainda estar em curso vem alimentando a resistência do presidente do Supremo, principalmente se considerada a possibilidade de embargos infringentes de alguns réus serem analisados no primeiro semestre do ano que vem.
O presidente do STF, que se movimenta discretamente de olho na cena eleitoral, sofreu nas últimas semanas um assédio mais intenso por parte do PSDB . Aécio, como revelou o iG , tenta atrair Barbosa para os quadros tucanos, e sonha até mesmo em tê-lo como vice em sua chapa presidencial.
Oficialmente, Aécio nega a ofensiva e diz se tratar de uma “especulação” alimentada pelo PT . Nos bastidores, entretanto, pessoas próximas ao senador mineiro dizem que ele atribuiu ao ex-ministro do STF Carlos Velloso, amigo de Barbosa, a tarefa de fazer o trabalho de convencimento. Daí o plano do PSB de usar Eliana Calmon para tentar afastar Barbosa do tucanato e atraí-lo para o time socialista. Assim como Velloso, a ministra do STJ mantém boa relação com o presidente do Supremo.O PSB pretende formalizar a filiação de Eliana Calmon em dezembro , durante o encontro regional que será realizado pelo partido em Salvador. A ministra do STJ e ex-corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deve se lançar candidata na Bahia. Em tese, a ideia é colocá-la na disputa para o Senado, mas Eduardo Campos deixou aberta a possibilidade de ela optar por concorrer a outro cargo na eleição.
O time mais próximo de Eduardo Campos diz ver poucas chances de Joaquim Barbosa aceitar se lançar candidato já em 2014. Mas, no pior dos cenários, vê a oportunidade de pavimentar uma filiação mais adiante.
Por isso, a ideia é argumentar ao presidente do STF que a opção de aderir ao PSDB se voltaria contra ele. Isso porque o partido está no centro das denúncias do mensalão mineiro. Nas palavras de um líder socialista, Barbosa acabaria “desmoralizado” se aderisse a um partido acusado de envolvimento com o mesmo esquema que originou o mensalão do PT.
O plano desenhado pelo time de Campos se soma a um endurecimento de toda a estratégia eleitoral adotada em relação a Aécio . Aos poucos, a equipe do governador pernambucano vem abandonando a ideia de um pacto de não agressão ao tucano, ventilada no início dos preparativos da corrida eleitoral como forma de assegurar a realização de um segundo turno na disputa presidencial.
Na avaliação de interlocutores de Campos, a notícia de que Aécio mobilizou o PSDB para atrair Barbosa ajudou a tornar a tensão ainda maior. A movimentação do senador mineiro foi entendida no PSB como uma resposta à aliança firmada entre o governador de Pernambuco e a ex-senadora Marina Silva, com potencial de gerar frutos eleitorais ainda maiores para o tucano.
Prós e contras
Barbosa, segundo interlocutores, tem pesado os prós e contras de se lançar num projeto eleitoral já em 2014. Algumas pessoas próximas ao presidente do STF dizem enxergar como mais provável a ideia de uma candidatura em eleições seguintes. De qualquer forma, a impressão deixada pelo ministro é a de que os planos de entrar para a política estariam cada vez mais consolidados.
Fontes ligadas ao STF ouvidas pelo iG dizem ver um desejo na própria magistratura por uma candidatura de Barbosa já no ano que vem.
Ainda assim, segundo interlocutores de Barbosa, o fato de o julgamento do mensalão ainda estar em curso vem alimentando a resistência do presidente do Supremo, principalmente se considerada a possibilidade de embargos infringentes de alguns réus serem analisados no primeiro semestre do ano que vem.
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