terça-feira, 14 de janeiro de 2014

PMDB pode ‘abandonar barco’

Sem ser contemplada na reforma ministerial, sigla já fala em antecipar a convenção nacional
                                                                              
 B-G
Dilma Rousseff já avisou que precisa contemplar outros aliados
PUBLICADO EM 14/01/14 - 22h00
Brasília. A cúpula do PMDB – um dos partidos da base do governo Dilma Rousseff – está resgatando uma ideia antiga: antecipar do mês de junho para abril a convenção nacional que discutirá os caminhos da legenda nas eleições presidenciais deste ano. Isso aconteceu por causa da resistência da presidente Dilma Rousseff em dar mais um ministério para o PMDB.
 

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Em fevereiro, a presidente começa a fazer a tão falada reforma ministerial visando as eleições de 2014. No entra e sai dos ministérios, cada partido quer garantir sua parte.
Na prática, a antecipação do calendário no PMDB guarda nada mais nada menos que uma ameaça velada: o risco de o partido deixar de fazer parte da base aliada do governo federal.
O Palácio do Planalto ainda vê o gesto como blefe e, ao menos agora, não acredita em uma saída drástica como essa. O partido tem hoje cinco ministérios (Minas e Energia, Previdência, Turismo, Agricultura e Secretaria de Aviação Civil) e quer ganhar mais um: a Integração Nacional.
Conversa. Em conversa preliminar na noite de anteontem com o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), a presidente Dilma afirmou que precisa contemplar outros aliados, como PTB, PROS e PSD. O objetivo claro é evitar que estes partidos apoiem candidatos da oposição.
No encontro, a presidente disse que o PSD do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, está sub-representado no governo federal, e que PTB e Pros ainda não tem cargos no primeiro escalão. Dilma e o vice-presidente Michel Temer ficaram de ter uma nova reunião.
Ao deixar o encontro com a presidente, Temer seguiu para sua residência oficial, onde encontrou-se com integrantes da cúpula do PMDB para comunicar a posição do Palácio do Planalto com relação à reforma ministerial.
Nos bastidores, vários integrantes começaram a ventilar a proposta de antecipar a convenção partidária. Essa foi uma alternativa negada sistematicamente pelo vice-presidente da República em dezembro, quando os mesmos rumores começaram a surgir.
No mês passado durante um encontro com jornalistas, Temer havia dito que, se o PMDB seguisse esse caminho, não haveria volta. À época, ele afirmou que a sigla não poderia antecipar a convenção, sair do governo, ser atendido e, então, fazer outra convenção para voltar. Ele também afirmou no mês passado que tal manobra poderia custar a vice-presidência ao PMDB, o que não seria vantajoso nem para o partido nem para ele.
REUNIÃO. O clima no PMDB não é dos melhores. Hoje à noite está prevista uma reunião da cúpula do partido para tentar fechar uma posição com relação ao governo.
Conhecido pelo apetite por cargos, a ameaça de saída do PMDB do governo vem sendo vista com ceticismo pelo Executivo. E é justamente com isso que a presidente Dilma conta.
O PMDB teria dificuldades para apoiar a campanha do governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) à Presidência da República. Isso porque há resistência da ex-senadora Marina Silva em receber uma legenda tida, em sua maior parcela, como fisiológica.
Já com relação ao PSDB com a provável candidatura do senador Aécio Neves (MG), o ingresso do PMDB é visto como mais fácil. O rompimento, porém, é uma decisão difícil.
Recado. Na conversa com Temer, Dilma afirmou que tende a manter o Ministério das Cidades com o PP, pois não quer ver o aliado aproximando-se de algum dos dois principais adversários dela nas eleições. O objetivo é não perder apoio de legendas hoje na base do governo. Quanto mais partidos numa chapa, mais tempo de TV o candidato terá para fazer sua campanha. O cálculo de Dilma Rousseff é justamente esse: ampliar sua hegemonia para divulgar o seu programa de governo.
A lista
O PMDB ocupa hoje os seguintes ministérios no governo Dilma Rousseff:


1. Ministério das Minas e Energia
2. Ministério da Previdência Social
3. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
4. Ministério do Turismo
5. Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (que tem status de ministério)

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Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.