sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

TSE define regras das eleições de 2014 e proíbe telemarketing

 

 

Tribunal também fixou limite para candidato financiar sua própria campanha.
Corte aprovou nesta quinta (27) novas regras para a disputa eleitoral.

 

Mariana OliveiraDo G1, em Brasília
O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta quinta-feira (27) três novas resoluções que definem regras para a disputa eleitoral deste ano. Uma das mudanças é a proibição aos candidatos de recorrerem a empresas de telemarketing para fazer propaganda eleitoral.
Nas regras elaboradas para a propaganda eleitoral, os ministros do TSE proibiram a prática de telemarketing, independentemente do horário. Além disso, a corte eleitoral tornou obrigatório que todo debate ou propaganda na televisão tenha legenda ou seja traduzido para Libras, a Linguagem Brasileira de Sinais.
Na resolução sobre escolha e registro de candidatos, ficou decidido que não será mais permitido, a partir das eleições de outubro, que o político se apresente com o nome de algum órgão da administração pública direta ou indireta, além de autarquias e empresas públicas. Por exemplo, não será mais autorizado os candidatos concorrerem com "nome de urna" como Chico do INSS ou João da UnB.
Outra mudança definida nesta quinta pela Justiça Eleitoral é o prazo de substituição de candidatos que irão concorrer nas eleições. Até o pleito anterior, a troca podia ocorrer 24 horas antes do dia da votação. A partir deste ano, o prazo-limite para alteração é 20 dias antes da eleição.
A única exceção prevista pelo tribunal é para falecimento de candidatos. Nessas situações, será permitida a alteração até a véspera do pleito.
Limite de financiamento
Sobre as regras de arrecadação e gastos de recursos em campanha eleitoral, a principal mudança foi a fixação de limite para que um candidato financie sua própria campanha – antes, não havia limitação. A partir de 2014, o candidato só poderá utilizar na campanha o limite de 50% de seu patrimônio declarado à Receita Federal no ano anterior às eleições.
O ministro Dias Toffoli, relator das resoluções sobre as eleições no TSE, propôs a mudança com base no Código Civil, que proíbe que uma pessoa faça doações superiores a 50% do próprio patrimônio.
Toffoli retirou do texto a proibição para que empresas estrangeiras fizessem doações a candidatos. Após debate entre os ministros do TSE, ficou definido que se aguardará o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se empresas, de modo geral, podem ou não fazer doações a políticos ou partidos.
O julgamento do tema começou em dezembro do ano passado, e quatro ministros votaram para proibir o financiamento empresarial. Ainda não há previsaõ de quando o julgamento será retomado.

 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Eduardo só deverá eleição ao povo, afirma Marina

Publicado em 04/02/2014 às 11:07 por em Eleições, Notícias
Foto: reprodução da Internet
Foto: reprodução da Internet
 
Durante o discurso no evento de lançamento do documento com as diretrizes que nortearão o programa de governo do PSB e da Rede para a campanha presidencial do governador Eduardo Campos (PSB), a ex-senadora Marina Silva afirmou nesta terça-feira (4) que, caso o pernambucano seja eleito, deverá a eleição apenas ao povo brasileiro. “Se Eduardo ganhar, só haverá um a quem [ele] deve agradecer, a quem deve se reportar: o povo brasileiro”, disse.
A declaração foi uma crítica para o PT e o PSDB, descrito pela ex-senadora como partidos que vencem pela estrutura e não pela postura. “Ele já têm o direito de ganhar. São muito grandes, muito poderosos”, classificou a ex-senadora. Campos deve disputar a Presidência da República contra a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB).
O discurso de Marina girou em torno dessa dicotomia entre estrutura e postura e defendeu o modelo com que o PSB e a Rede têm conduzido o processo. “O que transformará o programa para uma ação concreta que mudará o Brasil, o que nos levará do discurso ao ato, são as bases”, explicou. “Esse diálogo é para termos um programa que vai ser o programa do Brasil, não o programa do PPS, da Rede, do PSB”, afirmou.
Notícias relacionadas

Tags: Eduardo Campos, Eleições, Eleições 2014, Marina, marina silva, Nova Política, Programa de Governo, psb, Rede,

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Disputa com Barbosa e Marina poderia levar Dilma para o 2º turno, diz Datafolha

Por iG São Paulo |

Dilma teria 40% das intenções de voto contra 43% dos opositores se os dois nomes estivessem na disputa


Se as eleições presidenciais fossem disputadas hoje, a presidente Dilma Rousseff só estaria ameaçada de disputar o segundo turno em uma disputa que incluísse Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e  Marina Silva (PSB), de acordo com pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (23) pelo Grupo Folha.
Leia também:
Dilma ganharia no 1º turno, mas aprovação para de crescer, diz Datafolha
Ibope aponta queda na aprovação do governo Dilma de 43% para 39%
Neste cenário, Dilma teria 40% das intenções de votos, Marina ficaria com 17%, Barbosa com 14%, e Aécio Neves (PSDB) com 12%. Os oponentes teriam 43% dos votos, superando o resultado da petista. Porém, como a pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais, haveria possibilidade de empate técnico.
Em um cenário com Eduardo Campos (PSB), Dilma também lidera, com 44%, seguida por Barbosa, com 15%, Aécio, com 14%, e Campos, com 9%.
Barbosa já descartou em diversas oportunidades a chance de se candidatar à presidência. Marina é cotada como vice na chapa de Eduardo Campos (PSB). 
A pesquisa entrevistou 2.614 pessoas nos dias 19 e 20 de fevereiro em 161 cidades brasileiras. 
Leia tudo sobre: políticaeleições2014marina silvajoaquim barbosadilma rousseff
Texto


vídeos recomendados

para você

0
172
153

sábado, 22 de fevereiro de 2014

O anúncio de Marina

21/2/2014 7:47
Por Leandro Mazzini - de Brasília


Marina Silva vai ser anunciada como vice de Eduardo Campos (PSB) logo após o Carnaval
Marina Silva vai ser anunciada como vice de Eduardo Campos (PSB) logo após o Carnaval
Marina Silva vai ser anunciada como vice de Eduardo Campos (PSB) logo após o Carnaval. A pedido do presidenciável, o PSB prepara um grande evento no Rio de Janeiro. A ideia é fazer barulho para repercussão ampla na mídia, a fim de auferir a potencialidade da dupla nos índices das próximas pesquisas Ibope, CNI e CNT. Marina avisou ao partido que estaria disposta a oficializar a chapa dentro de dez dias. Na avaliação dos socialistas, a campanha é jogo jogado, está nas agendas e ruas.
________________________________________
Com Equipe DF e SP
Leia agora, diariamente, na Edição Digital do Correio do Brasil, esta e outras notícias do colunista Leandro Mazzini, na Coluna Esplanada.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

‘Mensaleiro’ abandona equipe do tucano Aécio Neves
15/2/2014 14:29
Por Altamiro Borges - de São Paulo
 
Por Altamiro Borges - Sem manchete nos jornalões e estardalhaço nos telejornais, um dos integrantes da equipe de Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano, abandonou seu posto nesta quarta-feira. Trata-se do publicitário Eduardo Guedes, um dos réus no processo do “mensalão mineiro” – como a mídia gosta de tratar o esquema de corrupção do PSDB de Minas Gerais. Ele trabalhava para a legenda desde 2009, quando foi contratado por Sérgio Guerra, ex-presidente da sigla. A decisão de romper o contrato só foi tomada quando veio a público que ele continuava prestando serviços à direção nacional do partido, agora presidido pelo senador mineiro, através da empresa Pensar Comunicação Planejada.
Apesar de anterior às denuncias do chamado “mensalão petista”, o mensalão tucano até hoje não foi julgado. Também diferente do primeiro, no escândalo de Minas Gerais há provas concretas sobre desvio de dinheiro público. Na no final do ano passado, a Procuradoria-Geral da República enviou, finalmente, o caso para análise no Supremo Tribunal Federal. Segundo o PGR, em 1998 teriam sido desviados mais de R$ 3,5 milhões para a campanha de reeleição do tucano Eduardo Azeredo ao governo mineiro. A “retirada criminosa”, segundo o órgão, surrupiou recursos das empresas estatuais Copasa (R$ 1,5 milhão), Comig (R$ 1,5 milhão) e do antigo Bemge (R$ 500 mil).
Segundo a PGR, Eduardo Guedes teria determinado que as estatais patrocinassem três eventos esportivos quando ocupava o cargo de secretário adjunto de Comunicação do governo mineiro. O publicitário nega as acusações e afirma que era apenas um “técnico”. Mesmo assim, ele decidiu agora romper seu contrato com o comando nacional do PSDB para não prejudicar o cambaleante candidato tucano. “Este episódio já está sendo usado pelos adversários de Aécio. Achamos melhor interromper o contrato para não trazer prejuízos ao partido”, justifica o “técnico”. Numa nota lacônica, o PSDB confirmou a primeira baixa na equipe de Aécio Neves e garantiu total inocência.
Os tucanos também têm tentado se afastar do ex-governador Eduardo Azeredo, após recomendação da Procuradoria-Geral da República de sua prisão por 22 anos no processo do mensalão. Nesta semana, o PSDB chegou a espalhar o boato de que o político mineiro poderia pedir licença ou renunciar ao seu mandato de deputado federal “para evitar novos desgastes à sua imagem, ao partido e, sobretudo, à campanha presidencial de Aécio Neves”, descreveu a Folha tucana. Mas, mesmo abatido, Eduardo Azeredo já avisou que não irá sozinho para a cadeia. Ele lembrou que o Caixa-2 de Minas Gerais irrigou várias campanhas, inclusive a da reeleição de FHC. O ninho tucano anda bastante tenso e agitado!
Altamiro Borges é jornalista e coordenador do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Campos pode ter de escolher palanque no Rio Grande do Sul

  

PP e PMDB disputam a preferência para coligar com o PSB no Estado gaúcho

Brasil Econômico

Com dificuldade de conseguir palanques fortes em outros estados, o presidenciável Eduardo Campos pode ter opções de escolha no Rio Grande do Sul. PP e PMDB disputam a preferência. A vantagem do PP é a força da candidatura ao governo da senadora Ana Amélia. O problema é a rejeição ao partido por setores socialistas. O PMDB tem duas alternativas para concorrer ao Piratini: o ex-prefeito de Caxias Ivo Sartori e o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski. O comando do PSB gaúcho já sonha em indicar um vice para Ana Amélia e oferecer ao PMDB a vaga ao Senado. O arranjo é considerado difícil. O PMDB gaúcho apoiou José Serra na eleição passada e hoje cogita estar ao lado de Dilma. A coligação com Aécio Neves não está em discussão.
O deputado Vieira da Cunha (PDT) já anunciou sua candidatura ao governo gaúcho e diz que existe dentro do partido um movimento em favor de Eduardo Campos, assim como há pela candidatura própria e apoiadores de Dilma Rousseff. “A decisão sobre os palanques regionais deve influenciar a coligação nacional”, acredita. Se o quadro gaúcho é tão incerto, as possibilidades dos socialistas em São Paulo e no Rio começam a clarear. O deputado Márcio França, presidente do PSB paulista, anunciou a colegas de partido que pretende ser candidato a governador. Ele era contra a candidatura própria. No Rio, há conversas para o apoio à candidatura ao governo do deputado Miro Teixeira (Pros), preferido pela Rede. Ele admite as negociações, mas considera cedo para falar em acordo. “A decisão só vem depois do carnaval e do desfile das campeãs”, brinca.
PE: CUT não quer apoiar Monteiro
O petista e presidente da CUT de Pernambuco, Carlos Veras, resiste a dar apoio a Armando Monteiro, candidato a governador do PTB. Ele cobrou participação nas conversas sobre a posição do PT na eleição. Veras defende candidatura própria.
Ligados a Freixo já passam de 45 mil
Criada anteontem, a página no Facebook “Eu tenho ligação com o Marcelo Freixo” ironiza a acusação de que autores do disparo do rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade seriam ligados ao deputado do Psol do Rio. Já passa de 45 mil curtidores.
MP-SP: campanha antecipada vale
Procurador-geral de Justiça de São Paulo três vezes, Luiz Antonio Marrey já trabalha para voltar ao cargo. Rivais brincam que, se fosse pelas leis eleitorais, ele seria condenado por campanha antecipada. O registro das candidaturas é em março.
PT paulista contra divisões em ano eleitoral
O PT paulista quer evitar o desgaste de uma divisão interna em ano eleitoral pela liderança do partido na Assembleia Legislativa. Os petistas fazem oposição quase sozinhos ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição. João Paulo Rillo e Antonio Mentor aspiram o posto de líder do PT e parecem dispostos a levar a disputa até o fim.
O teatro de São Paulo pensa a política
“O que você pensa sobre o Brasil de hoje?” A pergunta é o mote para a companhia teatral Antropofágica reunir artistas neste fim de semana no Tendal da Lapa, em São Paulo. O ato é uma segunda edição da Feira Paulista de Opinião, organizada em 1968 pelo dramaturgo e diretor Augusto Boal para debater os rumos da arte após a publicação do AI-5. O objetivo agora é discutir os problemas do País e reunir grupos que fazem arte no centro da cidade, periferias, ocupações e assentamentos.
“A nossa posição é votar e derrotar os projetos que estão trancando a pauta pelo regime de urgência. E depois apresentá-los de novo sem urgência constitucional”
Eduardo Cunha, parlamentar do Rio, líder do PMDB na Câmara dos Deputados
*Com Leonardo Fuhrmann
Leia tudo sobre: mosaico político

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

 

 

  1. Boa Informação ‎- 7 minutos atrás
    Assessor de Aécio Neves é réu em mensalão mineiro ... etapa inicial da campanha de Aécio, sendo um de seus conselheiros maispróximos.

    CLIQUE  E CONFIRA:

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/02/1410881-reu-do-mensalao-tucano-assessora-aecio-neves.shtml


 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

PT 'lança' Dilma e contempla obstáculos políticos à reeleição


  •  
O Partido dos Trabalhadores (PT) aproveita sua festa de 34 anos nesta segunda-feira em São Paulo para lançar informalmente a candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição. A oposição também se articula para a disputa de 5 de outubro - em um momento em que os resultados das urnas parecem mais incertos do que no ano passado.
Dilma, que deve ser oficializada como candidata após a convenção do partido, ainda é a favorita para vencer a eleição. Segundo a última pesquisa Datafolha, de 30 de novembro, a presidente tem 47% das intenções de voto e venceria na maioria dos cenários já no primeiro turno.
Mas, se a alta popularidade da presidente até os protestos de junho do ano passado fazia os petistas sonharem com uma vitória fácil, a crise de relacionamento com o PMDB, a saída do PSB da base governista e os riscos de mais manifestações durante a Copa complicaram os planos do partido para as eleições.
Por sua vez, a oposição ganhou munição com as dificuldades econômicas - com o governo sendo criticado pela baixa taxa de crescimento do PIB e pelos gastos elevados -, o recente apagão que afetou 6 milhões de pessoas em 11 Estados e a prisão de líderes históricos envolvidos no escândalo do Mensalão.
"O PT é hoje um partido com 12 anos no governo, desgastado pelo exercício do poder. Estar no governo tem custos. O PT cometeu muitos erros e, como qualquer partido no governo, tomou muitas medidas impopulares", comenta o cientista política Octavio Amorim Neto, da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro.
"Estar tanto tempo no governo tem seus custos, mas também tem benefícios", diz Amorim Neto. "A presidente tem exposição frequente nos meios de comunicação, tem a máquina. É uma enorme vantagem", diz.
Um dos homens fortes do governo Dilma, o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, admitiu em dezembro, no entanto, que eleição deve ser "dificílima". "Eu não tenho expectativa, não (de vitória no primeiro turno). Eu acho que vai ser uma eleição muito dura", disse.
PMDB
Desde o retorno à democracia, em 1985, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) teve assento em todos os governos, de José Sarney a Dilma Rousseff. Sigla com a presença no maior número de municípios no país, o partido joga com seu peso para manter espaço na Esplanada dos Ministérios, com impacto direto nas coligações do PT nos Estados.
"A relação PT-PMDB nunca esteve tão abalada", diz a cientista política Maria Teresa Kerbauy, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Araraquara.
"Pode ser que seja jogo de cena, já que o PMDB é um partido voraz e quer aumentar espaço no governo na atual reforma ministerial. Mas isso afeta a eleição", diz. Lideranças peemedebistas já deixaram claro que querem mais um ministério.
O Palácio do Jaburu, às margens do Lago Paranoá em Brasília, tornou-se o centro das queixas do partido. A residência do vice-presidente Michel Temer (PMDB) tem sido endereço constante das reuniões da sigla, que ainda tem o comando da Câmara, com Henrique Alves, e do Senado, com Renan Calheiros.
Mas se o partido deve manter a aliança com o PT nas eleições em nível federal, o mesmo não se pode dizer das eleições para governador.
O Rio de Janeiro é o caso mais emblemático. Por lá, o casamento PT-PMDB chegou ao fim após os petistas lançarem Lindberg Farias ao Palácio Guanabara, contra a vontade do governador Sérgio Cabral (PMDB), que prefere ser sucedido por seu vice, Luiz Fernando Pezão.
Analistas já não esperam Cabral trabalhando com entusiasmo para reeleger Dilma no terceiro maior colégio eleitoral do país. Ainda há problemas em outros Estados como na Bahia, onde Geddel Vieira Lima (PMDB) deve se lançar candidato à revelia do atual governador Jaques Wagner (PT).
Em São Paulo, o PMDB pode lançar um candidato próprio, o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, enquanto o PT já aposta no ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
"A relação entre PMDB e PT pode piorar no (eventual) segundo mandato de Dilma. Se o PT eleger menos governadores e se o PMDB eleger uma maior bancada, o PT vai ficar devedor do PMDB", diz Kerbauy.
PSB
O anúncio-surpresa, em outubro, de uma aliança entre a ex-senadora Marina Silva (movimento Rede Sustentabilidade) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB (Partido Socialista Brasileiro), trouxe um elemento novo às eleições de 2014.
A aliança ameaça a já tradicional dicotomia entre PT e PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), que desde 2002 se rivalizam no plano nacional.
Campos ainda tem menos intenções de voto do que Aécio Neves (PSDB) - 11% e 19%, respectivamente, na última pesquisa Datafolha. Mas o apoio de Marina Silva, que obteve quase 20 milhões de votos e terminou em terceiro lugar na eleição presidencial de 2010, pode embolar a corrida ao Planalto.
"Eu acho que o PSB preocupa principalmente o PT. É com o PT que o PSB vai dividir votos em São Paulo e também no nordeste, base de Eduardo Campos", diz Kerbauy. Ela ressalta o potencial do partido, mas lembra que o PSB ainda não é uma sigla com abrangência nacional.
PSDB
Já no campo tucano, além do PSB e do favoritismo de Dilma, há outras preocupações.
"Ouvi que o (ex-presidente) Fernando Henrique está bastante preocupado com a candidatura do Aécio. Em três anos no Senado, ele não falou nada de peso. Não deu nenhuma grande diretriz", diz o cientista político David Fleischer, da Universidade de Brasília.
Amorim Neto, da FGB-Rio afirma que a oposição, tanto PSB quanto PSDB, tem "problemas de credibilidade".
"Aécio é sem dúvidas um líder da oposição. Mas desde que assumiu cadeira no Senado ele exerce oposição moderada. É dele a frase 'não se bate em governo popular'. Somado a todos os erros do PSDB, isso enfraquece muito a credibilidade do Aécio como real alternativa de poder", diz.
Para os três analistas ouvidos pela BBC Brasil, a batalha mais importante do tucanato será travada em São Paulo, onde o PT joga todas as fichas na campanha de Padilha contra o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tenta a reeleição.
Se o PSDB perder a eleição presidencial, mas conseguir manter o governo de São Paulo, Estado que governa há 20 anos, essa será uma "grande" perda. Mas se os tucanos perderem o comando do maior colégio eleitoral do país, o consenso é que será uma perda "trágica", dizem os analistas.
David Fleischer aposta, no entanto, em outro elemento que pode desempenhar um papel crucial na campanha e invalidar as previsões dos analistas.
"A grande explosão pode ocorrer na Copa. Certamente vamos ter grandes manifestações e esse será o grande assunto das eleições", diz.

BBCBrasil.com

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Críticas de Aécio e Campos ao PT são quase idênticas

Folha.com
 
As duas principais pré-candidaturas de oposição ao Palácio do Planalto diagnosticam e procuram explorar os mesmos pontos fracos no governo Dilma Rousseff.

Os documentos já lançados pelo PSDB do mineiro Aécio Neves e pela aliança de Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva (Rede) mostram coincidências não apenas nos temas tratados, mas até nas palavras escolhidas para as críticas e propostas.
Os dois textos miram a crise da indústria, a má qualidade da educação, as relações com governadores e prefeitos, a segurança pública e a profusão de cargos na máquina administrativa.
Sintomaticamente, nenhum ataca a política de assistência social, principal alicerce da popularidade do governo petista. Nesse caso, ambos defendem que o combate à pobreza —o texto tucano cita nominalmente o Bolsa Família— se transforme em "política de Estado".

Trata-se de uma estratégia para neutralizar a associação entre o programa e o PT. A ideia é deixar claro que as bolsas terão caráter permanente, seja quem for o vencedor das eleições.
Além da vacina na área social, as cartilhas de Aécio e Campos tiveram o cuidado de limitar, a ponto de numerar, os alvos escolhidos.
A primeira foi lançada em dezembro com 12 temas; a segunda, sob influência da retórica marinista, listou na semana passada cinco "eixos".
Números e palavras foram selecionados para demonstrar que não há uma ruptura sendo proposta. Mesmo o documento de Aécio, de tom mais claramente oposicionista, ataca mais o gerenciamento do que as escolhas feitas pela administração petista.
Na educação, os dois textos apontam os avanços no acesso à escola, prometendo uma "revolução" futura na qualidade do ensino —o governo Dilma tem elevado as verbas para o setor, mas ainda sem resultados visíveis.
POLÍTICA INDUSTRIAL
Em economia, há críticas ao desempenho dos últimos anos, mais veementes do lado de Aécio, mas nenhum dos programas se arrisca a receitar medidas duras -corte de gastos, alta de juros ou reforma da Previdência.
Ambos preferem propor uma política industrial abstrata, capaz, no papel, de reverter o encolhimento do setor e elevar as exportações do país, sem custos detalhados.
A equipe de Dilma é entusiasta de políticas do gênero, mas as medidas adotadas nos últimos anos, incluídas no programa Brasil Maior, tiveram impacto modesto.
Vindas de um ex-governador, Aécio, e do governador de Pernambuco, as cartilhas pregam mais verbas para Estados e municípios, uma contraposição à imagem centralizadora da presidente.
Um caso raro em que é possível diferenciar com clareza os dois esboços de programa é o da segurança: enquanto os tucanos fazem uma defesa clara de maior repressão policial, os partidários de Campos e Marina falam em apoiar os mais pobres e buscar o debate com a sociedade.

Colunistas

Coluna Roberto CostaColuna Roberto CostaRoberto CostaIsaac de BarrosIsaac de BarrosIsaac de BarrosAtentaAtentaCésar CordeiroPinga FogoPinga FogoWilson AquinoColuna LivreColuna LivreCarlos FernandesAmpla VisãoAmpla VisãoManoel Afonso





 

Arquivo do blog

Quem sou eu

Minha foto
Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.