terça-feira, 16 de março de 2010
Serra bate Lula e Dilma na gincana de inaugurações
Fotos: Milton Michida e Sérgio Lima
José Serra, o quase-presidenciável do PSDB, promoveu neste ano eleitoral de 2010 mais inaugurações do que Lula e Dilma Rousseff, a candidata do PT.
Considerando-se todo o pacote administrativo-eleitoral (inaugurações, lançamentos de projetos, visitas a indústriais e vistorias em obras), Serra foi a 32 eventos desde 1º de janeiro –um a cada dois dias.
No mesmo período, Lula e Dilma deram as caras em 27 atividades do gênero –uma a cada dois dias e meio. Somando-se a entrega de um hospital estadual, no Rio, à qual compareceu sozinha, Dilma vai a 28.
Computando-se apenas as inaugurações, Serra conserva a dianteira. Compareceu a 27 cerimônias. Lula e Dilma foram a 21. Incluindo-se o hospital carioca, Dilma soma 22.
Embora prevaleça nos números, Serra perde no tamanho da vitrine. O governador desfila sua quase-candidatura em São Paulo. Lula leva a candidatura de Dilma para passear em diferentes Estados.
Os dois lados qualificam as solenidades como atos estritamente administrativos. Mas a comparação com 2009 desmonta a pantomima.
Num cotejo com o mesmo período do ano passado, Serra participara de dez inaugurações. Lula, fora apenas a sete.
A fúria com que descerram-se as placas e cortam-se as fitas encontra explicação no calendário eleitoral.
Serra e Dilma terão de trocar as cadeiras de governador e de ministra pelos palanques até 3 de abril.
De resto, reza a lei que, a partir do dia 6 de julho, nenhum candidato a cargo eletivo poderá tomar parte de inaugurações.
Descontado o fato de que, no gogó, Lula é mais efusivo do que Serra, o governador tucano também se serve das solenidades oficiais para exaltar os próprios “feitos”.
A eloquência verbal de Lula e a indefectível presença de Dilma nos eventos federais levaram a oposição a protocolar nove representações no TSE.
PSDB, DEM e PPS acusam a candidata oficial e o cabo-eleitoral dela de fazer campanha eleitoral antecipada. Algo que a lei proíbe.
Até aqui, a tese não prosperou nos julgamentos. Para o Tribunal Superior Eleitoral, o presidente e sua preferida não ultrapassaram, por ora, a fronteira que separa o legal do ilegal.
A aferição das estatísticas pode levar o petismo a dizer que, tomada pela movimentação de Serra, a oposição reclama, por assim dizer, de barriga cheia.
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Escrito por Josias de Souza às 05h46
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- Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.
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