Dilma reage a críticas e entra
na disputa política
Presidente Dilma Rousseff (PT) se espelha no seu antecessor, em nova estratégia para rebater críticas ao governo e debelar crise; ordem agora é não deixar nenhuma crítica sem resposta, comparar as gestões tucanas com os mandatos do PT e melhorar a divulgação das ações vinculadas diretamente à presidente; sobre a Petrobras, Lula teria orientado a sucessora a partir para o ataque; em relação à Copa, ideia é reforçar o legado para o povo, não somente para turistas e frequentadores dos estádios
18 de Abril de 2014 às 09:18
¶ 247 - A presidente Dilma Rousseff (PT) se espelha no seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, em nova estratégia para rebater críticas ao governo e debelar crise aprofundada com as recentes denúncias envolvendo a Petrobras. A ordem agora é não deixar nenhuma crítica sem resposta, comparar as gestões tucanas com os mandatos do PT e melhorar a divulgação das ações vinculadas diretamente à presidente, como os programas Pronatec e Mais Médicos, além de defender o legado da Copa para a população.
A orientação dada pelo ex-presidente é de que Dilma precisava fazer a "disputa política" por meio da imprensa e pelos canais oficiais de comunicação, com o uso de propaganda institucional e até mesmo lançando mão de pronunciamentos em cadeia nacional de rádio e TV.
De acordo com a Folha, em uma conversa a sós com Dilma há duas semanas, Lula listou uma série de providências para melhorar situação do governo. Duas delas: resolver problemas no programa Minha Casa Minha Vida e adotar uma ofensiva para resgatar o apoio da população à Copa. Segundo interlocutores, o ex-presidente voltou a insistir na necessidade de Dilma ampliar o diálogo com o setor privado e setores da sociedade civil organizada. Ela já abriu sua agenda para empresários e banqueiros.
Sobre a Petrobras, Lula teria orientado a sucessora a partir para o ataque. Nesta semana, a presidente fez uso da estratégia e afirmou, em Pernambuco, reduto do adversário Eduardo Campos (PSB), que não "admitirá que nada nem ninguém" destrua a estatal.
Sobre a Copa, uma campanha publicitária entrará em cena, possivelmente no fim deste mês, reforçando o legado para o povo, não somente para turistas e frequentadores dos estádios.