domingo, 25 de maio de 2014

PT aprofundará enfrentamemto contra adversários

 
A estratégia de enfrentamento e beligerância contra os adversários políticos, já conhecida como "bateu, levou", será aprofundada nas discussões da reunião da Executiva Nacional do PT marcada para esta segunda-feira, 26, em Brasília.

Parte da cúpula do partido entende que surtiu efeito a nova linha de ação de reagir sempre que houver ataques de integrantes da oposição ao governo, ao PT e à presidente Dilma Rousseff. Os petistas avaliam que, com as ações adotadas até aqui, saíram vitoriosos nesse período de pré-campanha, considerado internamente como o "primeiro round" das eleições.

"O enfrentamento que construímos se mostrou correto. E todas as iniciativas que nós tomamos se refletiram nos últimos dados, mostrando que a candidatura da Dilma se consolidou", afirmou o vice-presidente nacional do PT, deputado José Guimarães (CE).

A tática de despertar o "medo do passado" no eleitor será adotada em eventos do governo, especialmente nos discursos de Dilma e seus auxiliares, além de servir como orientação para líderes de partidos da base aliada.

O alvo prioritário dos petistas, no momento, é enfraquecer a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG), segundo colocado nas pesquisas eleitorais, atrás de Dilma. "O PSDB escolheu esse caminho, tirou o discurso do Eduardo Campos, e chamou o PT para briga. E nós os enfrentamos. Nesse primeiro round nós estamos ganhando", considerou Guimarães.

Na análise de alguns integrantes da cúpula do partido, a criação de uma linha mais combativa e a estabilização da presidente nas pesquisas também servirão de "combustível" para a militância até aqui "acuada" pelos ataques dos adversários.

Entre os alvos da ofensiva, passaram a fazer parte até o ex-atacante Ronaldo, que disse estar "envergonhado" com os atrasos das obras da Copa. Sem citá-lo, Dilma rebateu o ex-craque. "Não temos do que nos envergonhar e não temos complexo de vira-latas", afirmou para uma plateia de jovens.

A medida foi aplaudida dentro do PT. "Há até pouco tempo ela não respondia, o governo não respondia", avaliou Florisvaldo Souza, integrante da Executiva Nacional do PT. "O caso do Ronaldo é um exemplo positivo. Houve uma reação rápida. Ela matou a fala dele". O dirigente petista defende a manutenção dessa linha.
"Temos que debater o que tem que ser debatido e não deixar para depois, não ter que aguardar o resultado de pesquisas para saber como agir."

A linha de "matar o discurso" do adversário, também deverá ser adotada no caso da Petrobras, considerado como um símbolo do País e, atualmente, alvo de investigação por parte da Polícia Federal e de uma CPI no Congresso. "No caso da Petrobras, não tem aparecido novidades e as explicações do governo têm sido absorvidas pela população", afirmou Florisvaldo Souza.

A mudança no tom da campanha petista teve como ponto de partida o pronunciamento da presidente Dilma em cadeia nacional, no feriado de 1º de maio. Naquele momento, ela enfrentava queda nas pesquisas e a crítica de vários setores da base aliada no Congresso. A petista aproveitou o pronunciamento para lançar um pacote de bondades que inclui um reajuste de 10% nos valores do Bolsa Família e a correção na tabela do Imposto de Renda (IR). De lá para cá, a presidente tem seguido à risca estratégia construída pela cúpula da legenda e respondido, de bate pronto, a todos críticos de seu governo.

Paralelo à linha mais combativa contra os adversários, a aproximação do período eleitoral tem levado a presidente Dilma a também intensificar o "corpo a corpo" com movimentos sociais e setores do empresariado nos últimos meses. A estratégia adotada também consiste em ampliar o número de agendas positivas nas principais capitais e no interior do país, onde Dilma tem participado de inaugurações de obras de mobilidade urbana, entregas de casas e apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida e de máquinas para prefeituras.

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.