YGOR SALLES
TATHIANA BARBAR
da Folha Online
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, descartou nesta quinta-feira uma possível candidatura sua à presidência em 2010. "Não sou candidata. Acredito que o PT pode ter candidato próprio, e tem o direito de pleitear isso, ou pode haver uma composição", afirmou durante sabatina da Folha realizada em São Paulo.
Desde as 11h, Dilma Rousseff responde a perguntas de quatro entrevistadores e também da platéia. A ministra da Casa Civil é sabatinada por Fernando de Barros e Silva (editor de Brasil), Renata Lo Prete (editora do "Painel"), Valdo Cruz (repórter especial) e Eliane Cantanhêde (colunista do jornal).
Segundo ela, ainda é cedo para discutir a sucessão presidencial. "Temos seis meses, dez meses de governo. Não interessa ainda a sucessão de 2010. Mesmo porque isso pode parecer uma tentativa de encurtar o mandato do presidente Lula", afirmou.
Dilma ainda defendeu o nome do ex-ministro Ciro Gomes para a sucessão presidencial. "Sem sombra de dúvida, tem todas as condições de ser candidato, ele já demonstrou isso."
Dilma é a sexta a participar do ciclo de sabatinas da Folha neste ano. Antes dela, o jornal sabatinou o climatologista Carlos Nobre (março), o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer (abril), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (maio), o ministro da Saúde, José Gomes Temporão (junho) e o economista Delfim Netto (agosto).
Dilma assumiu o ministério da Casa Civil em junho de 2005. Substituiu José Dirceu, então homem-forte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deixou o cargo acusado de comandar o esquema do mensalão. O ex-ministro --que agora é réu no Supremo Tribunal Federal e vai responder por formação de quadrilha e corrupção ativa-- nega as acusações.
Neste ano, coube a Dilma a tarefa de comandar o principal programa do segundo mandato de Lula, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Economista, mestre em teoria econômica pela Unicamp e doutoranda em economia monetária e financeira pela mesma universidade, Dilma foi ministra das Minas e Energia entre 2003 e junho de 2005. Antes, coordenou a equipe de infra-estrutura do governo de transição instituído por Lula.
Fonte: Folha Uol
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u333829.shtml
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