segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

CNT/Sensus traz Dilma empatada tecnicamente com Serra quando Ciro entra em cena


Keila Santana
Especial para o UOL Notícias
Em Brasília

Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil e provável candidata do PT à Presidência da República, cresce nas intenções de voto para as eleições de outubro, segundo levantamento feito pelo Instituto Sensus para a Confederação Nacional dos Transportes (CNT-Sensus). É a primeira vez que a pré-candidata do governo aparece empatada tecnicamente no segundo lugar nas respostas espontâneas com o nome do governador de São Paulo, José Serra. Numericamente, no entanto, Dilma Rousseff está à frente de Serra, com 9,5% da preferência do eleitorado, contra 9,3% do tucano. O primeiro lugar na citação espontânea ainda é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 18,7% da preferência, mesmo com os entrevistados sabendo que o presidente Lula não pode mais concorrer ao cargo.

Na lista estipulada para a disputa de primeiro turno, contando com a presença do deputado Ciro Gomes (PSB), a ministra Dilma Rousseff cresceu 6,1 pontos percentuais desde novembro de 2009, passando de 21,7% das intenções de voto na última pesquisa para 27,8% em janeiro de 2010. Mesmo considerando a margem de erro de três pontos percentuais, o aumento real para Dilma Rousseff fica acima das rodadas anteriores. O tucano José Serra se mantém estável em primeiro lugar em todas as listas de simulação de candidatos, com 33,2% das intenções no primeiro turno.

Em uma segunda simulação, sem contar com Ciro, o governador José Serra cresce dos 33,2% para 40,7%, estável no primeiro lugar comparado à pesquisa anterior de novembro (40,5%), a ministra Dilma Rousseff registra 28,5%, crescendo cinco pontos percentuais de novembro para cá, e a senadora Marina Silva (PV-AC) também tem aumento de 8,1% de novembro para 9,5% em janeiro.

Segundo o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, a variação nos números da ministra Dilma Rousseff é positiva quando a simulação retira o nome do deputado Ciro Gomes da disputa. “Os votos do deputado Ciro Gomes, que também é da base aliada ao governo, vão um pouco mais para a Dilma do que para o candidato José Serra. A transferência de votos do Ciro para o PSDB, no entanto, ainda existe”, disse.

O deputado Ciro Gomes caiu 5,6 pontos percentuais de novembro para janeiro, passando de 17,5% para 11,9%. “Talvez o eleitor já esteja direcionando seu voto na crença de que a eleição vá se polarizar”, avalia Ricardo Guedes.

Nas listas de segundo turno, a primeira simulação entre José Serra e Dilma Rousseff, o tucano cai de 46,8% para 44% e Dilma sobe de 28,2% para 37,1%. Numa disputa entre Serra e Ciro, o governador de São Paulo cresce de 44,1% em novembro de 2009 para 47,6% em janeiro, enquanto Ciro Gomes fica estável no patamar de 26,7%.

A simulação entre Dilma e Ciro no segundo turno dá vitória para a petista, que cresce 31,5% para 43,3% contra queda de 35,1% para 31% de Ciro Gomes.

“Desde o levantamento de fevereiro de 2008, na lista de segundo turno, José Serra tinha 57,9% e Dilma 9,2%. Em dois anos há um crescimento significativo da preferência para a ministra Dilma. Há uma exposição maior dela, uma queda nos índices de rejeição e ela começa a alçar voo por conta própria. Me parece que ela passa a extrapolar os limites de transferência de Lula, em torno dos 20% que respondiam como único candidato que votaria. Ela caminha para uma consolidação de uma candidatura como nome escolhido sem o pedido do presidente Lula”, disse Guedes.

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.