Um dos principais aliados do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado federal Michel Temer (SP) deverá ser reeleito neste sábado para a presidência nacional do PMDB, resultado que consolida a aliança do partido com o PT.
Temer também sai fortalecido como principal opção do PMDB à vice-presidência em uma futura chapa presidencial com o PT, provavelmente liderada pela ministra da Casa Civil, Dilma Roussef.
Nas paredes do auditório emprestado pela Câmara ao evento, faixas saudavam não apenas a reeleição de Temer, como também o "apoio" à ministra Dilma Roussef.
A manutenção de Temer no principal cargo da Executiva Nacional é vista por seus aliados como uma "vitória" sobre os chamados dissidentes - membros do partido que defendem uma aliança com o PSDB na chapa do governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência, José Serra.
O presidente do PMDB de São Paulo, Orestes Quércia, principal aliado de Serra dentro do partido, chegou a entrar com uma liminar que suspendia a convenção, mas o grupo de Temer recorreu e horas depois o evento voltou a ser confirmado.
O argumento da ala alinhada ao PSDB, que, além dos paulistas, inclui sobretudo lideranças de Santa Catarina, Paraná, Pernambuco e Rio Grande do Sul, é de que a antecipação do evento não permitiu a formação de uma chapa concorrente a Temer. A convenção estava inicialmente marcada para o começo de março.
Um dos principais desafios do PMDB, agora, será o de discutir as alianças regionais, já que em alguns estados será mais difícil formar palanques com o PT.
Programa Em discurso aos cerca de 600 filiados presentes à convenção, Temer disse que "sem o PMDB não há condições de conduzir o país".
O deputado evitou falar abertamente sobre a formação da chapa presidencial com a ministra Dilma, mas disse que sua eleição neste sábado é uma "mensagem" de que o partido está "unido" em torno da aliança com o PT.
Ainda de acordo com Temer, o partido começa, logo após o Carnaval, a elaborar o programa de governo que o PMDB vai apresentar ao PT e aos outros partidos da coalizão.
"Confirmada a aliança (com o PT), aí sim vamos sentar para discutir um programa único", diz. "Dessa vez vamos participar desde o início".
Sua avaliação é de que a aliança com o PT "entra em uma nova fase". "A gente vai entrar em um programa de governo antes de ele ser colocado em prática. Ou seja, vamos ajudar a montar o programa de governo", acrescentou.
Críticas A participação de Michel Temer em uma possível chapa presidencial com a ministra Dilma enfrenta a resistência não apenas da ala paulista, mas a desconfiança de diversos setores ligados ao Palácio do Planalto.
Um dos argumentos é de que Temer agrega pouco à chapa petista, e uma opção melhor como vice seria o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Para esse grupo, a crise econômica ainda não está totalmente derrotada e Meirelles daria credibilidade à chapa de Dilma.
Mas o presidente do BC recém-entrou no partido e, por isso, não é considerado um peemedebista "autêntico" pela ala mais ligada a Temer.
Correm por fora como possíveis vices de Dilma o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (MA), e o das Comunicações, Hélio Costa (MG), ambos do PMDB.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
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- Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.
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