quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Partidos pró-Dilma rogam a Ciro que concorra em SP




Folha
Ciro Gomes, o suposto presidenciável do PSB, ouvirá nesta quarta (24) meia dúzia de apelos para que aceite disputar o governo de São Paulo.



O deputado participará de uma reunião com os partidos que, fechados com Dilma Rousseff, se dispõe a apoiá-lo no Estado.



Vão ao encontro com Ciro mandachuvas de sete legendas. A sopa de letras inclui: PT, PDT, PC do B, PRB, PSC, PTC, e PTN.



No plano nacional, Lula cuidou de submeter o projeto presidencial de Ciro a um torniquete partidário.



Mixaram todas as parcerias que o candidato idealizara. Sonhara especialmente com PDT e PCdoB.



Ao arrastar uma penca de partidos para a mesa desta quarta, o petismo deseja reafirmar a Ciro que, em São Paulo, a histórica seria outra.



Se decidir trocar a candidatura ao Planalto pela eleição ao governo de São Paulo, Ciro terá uma coligação vasta e tempo de TV generoso.



Para desassossego do Planalto, Ciro não parece, por ora, disposto a entregar os pontos. É improvável que a reunião produza a reviravolta desejada por Lula.



Ciro continua aferrado à idéia de esticar a corda até meados de março. Só então, depois de uma conversa com Lula, dirá o que pretende fazer da vida.



Na semana passada, o PSB levou a cara e o discurso de Ciro à sua propaganda partidária televisiva. Dez minutos, em horário nobre.



Ciro fez as vezes de âncora do programa. Condenou o “Fla-Flu partidário” que reduziu a sucessão presidencial a um embate entre o PSDB de José Serra e o PT de Dilma.



Agora, Ciro e o PSB desejam aferir os efeitos da publicidade sobre o eleitorado. Aguardam pelas próximas pesquisas. Encomendou uma sondagem própria.



Em privado, Ciro diz que prefere não disputar coisa nenhuma a apresentar-se como candidato em São Paulo.



A reunião desta quarta demonstra que o deputado ainda não é levado ao pé da letra. Deixou de ser tomado a sério, aliás, em setembro do ano passado.



Deu-se no instante em que, a pedido de Lula, aceitou transferir o seu título eleitoral do Ceará, seu Estado de adoção, para São Paulo, onde nasceu.



Desde então, a palavra de Ciro é posta a prova. Por mais que diga, por mais que repita, por mais que repise suas inteções presidenciais, o deputado continua sendo visto como um candidato multiuso.



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Escrito por Josias de Souza às 05h50

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.