Os
estrategistas da campanha do PSDB entregaram os pontos. Os da presidente
Dilma ainda têm um fio de esperança. Os especialistas em pesquisas
consideram que Marina Silva está a um passo do Planalto. Explicam que
Marina encarna o sentimento de junho de 2013, contra tudo que está aí. E
que sua onda é consistente. Lembram que em 2010 ela se formou a uma
semana do pleito. Agora, ela rebentou 40 dias antes.
O teto de Dilma e o piso de Aécio
A análise das pesquisas realizadas até aqui levam cientistas políticos a concluir que a presidente Dilma tem teto: 40%. Os atuais 34% são seu núcleo duro. Pesam contra ela: o cansaço com os 12 anos de PT, escândalos como o da Petrobras e o seu jeito de poucos amigos. Os dados mostram também que Aécio Neves não parou de cair. O PSDB tem informes, de pesquisas estaduais, que reforçam essa projeção. Isso ocorre, diz um analista, porque a rejeição ao PT é forte, mas há também um sentimento contra o PSDB. Por isso, Aécio não convencia como sujeito da mudança. Essa qualidade foi incorporada por Marina, que ainda tem a vantagem de ser muito conhecida.
“A eleição estava fria, sem emoção. As pessoas vibram com Marina. Elas sentem prazer em votar. Gente que não estava nem aí, agora vai às urnas”
Um cientista político,
especialista em pesquisas qualis e de intenção de voto
No gogó
Os petistas creem em uma vitória no segundo turno. Eles dizem que Marina Silva (PSB) não tem propostas concretas para enfrentar os dramas do país. Com a palavra um petista: “Como é que ela vai sustentar 25 minutos de propaganda na TV?”.
Enquadramento
O candidato do PT ao governo do Rio, Lindbergh Farias, já sabe que o partido não engole vê-lo pedindo votos ao lado de Marina Silva. Um dos mais próximos interlocutores de Marina explica: “Ele está com a Dilma. Nós somos contra palanques duplos". Políticos de vários partidos e estados querem se fantasiar de Marina para melhorar suas situações.
Ancorada em São Paulo
Integrante da direção do PT está impressionado com a força de Marina em São Paulo. A projeção do partido é a de que a presidente Dilma chegará aos 30%. No Ibope, ela tem 23%. Essa é a primeira eleição que os paulistas não têm seu candidato.
Rogai por nós
A campanha da presidente Dilma vai investir nos evangélicos, em sua maioria com Marina Silva. O presidente do PRB, Marco Pereira, da Universal, afirmou no Planalto, que não agrada o discurso de que a providência divina a salvou do acidente que matou Eduardo Campos. O tom messiânico desagradaria, porque ela não é Deus, nem Jesus.
Vacinada
Os marineiros acreditam que a firmeza de Marina Silva na entrevista para o “Jornal Nacional”, da TV Globo, e no debate da Band desconstruiu a imagem anterior de fragilidade. O objetivo foi demonstrar que ela tem pulso para governar.
Defesa integrada
O Brasil irá aderir à Cruz del Sur, uma missão de defesa da ONU para a América do Sul. Já fazem parte Argentina e Chile. A missão atua em ações humanitárias e eventuais necessidades de defesa. O Brasil irá contribuir com cerca de 350 homens.
O ex-ministro Ciro Gomes (Pros) costuma classificar os defensores do meio ambiente como fração verde e “clorofilática” da sociedade.
O teto de Dilma e o piso de Aécio
A análise das pesquisas realizadas até aqui levam cientistas políticos a concluir que a presidente Dilma tem teto: 40%. Os atuais 34% são seu núcleo duro. Pesam contra ela: o cansaço com os 12 anos de PT, escândalos como o da Petrobras e o seu jeito de poucos amigos. Os dados mostram também que Aécio Neves não parou de cair. O PSDB tem informes, de pesquisas estaduais, que reforçam essa projeção. Isso ocorre, diz um analista, porque a rejeição ao PT é forte, mas há também um sentimento contra o PSDB. Por isso, Aécio não convencia como sujeito da mudança. Essa qualidade foi incorporada por Marina, que ainda tem a vantagem de ser muito conhecida.
“A eleição estava fria, sem emoção. As pessoas vibram com Marina. Elas sentem prazer em votar. Gente que não estava nem aí, agora vai às urnas”
Um cientista político,
especialista em pesquisas qualis e de intenção de voto
No gogó
Os petistas creem em uma vitória no segundo turno. Eles dizem que Marina Silva (PSB) não tem propostas concretas para enfrentar os dramas do país. Com a palavra um petista: “Como é que ela vai sustentar 25 minutos de propaganda na TV?”.
Enquadramento
O candidato do PT ao governo do Rio, Lindbergh Farias, já sabe que o partido não engole vê-lo pedindo votos ao lado de Marina Silva. Um dos mais próximos interlocutores de Marina explica: “Ele está com a Dilma. Nós somos contra palanques duplos". Políticos de vários partidos e estados querem se fantasiar de Marina para melhorar suas situações.
Ancorada em São Paulo
Integrante da direção do PT está impressionado com a força de Marina em São Paulo. A projeção do partido é a de que a presidente Dilma chegará aos 30%. No Ibope, ela tem 23%. Essa é a primeira eleição que os paulistas não têm seu candidato.
Rogai por nós
A campanha da presidente Dilma vai investir nos evangélicos, em sua maioria com Marina Silva. O presidente do PRB, Marco Pereira, da Universal, afirmou no Planalto, que não agrada o discurso de que a providência divina a salvou do acidente que matou Eduardo Campos. O tom messiânico desagradaria, porque ela não é Deus, nem Jesus.
Vacinada
Os marineiros acreditam que a firmeza de Marina Silva na entrevista para o “Jornal Nacional”, da TV Globo, e no debate da Band desconstruiu a imagem anterior de fragilidade. O objetivo foi demonstrar que ela tem pulso para governar.
Defesa integrada
O Brasil irá aderir à Cruz del Sur, uma missão de defesa da ONU para a América do Sul. Já fazem parte Argentina e Chile. A missão atua em ações humanitárias e eventuais necessidades de defesa. O Brasil irá contribuir com cerca de 350 homens.
O ex-ministro Ciro Gomes (Pros) costuma classificar os defensores do meio ambiente como fração verde e “clorofilática” da sociedade.
Tucanos
e petistas, segundo cientistas políticos, estão diante de um novo Lula:
Marina Silva. Aecistas veem “um fenômeno psicossocial". Marqueteiros,
da arquibancada, avaliam que Marina virou uma idealização. E, para
derrubá-la, seria preciso “colocar o dedo na cara dela". No debate de
anteontem, registram que “ninguém teve coragem" para o confronto. E
apostam: o PT terá de sacar o velho Lula para enfrentar o novo Lula.
“Votar em Marina é adiar a crise. Não adianta substituir Dilma por uma aventura. Com o tempo, Marina não será mais essa imagem virtual”
Alberto Goldman
Coordenador da campanha de Aécio Neves em São Paulo
A cidadela tucana ameaçada
A reviravolta nas eleições presidenciais pode afetar um dos pilares do PSDB: o governo de Minas. Aécio Neves tinha a expectativa de tirar em Minas uma diferença de três milhões de votos sobre a presidente Dilma. Com Marina Silva, esse cenário virou fumaça. Pelo Ibope, Aécio tem 34%, Dilma 31% e Marina 20%. Esse empate técnico pode ter reflexos na disputa estadual. O petista Fernando Pimentel lidera com 37% contra o tucano Pimenta da Veiga, 23%. Aécio contava com uma goleada em Minas para alavancar seu candidato. Agora, o embate deve ficar no terreno da comparação entre Pimentel e Pimenta. O drama é maior na eleição porque o tempo é curto.
O eleitor da mudança
Os tucanos estão se debatendo para ver como manter e recuperar os eleitores que foram para Marina Silva. A tarefa será mostrar, para quem quer mudança, que Aécio é mais competitivo que Marina para derrotar a presidente Dilma.
Missão cumprida
Especialistas consideram que Marina Silva cumpriu seus objetivos no debate da Band. Ela passou firmeza, superando a percepção de fragilidade. E fixou uma imagem de quem tem um raciocínio articulado. Elogiaram sua promessa de governar com todos, com pessoas de bem e de buscá-las onde estiverem. Seu alvo foi o eleitor farto com a polarização.
Fidelidade
O tucano Aécio Neves não titubeou no debate da Band. Provocado pela presidente Dilma defendeu o ex-presidente FH. “Me sinto lisonjeado quando ela (Dilma) me olha e enxerga o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso”, arrematou.
Garantir o território
O PT organiza neste fim de semana caminhadas em cidades com até 30 mil moradores para fidelizar eleitor mais simpático à sigla. Nelas, não há problemas como mobilidade, típicos de cidade grande. O roteiro já estava previsto, mas se tornou urgente. Pelo Ibope Dilma tem 43% contra 24% de Marina nas cidades com até 50 mil habitantes.
Os eleitores na mão
Se o TSE e o STF fizerem o que é de costume, o julgamento do candidato José Roberto Arruda (DF) não será concluído até as eleições. O TSE o declarou inelegível por ter sido condenado por improbidade administrativa pelo TJDF em julho.
O voto contra o tapetão
O deputado Alfredo Sirkis já recebeu dois votos no TSE mantendo seu mandato mesmo tendo deixado o PV para se filiar ao PSB. Os ministros acataram sua defesa, na qual sustenta que estava sendo perseguido em seu antigo partido.
Credibilidade. Pela pesquisa MDA/CNT, 73,8% dos entrevistados não acreditam na veracidade das informações que recebem pelas redes sociais.
“Votar em Marina é adiar a crise. Não adianta substituir Dilma por uma aventura. Com o tempo, Marina não será mais essa imagem virtual”
Alberto Goldman
Coordenador da campanha de Aécio Neves em São Paulo
A cidadela tucana ameaçada
A reviravolta nas eleições presidenciais pode afetar um dos pilares do PSDB: o governo de Minas. Aécio Neves tinha a expectativa de tirar em Minas uma diferença de três milhões de votos sobre a presidente Dilma. Com Marina Silva, esse cenário virou fumaça. Pelo Ibope, Aécio tem 34%, Dilma 31% e Marina 20%. Esse empate técnico pode ter reflexos na disputa estadual. O petista Fernando Pimentel lidera com 37% contra o tucano Pimenta da Veiga, 23%. Aécio contava com uma goleada em Minas para alavancar seu candidato. Agora, o embate deve ficar no terreno da comparação entre Pimentel e Pimenta. O drama é maior na eleição porque o tempo é curto.
O eleitor da mudança
Os tucanos estão se debatendo para ver como manter e recuperar os eleitores que foram para Marina Silva. A tarefa será mostrar, para quem quer mudança, que Aécio é mais competitivo que Marina para derrotar a presidente Dilma.
Missão cumprida
Especialistas consideram que Marina Silva cumpriu seus objetivos no debate da Band. Ela passou firmeza, superando a percepção de fragilidade. E fixou uma imagem de quem tem um raciocínio articulado. Elogiaram sua promessa de governar com todos, com pessoas de bem e de buscá-las onde estiverem. Seu alvo foi o eleitor farto com a polarização.
Fidelidade
O tucano Aécio Neves não titubeou no debate da Band. Provocado pela presidente Dilma defendeu o ex-presidente FH. “Me sinto lisonjeado quando ela (Dilma) me olha e enxerga o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso”, arrematou.
Garantir o território
O PT organiza neste fim de semana caminhadas em cidades com até 30 mil moradores para fidelizar eleitor mais simpático à sigla. Nelas, não há problemas como mobilidade, típicos de cidade grande. O roteiro já estava previsto, mas se tornou urgente. Pelo Ibope Dilma tem 43% contra 24% de Marina nas cidades com até 50 mil habitantes.
Os eleitores na mão
Se o TSE e o STF fizerem o que é de costume, o julgamento do candidato José Roberto Arruda (DF) não será concluído até as eleições. O TSE o declarou inelegível por ter sido condenado por improbidade administrativa pelo TJDF em julho.
O voto contra o tapetão
O deputado Alfredo Sirkis já recebeu dois votos no TSE mantendo seu mandato mesmo tendo deixado o PV para se filiar ao PSB. Os ministros acataram sua defesa, na qual sustenta que estava sendo perseguido em seu antigo partido.
Credibilidade. Pela pesquisa MDA/CNT, 73,8% dos entrevistados não acreditam na veracidade das informações que recebem pelas redes sociais.
A última moda em matéria de campanhas eleitorais, as
redes sociais, não passaram no teste da credibilidade. Nada mais nada
menos do que 73,8% dos entrevistados, na pesquisa MDA/Confederação
Nacional do Transporte, não acreditam na veracidade das informações que
recebem pelas redes sociais.
Apenas 7% dos ouvidos, entre os dias 21 e 24 de agosto, disseram que elas poderiam influenciar seu voto. Elas perderam de goleada para a propaganda na TV, 44,8%; e, para as reportagens veiculadas na mídia, 23,8%.
Diante dos dados recebidos por essas redes, 52,4% deles tem o hábito de conferir para saber se é mentira ou verdade. Outros 47% nem se dão a esse trabalho. Esses índices não são pouca coisa, pois eles se referem aos 52,3% que tem acesso às redes sociais.
Isso significa que há pessoas físicas e jurídicas ganhando dinheiro a despeito da baixa credibilidade de seus serviços. E que há campanhas pagando caro por um instrumento de validade duvidosa.
Apenas 7% dos ouvidos, entre os dias 21 e 24 de agosto, disseram que elas poderiam influenciar seu voto. Elas perderam de goleada para a propaganda na TV, 44,8%; e, para as reportagens veiculadas na mídia, 23,8%.
Diante dos dados recebidos por essas redes, 52,4% deles tem o hábito de conferir para saber se é mentira ou verdade. Outros 47% nem se dão a esse trabalho. Esses índices não são pouca coisa, pois eles se referem aos 52,3% que tem acesso às redes sociais.
Isso significa que há pessoas físicas e jurídicas ganhando dinheiro a despeito da baixa credibilidade de seus serviços. E que há campanhas pagando caro por um instrumento de validade duvidosa.
Marina pegou o elevador?
Os partidários de Marina Silva (PSB) acreditam que os 29% do Ibope representam apenas o piso da candidata. Foi assim em 2010. Nessa mesma época, o Ibope fez pesquisa, e, nela, a presidente Dilma tinha 51%, e o tucano José Serra, 27%. Na véspera do pleito, Dilma tinha os mesmos 51%, e Serra, 30%. Marina teve trajetória ascendente. Ela pulou de 7% para 18%. Abertas as urnas, Dilma teve 46,9%, Serra, 32,6%, e Marina, 19,3%. Mesmo atarantados, petistas tiram o ex-presidente Lula da cartola. Mais afetados, tucanos repetem que se trata de uma nuvem passageira. Explicações à parte, as campanhas de Dilma e de Aécio relutam sobre como enfrentar a nova realidade eleitoral.
“A Marina é a transição para um novo modelo. Nossa campanha não será agressiva nem travada nos subterrâneos. Isso vai facilitar o diálogo pós-eleitoral”
Walter Feldman
Coordenador da campanha de Marina Silva e deputado federal (PSB-SP)
A tarefa de desmontar Marina
A tendência é a de que os petistas reservem sua artilharia para o segundo turno. Os tucanos estão divididos. Alguns querem partir para o ataque já. Outros, como os governadores, temem ser contaminados se partirem para o confronto.
Promessa de ‘chef’
Em fase Miss Simpatia, a presidente Dilma prometeu que fará uma macarronada e uma bacalhoada para os jornalistas que foram entrevistá-la domingo no Alvorada. E detalhou como cozinhar o bacalhau: “É simplíssimo. Você corta várias coisas e bota em camadas. Agora, é sem reclamação". A presidente apareceu no programa de TV pilotando um fogão.
Alerta vermelho
A primeira decisão da campanha da presidente Dilma, diante da ascensão de Marina, é reforçar sua presença no Nordeste. O PT tem vencido na região com larga vantagem. Os grandes centros urbanos, como Salvador e Recife, são prioridade.
A receita contra os políticos
Um dos argumentos usados contra Marina Silva é a falta de apoio no Congresso. Mas esse não seria um problema, segundo políticos experientes, pois “a dependência do Presidente diante do Congresso é inversamente proporcional à sua exuberância legiferante”. Seus assessores dizem que Marina não faria um governo de reformas.
Aprendendo a usar
Ministros do STF e do TSE esperam a ampliação do número de impugnações de candidaturas para julgamento nas duas Cortes. Avaliam que houve uma consolidação da Lei da Ficha Limpa. E o Ministério Público está a cada dia mais atuante.
Politicamente incorreto
Candidato ao governo, Lobão Filho (MA) promete implantar atendimento médico por telefone para “tirar dúvidas corriqueiras” e evitar filas nos hospitais. Acontece que essa prática é proibida pelo Conselho Federal de Medicina.
O Ministério da Justiça arrecadou R$ 22 milhões, entre 2011 e 2014, com a venda de bens, como carros e aeronaves, em mãos
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