sexta-feira, 2 de abril de 2010

Serra agradece a Mantega a 'correção' com São Paulo


Divulgação

Em sua última visita, Serra vai a ambulatório em Heliópolis: "Meu grande orgulho"



Um dia depois de pronunciar um discurso recheado de ataques a Lula e ao governo dele, José Serra rendeu uma homenagem à gestão petista.



Neste 1º de abril, ‘Dia da Mentira’, o governador de São Paulo tocou o telefone para o ministro petista da Fazenda, Guido Mantega.



Agradeceu o tratamento “correto” dispensado a ele próprio e ao governo de São Paulo. Mantega cuidou de transmitir o agradecimento a Lula.



Na véspera, Serra soara bem menos amistoso. Em discurso de despedida, criticara as “bravatas” de Lula.



Pior: insinuara que o cabo eleitoral de sua rival, Dilma Rousseff, chefia uma administração dada a “escândalos, malfeitos e roubalheiras”.



Mais: sugerira que o governo Lula serve à “maquina partidária”, não ao “interesse público”.



O Serra desta quinta (1º) tratou de tornar público o agradecimento ao governo que o Serra da quarta (31) desqualificara.



Em nota levada ao seu microblog nesta madrugada, Serra informou:



“Liguei hoje para agradecer ao Guido Mantega, ministro da Fazenda, que foi sempre correto e responsável comigo e com o governo de SP”.



O atestado de correção foi expedido em meio a outros pequenos textos nos quais Serra deu conta de seus últimos atos como governador.



Antecipou: “Fazendo a mudança... Envio nesta sexta-feira (2) à Assembléia Legislativa minha carta de renúncia ao governo de SP. É uma exigência legal”.



Celebrou: “Ah, a estréia do Rodoanel foi um sucesso”. Referência à obra que fizera questão de inaugurar antes de mergulhar na campanha.



Um pedaço de rodovia concebido para desafogar o trânsito de São Paulo, retirando diariamente do miolo da Capital 16,5 mil caminhões e 55,5 mil carros de passeio.



Serra também deu conta de sua passagem por um ambulatório médico da favela de Heliópolis, sua “última visita como governador” (foto lá no alto).



Jactou-se: “É o primeiro ambulatório do país com ressonância magnética. Salas de cirurgia, leitos, 45 consultórios para 2 milhões de pessoas”.



No mais, Serra prestou contas de uma demanda que lhe chegara pelo twitter. Um seguidor reclamara de remédio o governo lhe sonegava.



De saída, Serra informou: “[...] O governo de São Paulo já entregou a ele o medicamento importado”.



A madrugada já ia alta, 4h desta sexta (2), quando Serra deixou o computador. Despediu-se: “Do governo de SP era isso. Acabou. Bom feriado a todos”.



Deixou a platéia virtual em boa companhia: Pavarotti e Sting, entoando, em dueto, Panis Angelicus.



Na madrugada anterior, Serra despedira-se com uma peça mais sugestiva: “Tá chegando a hora... Cielito Lindo, André Rieu”.


Do Blog do Josias

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.