quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Dilma e Serra se armam para o último confronto

Se o candidato tucano José Serra for para o ataque no último e mais importante debate entre os presidenciáveis, que será realizado sexta-feira na TV Globo, a candidata petista Dilma Rousseff vai rebater com firmeza, no estilo “assertiva”, como prefere dizer. Dilma chega hoje ao Rio, onde, com uma agenda mais leve, tentará ficar em concentração total para o embate.

Os coordenadores da campanha petista dizem que para esse debate, o mais aguardado por todos, não tem muito como traçar uma estratégia, porque não há perguntas entre os candidatos e sim respostas a temas pré-definidos pela emissora.Os petistas acreditam que Serra virá com tudo, batendo no governo. E a orientação é Dilma tentar fugir das pegadinhas.

— O Serra vai partir para cima dizendo que o governo da Dilma foi uma merda e ele é o bom da boca. E ela terá oportunidade para ser mais propositiva — disse o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra.

Ele diz que Dilma já está devidamente preparada, e que agora só depende de relaxar para ter um bom desempenho. Como não teve tempo ainda de ficar com uma agenda mais tranquila para descansar, ela deverá chegar na tarde desta quinta-feira ao Rio de Janeiro, onde se concentra com os assessores até a sexta-feira à noite.

Nessa concentração para relaxamento, Dilma fica acompanhada de Olga Curado, que lhe aplica técnicas de ioga e relaxamento.

— O debate da Globo tem uma dinâmica diferente, ela não tem que ficar preocupada em fazer pergunta. É uma coisa mais solta. Não tem como definir uma estratégia mais incisiva ou mais light. Vai fluir muito em função de como se comportar o outro candidato. Deve ter uma farpa e outra entre as respostas. Se o Serra apostar numa postura de desdém, ela vai falar que ele é arrogante e trata a adversária com desdém , como fez no último debate — disse Dutra.

MENOS CONFRONTO
A campanha do presidenciável José Serra (PSDB) espera para último debate deste segundo turno, sexta-feira, na Rede Globo, um clima de menos confronto com a adversária Dilma Rousseff (PT) do que o registrado na última segunda-feira, na Record. Segundo dirigentes tucanos, isso deverá ocorrer mais devido às regras do debate do que a uma estratégia do candidato.No encontro, Dilma e Serra responderão a perguntas formuladas por eleitores indecisos, que estarão na plateia. Não haverá espaço para perguntas entre os candidatos.

O tema corrupção, que gerou boa parte do embate entre os presidenciáveis na Record, será usado em uma única pergunta. A expectativa da campanha é que, além dessa abordagem específica, o assunto seja pincelado entre uma pergunta e outra, mas nada de forma muito ostensiva.

Uma primeira reunião preparatória de Serra para o debate estava prevista para acontecer ontem à noite, em São Paulo, após a volta do candidato de compromissos de campanha no Recife. Para amanhã à noite, uma nova rodada de treinamento está programada. No dia do debate, o presidenciável deverá ter uma agenda leve, ainda não definida.

Diante da previsão de um duelo mais temático, a estratégia será centrar o foco na comparação de propostas, realizações e biografias. Nesse sentido, o discurso de que Serra é o mais experiente e preparado será repetido à exaustão.

Outra prioridade do tucano é fazer chegar aos milhões de espectadores as propostas de forte apelo popular, como a promessa de um salário mínimo de R$ 600, de reajuste de 10% para os aposentados e de um 13º para os beneficiários do programa Bolsa-Família.  (Agência O Globo)

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.