Por iG Brasília | 21/06/2014 06:00 - Atualizada às 21/06/2014 10:33
Com discurso de unidade, presidente terá sua candidatura à reeleição homologada neste sábado, em convenção do PT
A presidente Dilma Rousseff será oficializada candidata do PT à Presidência neste sábado (21), com o desafio de amenizar o desgaste da administração e manter a dianteira na disputa com o senador mineiro Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. Embora ainda tenha pela frente a tarefa de reverter a tendência de queda nas pesquisas de opinião, Dilma chega à largada da corrida presidencial tendo controlado um dos maiores problemas que enfrentou nos últimos meses: a resistência de uma ala de seu próprio partido a sua candidatura à reeleição.
São Paulo: Aliança PSB-PSDB tenta barrar fator Lula e aproxima Campos e Aécio
Ibope: Dilma tem 39% dos votos, Aécio tem 21% e Campos tem 10%
Hoje, até mesmo os maiores entusiastas do “Volta, Lula” admitem que não haveria como ressuscitar o movimento para tirar Dilma de cena e lançar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na corrida ao Planalto.
Futura Press
Telão exibe discurso de Dilma que cancelou ida à convenção do PT que lançou Padilha
Pelo rito interno do PT, a convenção nacional do partido, marcada para este sábado, em Brasília, tem o papel efetivo de homologar a candidatura de Dilma. Os 800 delegados do partido votam para referendar o nome da presidente e tendem a seguir massivamente a orientação do comando partidário – diferentemente do que ocorreu no PMDB, em que a aliança foi referendada com 54% dos votos.
Diante da expectativa de “obediência” da base, Dilma deve aproveitar a convenção para fazer um discurso de unidade. A expectativa é de que ela explore bandeiras históricas do partido e fale sobre a necessidade preservar as “conquistas” dos governos do PT.
Blog do Kennedy: Por eleição, Dilma tenta reatar com empresariado
Leia mais: PT afina discurso contra xingamentos a Dilma na Copa do Mundo
Dentro da direção petista, o discurso é o de que a convenção, da qual participa também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será “tranquila”. “Dilma lidera todas as pesquisas e, mesmo que não liderasse, ela é a presidente e é natural que seja candidata”, diz o vice-presidente do partido, Alberto Cantalice, que hoje comanda a estratégia de Dilma nas redes sociais.
O deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), que no passado puxava o coro pelo terceiro mandato e ajudou a mobilizar o “Volta, Lula” nos bastidores, agora diz que não há margem para trazer o ex-presidente de volta. “Não sou entusiasta do ‘Volta, Lula. Fui do terceiro mandato”, desconversa. “Não terá espaço para isso. Se não teve antes, não tem porque ter agora. É uma convenção homologatória”, acrescenta. “Será uma convenção sem surpresas”, emenda o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), ex-líder do governo na Câmara.
Estratégia
Dentro da campanha petista, a prioridade, uma vez formalizada a candidatura, é assegurar a recuperação dos índices de aprovação do governo. O núcleo central da campanha petista ainda avalia qual será o tom dos discursos da presidente – se mais agressivo ou se na linha “paz e amor”. Mas um ponto que é consenso na equipe é aproveitar o tempo de televisão assegurado pela aliança com o PMDB para mostrar as realizações do governo.
Dilma tende a exaltar programas como o Minha Casa Minha Vida e o Pronatec, além de bandeiras "tradicionais" como o Bolsa Família. Obras estratégicas nos principais colégios eleitorais do país também devem entrar na conta. A aposta da campanha de Dilma é de que, com isso, será possível recuperar progressivamente os índices nas pesquisas.
*Com reportagem de Marcel Frota, iG Brasília
Leia tudo sobre: dilma • pt • convenção nacional • eleições 2014
Com discurso de unidade, presidente terá sua candidatura à reeleição homologada neste sábado, em convenção do PT
A presidente Dilma Rousseff será oficializada candidata do PT à Presidência neste sábado (21), com o desafio de amenizar o desgaste da administração e manter a dianteira na disputa com o senador mineiro Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. Embora ainda tenha pela frente a tarefa de reverter a tendência de queda nas pesquisas de opinião, Dilma chega à largada da corrida presidencial tendo controlado um dos maiores problemas que enfrentou nos últimos meses: a resistência de uma ala de seu próprio partido a sua candidatura à reeleição.
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Pelo rito interno do PT, a convenção nacional do partido, marcada para este sábado, em Brasília, tem o papel efetivo de homologar a candidatura de Dilma. Os 800 delegados do partido votam para referendar o nome da presidente e tendem a seguir massivamente a orientação do comando partidário – diferentemente do que ocorreu no PMDB, em que a aliança foi referendada com 54% dos votos.
Diante da expectativa de “obediência” da base, Dilma deve aproveitar a convenção para fazer um discurso de unidade. A expectativa é de que ela explore bandeiras históricas do partido e fale sobre a necessidade preservar as “conquistas” dos governos do PT.
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O deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), que no passado puxava o coro pelo terceiro mandato e ajudou a mobilizar o “Volta, Lula” nos bastidores, agora diz que não há margem para trazer o ex-presidente de volta. “Não sou entusiasta do ‘Volta, Lula. Fui do terceiro mandato”, desconversa. “Não terá espaço para isso. Se não teve antes, não tem porque ter agora. É uma convenção homologatória”, acrescenta. “Será uma convenção sem surpresas”, emenda o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), ex-líder do governo na Câmara.
Estratégia
Dentro da campanha petista, a prioridade, uma vez formalizada a candidatura, é assegurar a recuperação dos índices de aprovação do governo. O núcleo central da campanha petista ainda avalia qual será o tom dos discursos da presidente – se mais agressivo ou se na linha “paz e amor”. Mas um ponto que é consenso na equipe é aproveitar o tempo de televisão assegurado pela aliança com o PMDB para mostrar as realizações do governo.
Dilma tende a exaltar programas como o Minha Casa Minha Vida e o Pronatec, além de bandeiras "tradicionais" como o Bolsa Família. Obras estratégicas nos principais colégios eleitorais do país também devem entrar na conta. A aposta da campanha de Dilma é de que, com isso, será possível recuperar progressivamente os índices nas pesquisas.
*Com reportagem de Marcel Frota, iG Brasília
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