domingo, 27 de setembro de 2009

Ciro quer provocar 2º turno e libera PSB no Estado



Aline dos Santos

Marcelo Victor
Segundo Ciro, PSB está liberado para fazer aliança que achar melhor
Em segundo lugar nas pesquisas eleitorais para presidente da República, o deputado federal Ciro Gomes (PSB) demonstra clara intenção de provocar o segundo turno em 2010.

Para tanto, durante visita a Campo Grande, adotou o discurso de atacar o PSDB de José Serra, que aparece em primeiro lugar nas pesquisas e poupar a ministra Dilma Roussef, eleita de Lula para disputar a eleição em 2010.

Segundo ele, a possibilidade do segundo turno “é a substância da avaliação com o presidente Lula”. E prossegue: “Se tivermos prudência, cada um cumpre o seu papel. No segundo turno, nos econtraremos em qualquer circunstância”, salienta.

Para não entrar em conflito com a ala petista que acredita que a candidatura de Ciro pode não só “roubar” votos de Serra, mas prejudicar o próprio projeto de manter o PT na presidência, Ciro Gomes promete fazer um primeiro turno sem ataques à ministra. “Não ataco pessoas, mas idéias. Já fiz ataques, até com certa agressividade, mas estou amadurecido e ficando careca”.

Questionado se poderia ser vice de Dilma Roussef, Ciro descartou a hipótese. “Ninguém é candidato a vice. Ser vice é uma contingência complementar. Se digo que seria uma honra para qualquer brasileiro, você estamparia na manchete ‘Ciro admite ser vice da Dilma’ e não é disso que se trata. Sou candidato a presidente”.

No bico - Já para o PSDB, o deputado disparou críticas e disse que prefere não ser candidato a nada, desde que seja para evitar que os tucanos retomem o poder. “Meu adversário, que vou bater com toda força, é a tentativa de voltar ao passado. Claramente, ele [José Serra] representa a volta do Fernando Henrique, que impôs a agenda de tragédia socioeconômica para o Brasil. Não deixarei que o nosso povo seja levado no bico”.

Melhor - Sobre a política local, Ciro Gomes afirmou que o PSB de Mato Grosso do Sul terá autonomia para decidir alianças. “Aqui, eles vão fazer o que acharem melhor”. O presidenciável participou do III Encontro estadual do PSB, realizado hoje à tarde no Crea/MS.

Leia Mais:
26/09/2009
07:48 - PSB traz Ciro Gomes neste sábado para filiar dissidentes

22/09/2009
15:24 - Serra lidera sucessão de Lula; Ciro empata com Dilma

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Dilma acerta um ‘pré-acordo’ com o PMDB de Temer




Sérgio Lima/Folha
A presidenciável Dilma Rousseff (PT) encontrou-se reservadamente com o deputado Michel Temer (PMDB-SP). Deu-se nesta terça-feira (22).



A dupla acertou o seguinte: até o final de outubro, PT e PMDB vão firmar uma espécie de pré-acordo nupcial.



No contrato, ficará ajustado que as duas legendas vão ao altar de 2010 de mãos dadas com Dilma.



O acerto deixará subentendido que o vice da candidata de Lula será indicado pelo PMDB. Mas o nome do noivo não será explicitado.



A conversa entre Dilma e Temer teve testemunha: o deputado Henrique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB na Câmara.



Consultado sobre os termos do trato, o presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), pôs-se de acordo.



Falta agora expor os novos pontos da costura a Lula. Algo que será feito logo que o fiador de Dilma retornar do périplo internacional.



Temer foi a Dilma nas pegadas de uma reunião que tivera, também nesta terça (22), com o neotucano Orestes Quércia, presidente do diretório paulista do PMDB.



Fechado com a candidatura presidencial de José Serra (PSDB), Quércia encarecera a Temer que desistisse da tentativa de antecipar o calendário.



Quércia fizera-se acompanhar do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS).



A exemplo da seccional paulista, também o pemedebê pernambucano de Jarbas e o gaúcho de Ibsen torcem o nariz para Dilma e para o PT.



A “embaixada” do grupo pró-Serra produziu efeito inverso ao pretendido. Sentindo o cheiro de queimado, Dilma tratou de se entender com Temer.



Presidente da Câmara e presidente licenciado do PMDB nacional, Temer é, hoje, o nome mais cotado para compor a chapa com Dilma.

Escrito por Josias de Souza às 02h47

terça-feira, 22 de setembro de 2009

PSB lança Ciro Gomes à presidência e confirma candidatura de Lerin


Encontro histórico do Partido Socialista Brasileiro (PSB), realizado sábado, dia 19, em Belo Horizonte, lançou a pré-candidatura do deputado federal Ciro Gomes à Presidência da República e do ex-embaixador Tilden Santiado ao Senado.

As filiações de nomes importantes, que poderão ter futuramente a candidatura lançada pelo partido nos âmbitos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e da Câmara Federal, também foram discutidas por mais de 100 municípios ali representados.

Como já era esperado, Antônio dos Reis Gonçalves Lerin obteve apoio pessoal de Ciro Gomes, já que é considerado um dos nomes fortes do partido para as próximas eleições.

Lerin é pré-candidato a uma vaga na Assembleia mineira para deputado estadual, com endosso da Executiva do PSB mineiro.

De olho nas eleições 2010, Lerin reforçou convite ao presidenciável Ciro Gomes para que participe de encontro da Associação das Câmaras Municipais do Triângulo e Alto Paranaíba, que deverá acontecer no início de 2010, em Uberaba.

"Estamos aproximando os Legislativos da região para que nosso potencial de trabalho seja multiplicado. Queremos fortalecer os vereadores para que possamos juntos buscar com mais eficiência as melhorias necessárias aos nossos municípios. A participação de

Ciro é importante devido à sua larga experiência como político e, também, como economista", ressalta Lerin.

Vale lembrar que o JORNAL DE UBERABA divulgou em primeira-mão a pré-candidatura de Santiago ao Senado. Quanto ao Governo de Minas, o PSB poderá decidir, em tempo, por seguir com candidato próprio ou se aceitará compor chapa com outro partido.

Lerin lembra que o PSB tem atualmente 46 pré-candidatos a deputado estadual e 35 pré-candidatos a deputado federal.

Também é bom destacar que, embora o nome de Ciro tenha sido lançado para a Presidência da República, ainda não está descartada dobradinha entre Aécio/Ciro, caso o governador mineiro seja o escolhido pelo PSDB para concorrer à sucessão presidencial. (MGS)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Ciro cresce e preocupa Lula e o PT


Ciro Gomes está animado e não quer saber de desistir

Ciro Gomes está animado e não quer saber de desistir

O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) está feliz da vida com os rumos que sua pré-candidatura à Presidencia da República está ganhando e deverá ficar ainda mais satisfeito caso se confirme, nesta segunda-feira, o que alguns jornalistas têm antecipado como resultado da rodada da pesquisa Ibope/CNI.

Na consulta, Ciro apareceria um pouco à frente, dentro da margem de erro da pesquisa, da ministra Dilma Rousseff, candidata preferencial do Palácio do Planalto, embora ambos ainda distantes do líder absoluto, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB).

O crescimento de Ciro e, pior, a estagnação e o recuo das indicações do eleitorado em favor de Dilma estão deixando os articuladores e as cabeças pensantes do PT muito preocupados. Em entrevista, o ex-ministro chefe da Presidência da República José Dirceu, já começou fazer ameaças ao PSB, que já admite a possibilidade de caminhar junto com Ciro Gomes.

Dirceu defende que, se os socialistas fecharem questão em torno do deputado cearense, o PT rompa as alianças estaduais que estão sendo firmadas com o PSB. “Ela (Dilma) não pode ficar sem palanques nos Estados”, justificou o ex-ministro. A acomodação das alianças nos Estados foi objeto de uma conversa entre o presidente Lula, Ciro e Cid Gomes, governador do Ceará, há dez dias, em Fortaleza. Na ocasião, Cid defendeu a candidatura de Ciro como estratégica e negou qualquer constrangimento em abrigar Dilma no seu palanque.

José Dirceu discorda dessa estratégia e ele ainda tem muita força dentro do PT para fazer prevalecer sua tese. Com isto, ele visa principalmente os Estados do Ceará (onde Ciro tem o apoio do governador) e Pernambuco (onde o governador Eduardo Campos, que é do PSB, poderia ter sua candidatura enfraquecida sem o apoio do PT).

Lula e Dirceu ainda sonham com a possibilidade de pressionar Ciro Gomes a desistir de concorrer e aceitar a proposta de disputar o governo de São Paulo numa aliança com o PT. O cearense já disse que não aceita isto, mas o PSB o fez transferir o título eleitoral para a capital paulista, o que mantém as portas abertas para a solução que o Palácio do Planalto deseja.

domingo, 13 de setembro de 2009

Ciro deve transferir domicílio eleitoral para São Paulo

Opção pela sucessão estadual será mantida como ‘Plano B’

Fotos: Folha
O PSB, partido de Ciro Gomes, marcará, nos próximos dias, uma reunião de sua Executiva nacional.

No encontro, a direção da legenda deve recomendar a Ciro Gomes que transfira o seu título eleitoral do Ceará para São Paulo.

Simultaneamente, o PSB reafirmará que Ciro é candidato à presidência da República, não ao governo paulista.

Uma pergunta ganhará instantaneamente o noticiário: ora, se a candidatura é presidencial, por que mudar o domicílio eleitoral para São Paulo?

O senador Renato Casagrande (ES), secretário-geral do PSB, explicou ao blog o sentido da decisão que seu partido está prestes a tomar:

“O PSB quer que o Ciro seja candidato a presidente. O Ciro também quer. Só que nós não sabemos como o quadro vai evoluir até o ano que vem...”

“...A maioria do partido entende que a transferência do título de Ciro, embora crie, uma especulação sobre a dele em São Paulo, não o retira do projeto nacional”.

São Paulo fica como um plano B? “Ciro é nosso candidato à presidência”, Casagrande repisa. “Mas...”

“...Mas, caso isso não se viabilize por alguma razão, ele tem a alternativa de São Paulo. Uma alternativa remota”.

Por que remota? “Nossas teses estão se fortalecendo a cada dia”, afirma Casagrande.

“A cada pesquisa, verifica-se que é a chanca de a disputa presidencial ser definida no primeiro turno é improvável...”

“...Vai-se consolidando a tese das múltiplas candidaturas presidenciais, inclusive no campo do governo. O debate sobre alianças tende a ficar para o segundo turno”.

Casagrande explica que há um descompasso entre o tempo que a lei impõe para a definição sobre o domicílio de Ciro e o tempo de maturação do projeto político.

Pela lei, os políticos que desejam transferir seus títulos eleitorais de um Estado para outro precisam fazê-lo um ano antes da eleição –até 2 de outubro, portanto.

Daí a pressa do PSB. “Hoje, a tendência da maioria da Executiva é pela transferência. Depois, temos tempo para cuidar da política. O Ciro continuará percorrendo o país”.

Na última sexta (11), Ciro estava em Porto Alegre. O repórter Fabiano Costa entrevistou-o. É candiato à presidência?, perguntou. E Ciro:

“Pessoalmente, nunca vacilei nisso. Mas eu sei, com 30 anos de experiência na vida pública, que na política não é o que você quer. O meu partido é que terá a última palavra nesse assunto.

Lula desistiu da ideia de vê-lo concorrer ao governo paulista? “Disse a Lula que não era o meu desejo, mas assumo disciplinadamente a tarefa que o partido me der”.

Ecoando Casagrande, Ciro também descrê da disputa pesidencial plebiscitária que Lula sonhou para 2010.

“Lula diz idealizar que a melhor tática para o enfrentamento de 2010 é um plebiscito para os brasileiros decidirem se vai ser com Lula ou contra Lula...”

“...Digo ao presidente que acho uma tática errada. A coalizão PT-PMDB, pelo tipo de frouxidão moral que infelizmente a gente adota, não é o que importa para o país”.

Em termos práticos, ao tornar-se um político elegível em São Paulo, Ciro vai às manchetes como candidato à dúvida.

De quebra, açula as incertezas de Lula, do PT e, muito particularmente, do petista Antonio Palocci.

Desde que foi inocentado pelo STF no caso do caseiro Francenildo, Palocci tenta empinar sua candidatura ao governo de São Paulo.

A definição depende da vontade de Lula. Enquanto Ciro estiver no páreo, o presidente tende a cozinhar Palocci em banho-maria.

Escrito por Josias de Souza às 04h39

sábado, 12 de setembro de 2009

Tucanos flertam com ministros do PMDB para 2010

CATIA SEABRA
da Folha de S.Paulo

Disposto a dinamitar uma aliança nacional do PMDB com o PT, a oposição flerta hoje com dois ministros do governo Lula: o das Comunicações, Hélio Costa, e da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima.

Com o aval de Hélio Costa, o presidente do PMDB de São Paulo, Orestes Quércia (SP), se reuniu com o governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), para discutir a edição de uma aliança entre tucanos e peemedebistas no Estado.

Patrocinador da aliança com o governador José Serra (PSDB) em São Paulo, Quércia sugeriu que Aécio apoie a candidatura de Costa ao governo, sob o argumento de que um acordo em Minas pavimentaria a negociação com o PMDB no cenário nacional. Ele lembrou ainda que Aécio será o herdeiro dessa costura caso Serra não concorra à Presidência.

"Seria uma forma de Minas prestigiar nossa aliança com o PSDB", justificou Quércia.

Costa não é o único ministro a retribuir aos acenos do comando do PSDB. Em confronto com o governador da Bahia, o petista Jaques Wagner, Geddel deverá se reunir com aliados de Serra nos próximos dias.

Na oposição, há até quem defenda que o DEM abra mão da disputa em favor de Geddel. A proposta tem eco até mesmo entre democratas.

Na Bahia, o senador Paulo Souto (DEM) é hoje o nome mais forte de oposição a Wagner. Mas não está descartado o apoio a Geddel.

Outra alternativa seria convencer Geddel a se lançar ao Senado numa aliança PSDB-PMDB-DEM. Hoje, o ministro insiste na candidatura ao governo. "Não há como voltar atrás", repete ele.

Embora reafirme a candidatura de Souto na Bahia, o democrata Jorge Bornhausen (SP) prega uma investida no PMDB. Ele lembra que as negociações avançam em Estados como Santa Catarina e Rio Grande do Sul. "Mas precisamos ampliar."

No Rio Grande do Sul, o próprio PSDB deverá apoiar o PMDB. Além de Bornhausen e do prefeito Gilberto Kassab, o chefe da Casa Civil do governo Serra, Aloysio Nunes Ferreira, estimula aproximação com o PMDB. Segundo Quércia, o próprio Ferreira sugeriu que conversasse com Aécio.

No encontro no Palácio das Mangabeiras, sede do governo mineiro, Quércia pediu que Aécio usasse sua influência sobre o PMDB do Estado para assegurar a vitória de Costa nas disputas internas do partido. Ministro de Lula, Costa enfrenta uma ala do PMDB favorável à aliança com o PT de Minas.

"Tenho otimismo em diversos Estados, inclusive na Bahia", disse Quércia, após o encontro, na quinta-feira.

Na conversa, Aécio disse que decidirá seu destino político até dezembro. No PSDB, a aposta é que desista de disputar ao Senado ao lado do ex-presidente Itamar Franco.

Dono do maior tempo de TV no horário eleitoral, o PMDB é alvo de preocupação na cúpula do PT. Apesar da atuação de Lula em defesa do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), petistas começam a duvidar da consolidação de uma aliança formal pela candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).

Um indício de desembarque seria a manifestação do governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), contra o projeto do governo sobre a exploração do pré-sal. No Rio, o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), mantém a candidatura contra Cabral. "Estou firme."

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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Ciro e lições de 1989



Parece que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se deu conta de que a tendência do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) é mesmo disputar o Palácio do Planalto em 2010. Talvez ainda venha a acontecer, dependendo da evolução da corrida eleitoral, uma tentativa de fazer da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a candidata única de todas as forças que apoiam Lula.

O presidente tem uma carta na manga. Tentar emplacar Ciro como vice de Dilma. Mas é uma articulação complicada, porque dificultaria muito a aliança formal com o PMDB, partido que deseja a vice para oficializar o apoio à candidatura presidencial da ministra.

A prioridade política de Lula é a aliança com o PMDB. Motivos: tempo significativo no horário eleitoral gratuito e a estrutura do partido mais enraizado no território nacional. Transformar a eleição presidencial numa disputa plebiscitária vem em segundo lugar.

Ciro discorda da tese de plebiscito. Discorda porque acredita que a tese é arriscada. E discorda porque ela é inconveniente ao seu plano de concorrer ao Palácio do Planalto. Já a hipótese de vice de Dilma... Mas, com já dito, isso dependeria de uma concessão que o PMDB hoje não está disposto a a fazer.

Nesse contexto, Ciro acredita que poderá ocorrer com ele o que aconteceu com Lula em 1989. Naquela eleição, parte da esquerda queria que o petista apoiasse Leonel Brizola, então candidato do PDT. Brizola parecia uma opção mais realista, com mais chance de ser aceita do que o ex-líder sindical barbudo visto pelos empresários como bicho-papão.

Lula não cedeu. Por uma pequena diferença em relação a Brizola, foi para o segundo turno contra Fernando Collor de Mello, à época no PRN.

A candidatura de Ciro tende a tirar votos de Dilma no Nordeste, o principal celeiro da popularidade presidencial e, portanto, fundamental para a preferida de Lula. Na cabeça de Ciro, que interpretou assim algumas pesquisas, Dilma não vai decolar como o presidente acredita.

Restaria ser candidato a contragosto do presidente. Se o plano de voo der certo, viraria o candidato de Lula no segundo turno. E teria, então, boa chance de derrotar a oposição.

*

Mágica estatística

De tempos em tempos, aparecem uma verdades estatísticas inegáveis. A última versa sobre a capacidade de transferência de votos do presidente Lula. Seria de 20%.

20% de quê? Dos votos que ele receberia se fosse candidato? Isso seria o teto que um candidato apoiado pelo presidente conseguiria? Quanto da intenção de voto hoje estacionada em Dilma é resultado de transferência de prestígio de Lula? Por que não 5% ou 10% de transferência? Por que não 25% ou 30%?

Esse dado de 20% é puro chute. Não dá para dizer quanto Lula transferirá ou não. Há muitos fatores que influenciam a razão do voto.

Dá para falar que o presidente terá forte influência na sua sucessão se mantiver a boa avaliação pessoal e do governo na época da eleição. Obviamente, um presidente com cacife ajudará a sua provável candidata. Mas a força de Lula não é garantia de eleição automática. Nem a "verdade estatística dos 20%" significa que Dilma não possa angariar votos suficientes para vencer.

Quando se trata de pesquisa, melhor levar em conta a seriedade do pesquisador.



E-mail: kennedy.alencar@grupofolha.com.br

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Kennedy Alencar, 41, colunista da Folha Online e repórter especial da Folha em Brasília. Escreve para Pensata às sextas e para a coluna Brasília Online, sobre bastidores do poder, aos domingos. É comentarista do telejornal "RedeTVNews", de segunda a sábado às 21h10, e apresentador do programa de entrevistas "É Notícia", aos domingos à meia-noite.

sábado, 5 de setembro de 2009

Depois Ciro, Marina vai à TV com jeitão de candidata

Folha
Na noite da próxima quinta-feira (10), vai ao ar, em cadeia de rádio e TV, a propaganda partidária do PV. Coisa de dez minutos.



A estrela da peça será a senadora Marina Silva (AC), que trocou três décadas de PT e a virtual reeleição ao Senado pela utopia presidencial.



A exposição eletrônica de Marina visa apressar o amadurecimento de uma candidatura que, por verde, reclama superexposição.



A senadora vai à TV nas pegadas de Ciro Gomes, exibido pelo PSB, na última quinta (3), também com cara de candidato ao Planalto.



Marina e Ciro conspurcam a estratégia de Lula, que idealizara uma disputa de round único entre a candidata oficial, Dilma Rousseff, e o rival tucano, José Serra.



Com quatro candidatos no páreo, o nome do sucessor –ou sucessora— de Lula só será conhecido no segundo turno.

Escrito por Josias de Souza às 05h34

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Contra Dilma, PSDB não tem direito de perder, diz Guerra

da Folha de S.Paulo

O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), disse ontem, em palestra a tucanos, que contra uma candidata como a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) o partido "não tem o direito de perder as eleições".

Foi uma maneira de cobrar mobilização. Guerra disse que "toda vez que a ministra apareceu, ela diminuiu". "Dilma falando nos ajuda". O tucano afirmou, porém, que o PSDB tem problemas a resolver.

Usando a campanha de Geraldo Alckmin, de 2006, como exemplo, ele se queixou da falta de empenho de democratas onde o presidente Lula exercia liderança.

"Democratas nos apoiaram. Mas democratas e os tucanos fizeram muito pouca campanha", disse ele, segundo quem, em alguns lugares, a aliança foi "entre aspas".

Pregando coerência entre discurso e prática, ele defendeu democracia interna. "Temos grandes lideranças, as melhores, mas muito pouca democracia entre nós."

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Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.