- 09.21.09
- Eleições, Pesquisas, Cid Gomes, Ciro Gomes, Eduardo Campos, Ibope/CNI, José Dirceu, Presidente Lula, PT
O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) está feliz da vida com os rumos que sua pré-candidatura à Presidencia da República está ganhando e deverá ficar ainda mais satisfeito caso se confirme, nesta segunda-feira, o que alguns jornalistas têm antecipado como resultado da rodada da pesquisa Ibope/CNI.
Na consulta, Ciro apareceria um pouco à frente, dentro da margem de erro da pesquisa, da ministra Dilma Rousseff, candidata preferencial do Palácio do Planalto, embora ambos ainda distantes do líder absoluto, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB).
O crescimento de Ciro e, pior, a estagnação e o recuo das indicações do eleitorado em favor de Dilma estão deixando os articuladores e as cabeças pensantes do PT muito preocupados. Em entrevista, o ex-ministro chefe da Presidência da República José Dirceu, já começou fazer ameaças ao PSB, que já admite a possibilidade de caminhar junto com Ciro Gomes.
Dirceu defende que, se os socialistas fecharem questão em torno do deputado cearense, o PT rompa as alianças estaduais que estão sendo firmadas com o PSB. “Ela (Dilma) não pode ficar sem palanques nos Estados”, justificou o ex-ministro. A acomodação das alianças nos Estados foi objeto de uma conversa entre o presidente Lula, Ciro e Cid Gomes, governador do Ceará, há dez dias, em Fortaleza. Na ocasião, Cid defendeu a candidatura de Ciro como estratégica e negou qualquer constrangimento em abrigar Dilma no seu palanque.
José Dirceu discorda dessa estratégia e ele ainda tem muita força dentro do PT para fazer prevalecer sua tese. Com isto, ele visa principalmente os Estados do Ceará (onde Ciro tem o apoio do governador) e Pernambuco (onde o governador Eduardo Campos, que é do PSB, poderia ter sua candidatura enfraquecida sem o apoio do PT).
Lula e Dirceu ainda sonham com a possibilidade de pressionar Ciro Gomes a desistir de concorrer e aceitar a proposta de disputar o governo de São Paulo numa aliança com o PT. O cearense já disse que não aceita isto, mas o PSB o fez transferir o título eleitoral para a capital paulista, o que mantém as portas abertas para a solução que o Palácio do Planalto deseja.
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