Estadão/LH |
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terça-feira, 29 de junho de 2010
FHC e Guerra vão a reunião para definir vice de Serra
sábado, 26 de junho de 2010
Mais uma crise na campanha do Serra: DEM e PSDB estão se bicando!
Enfrentando trajetória descendente nas pesquisas de intenção de votos, o palanque PSDB-DEM começa a expor suas fissuras.
Contidas quando o pré-candidato tucano, José Serra, liderava com ampla vantagem a disputa pela Presidência, as divergências vêm à tona especialmente agora, na discussão do vice.
Integrantes da cúpula do DEM se dizem excluídos da coordenação da campanha e preteridos em negociações nos Estados. Para completar, discordam das alternativas ao nome de Aécio Neves, caso ele resista mesmo aos apelos para que ocupe a vice.
Apesar da falta de um nome que unifique o partido, os democratas já avisaram ao PSDB que só cederiam a posição para Aécio.
Até mesmo os mais afinados com Serra reagem à indicação do presidente do PP, Francisco Dornelles (RJ).
Cotado para a vaga mesmo após apresentar emenda que atenua o projeto Ficha Limpa, ele sofre resistência do PP e do DEM. Dornelles, que já foi filiado ao antigo PFL, desfalcou o partido quando saiu.
No DEM, não há consenso sobre a indicação de Kátia Abreu (TO), José Carlos Aleluia (BA) ou José Agripino Maia (RN).
Os democratas resistem ao senador Tasso Jereissati (CE), mas, no PSDB, não impõem tantas restrições ao ex-ministro Pimenta da Veiga.
Há trepidações em Estados como Santa Catarina e Goiás. Mas a tensão promete ser acirrada em São Paulo.
Sob o patrocínio do prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidatos a deputado federal do DEM que disputam vagas contra tucanos têm o apoio formal de vereadores e diretórios do PSDB.
O próprio Geraldo Alckmin reagiu com surpresa ao ouvir a manifestação da presidente de um diretório do PSDB em favor de um candidato democrata."Há casos de diretórios inteiros. É um salve-se quem puder", diz o coordenador de programa de Alckmin, José Aníbal (PSDB).
AVARIAS
O DEM terá de lidar, nas eleições deste ano, com avarias internas. O partido deverá ter candidato próprio em apenas quatro Estados. Em outros sete não deve concorrer nem para o Senado.
O escândalo do mensalão no DF, que culminou na prisão e renúncia de José Roberto Arruda, único governador do partido eleito em 2006, levou o Democratas a perder influência na definição das coligações. O partido defende-se dizendo que expurgou Arruda de seus quadros com rapidez.Da folha tucana
Contidas quando o pré-candidato tucano, José Serra, liderava com ampla vantagem a disputa pela Presidência, as divergências vêm à tona especialmente agora, na discussão do vice.
Integrantes da cúpula do DEM se dizem excluídos da coordenação da campanha e preteridos em negociações nos Estados. Para completar, discordam das alternativas ao nome de Aécio Neves, caso ele resista mesmo aos apelos para que ocupe a vice.
Apesar da falta de um nome que unifique o partido, os democratas já avisaram ao PSDB que só cederiam a posição para Aécio.
Até mesmo os mais afinados com Serra reagem à indicação do presidente do PP, Francisco Dornelles (RJ).
Cotado para a vaga mesmo após apresentar emenda que atenua o projeto Ficha Limpa, ele sofre resistência do PP e do DEM. Dornelles, que já foi filiado ao antigo PFL, desfalcou o partido quando saiu.
No DEM, não há consenso sobre a indicação de Kátia Abreu (TO), José Carlos Aleluia (BA) ou José Agripino Maia (RN).
Os democratas resistem ao senador Tasso Jereissati (CE), mas, no PSDB, não impõem tantas restrições ao ex-ministro Pimenta da Veiga.
Há trepidações em Estados como Santa Catarina e Goiás. Mas a tensão promete ser acirrada em São Paulo.
Sob o patrocínio do prefeito Gilberto Kassab (DEM), candidatos a deputado federal do DEM que disputam vagas contra tucanos têm o apoio formal de vereadores e diretórios do PSDB.
O próprio Geraldo Alckmin reagiu com surpresa ao ouvir a manifestação da presidente de um diretório do PSDB em favor de um candidato democrata."Há casos de diretórios inteiros. É um salve-se quem puder", diz o coordenador de programa de Alckmin, José Aníbal (PSDB).
AVARIAS
O DEM terá de lidar, nas eleições deste ano, com avarias internas. O partido deverá ter candidato próprio em apenas quatro Estados. Em outros sete não deve concorrer nem para o Senado.
O escândalo do mensalão no DF, que culminou na prisão e renúncia de José Roberto Arruda, único governador do partido eleito em 2006, levou o Democratas a perder influência na definição das coligações. O partido defende-se dizendo que expurgou Arruda de seus quadros com rapidez.Da folha tucana
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Uol Eleições no Painel do Paim
Para ler as últimas notícias sobre as eleições 2010, clique no seguinte LINK:
http://eleicoes.uol.com.br/
http://eleicoes.uol.com.br/
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Ministro do TSE suspende propaganda do PSDB com Serra
O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Aldir Passarinho Júnior suspendeu nesta sexta-feira a propaganda do PSDB, exibida na terça-feira, que tinha o candidato do partido à Presidência, José Serra, como destaque.
Na quarta-feira, o PT entrou com uma representação contra o PSDB com o argumento de que os tucanos usaram o programa partidário para fazer propaganda eleitoral antecipada. Foram 10 inserções de 30 segundos em rede nacional de rádio e televisão.
Pela decisão o PSDB pode substituir as peças. O partido terá direito de exibir novas nos dias 22, 26 e 29, totalizando 30 inserções.
Na propaganda de terça-feira, Serra falou sobre saúde, em uma das propagandas, e sobre seu modo de administrar, na outra. Ao final, um locutor disse: "A experiência garante o avanço", uma menção a um dos eixos a partir do qual ele tenta se diferenciar da candidata petista, Dilma Rousseff.
Em ambas as inserções, o ponto comum foi a citação às "famílias" e às "pessoas". Na propaganda focada na saúde, área da qual já foi ministro, o candidato disse que o governo deve ter, "acima de tudo, cuidado com as pessoas, com as famílias".
Na outra propaganda, o mesmo tom, ao afirmar que o governante deve "melhorar a vida das pessoas, das famílias, no seu dia-a-dia". Nesse mesmo bloco, disse: "Esse é o meu jeito. Como eu sempre fiz. Do fundo do meu coração, é nisso que eu acredito".
No rádio, suas palavras foram introduzidas como "um convite de José Serra, do PSDB". Ao fim, um breve jingle: "Quem compara não tem comparação".
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Após se aliar a Puccinelli, sigla sofre debandada de filiados (Pastora Simone Paim)
Valdelice Bonifácio Um grupo de militantes do PMN está deixando o partido em protesto à decisão da legenda de se aliar ao governador André Puccinelli (PMDB). Eles devem atuar como cabos eleitorais de Zeca do PT. O empresário Wellington Coelho que lidera a debandada acredita que o número de desfiliações possa chegar a 300. A cúpula do partido duvida da saída em massa e diz que a escolha por Puccinelli obedece à orientação do comando nacional da sigla.
Wellington Coelho afirma que estão deixando o PMN membros das executivas municipais de Campo Grande, Cassilândia, Corumbá, Coxim, Ladário, Paranaiba, Pedro Gomes, Rochedo e Sonora.
Ele conta que estava filiado ao PSB desde o ano passado quando aceitou o convite do PMN. “Eles nos disseram que acompanhariam o Zeca. Eu ainda perguntei se tinham certeza. Disseram que era certo. Então troquei de partido”, relembra.
Porém, segundo Wellington, a cúpula do PMN frustrou os novos filiados quando informou que ao invés de se unir a Zeca do PT como fora anunciado se aliaria a Puccinelli. “Sem consultar ninguém previamente eles fecharam com o governador. Ou seja, impuseram esta condição”, reclama.
Enquanto costurava a aliança com Zeca, o PMN angariou antigos aliados do petista. “O que eles fizeram foi usar o Zeca para estruturar o partido e depois ir para o outro lado”, acusa Wellington.
O empresário afirma ter descoberto depois que há dois anos a cúpula nacional do PMN havia proibido coligação com o PT nos estados porque estavam se aproximando do PSDB. Mesmo assim, o comando regional da sigla negociava com Zeca.
Entre as lideranças que estão deixando o PMN, está o empresário de Cassilândia, Armando Vieira Borges. Ele conta que ia ser candidato a deputado estadual, mas diante da aproximação do PMN com Puccinelli desistiu.
“Estou me solidarizando com Zeca do PT. Se eu apoiasse o Puccinelli estaria traindo o Zeca. Passei dois anos me preparando para a minha primeira candidatura, mas diante desta situação não dá”, explica.
Apesar disso, Armando Borges diz que não ficará fora da campanha de Zeca. Deverá atuar como coordenador do petista na região do Bolsão. O grupo ainda não sabe se buscará abriga em outra legenda parceira do PT.
Outro lado
O presidente regional do PMN, Adalton Garcia, nega que tenha iludido filiados a cerca da aliança com Zeca do PT e muito menos usado o petista para estruturar o partido. O afastamento, segundo ele, se deu em razão de dificuldades criadas pelo PT para a eleição de deputados do PMN.
“De fato nós nos aproximamos do Zeca, mas na última hora ele quis impor uma coligação que não era vantajosa para os nossos candidatos a deputado”, explica o dirigente. “Em princípio nos foi oferecida uma chapa independente com PSL e PCdoB. Depois tentaram impor chapa com partidos mais fortes o que dificultaria a eleição dos nossos. Não aceitamos, porque temos que pensar no partido”, conta.
Adalton confirma que a cúpula nacional havia vedado aliança com o PT nos estados e, por isso, negociou uma chapa branca com Zeca do PT. “Assim ficaríamos liberados para apoiar o presidenciável do PSDB como queria a nacional, mas Zeca dificultou as coisas. Na última hora disse que não tinha estrutura para bancar a chapa independente”, relata. Valdelice Bonifácio
Borges assina desfiliação ao lado de Coelho
Assim, para não contrariar a nacional, o PMN teria se aproximado de Puccinelli. Agora, já está definido que a sigla vai figurar em chapão para deputados federais com PMDB, PSDB, DEM e PR. Iara Costa que concorreu a prefeitura de Campo Grande em 2008 é uma das principais apostas da legenda para a Câmara Federal.
“Democracia não é bagunça. Temos uma hierarquia. Nós precisávamos atender a exigência da nacional “, diz Iara sobre o episódio das desfiliações. Atualmente, o PMN tem cerca de 3,5 mil filiados em Mato Grosso do Sul.
Wellington Coelho afirma que estão deixando o PMN membros das executivas municipais de Campo Grande, Cassilândia, Corumbá, Coxim, Ladário, Paranaiba, Pedro Gomes, Rochedo e Sonora.
Ele conta que estava filiado ao PSB desde o ano passado quando aceitou o convite do PMN. “Eles nos disseram que acompanhariam o Zeca. Eu ainda perguntei se tinham certeza. Disseram que era certo. Então troquei de partido”, relembra.
Porém, segundo Wellington, a cúpula do PMN frustrou os novos filiados quando informou que ao invés de se unir a Zeca do PT como fora anunciado se aliaria a Puccinelli. “Sem consultar ninguém previamente eles fecharam com o governador. Ou seja, impuseram esta condição”, reclama.
Enquanto costurava a aliança com Zeca, o PMN angariou antigos aliados do petista. “O que eles fizeram foi usar o Zeca para estruturar o partido e depois ir para o outro lado”, acusa Wellington.
O empresário afirma ter descoberto depois que há dois anos a cúpula nacional do PMN havia proibido coligação com o PT nos estados porque estavam se aproximando do PSDB. Mesmo assim, o comando regional da sigla negociava com Zeca.
Entre as lideranças que estão deixando o PMN, está o empresário de Cassilândia, Armando Vieira Borges. Ele conta que ia ser candidato a deputado estadual, mas diante da aproximação do PMN com Puccinelli desistiu.
“Estou me solidarizando com Zeca do PT. Se eu apoiasse o Puccinelli estaria traindo o Zeca. Passei dois anos me preparando para a minha primeira candidatura, mas diante desta situação não dá”, explica.
Apesar disso, Armando Borges diz que não ficará fora da campanha de Zeca. Deverá atuar como coordenador do petista na região do Bolsão. O grupo ainda não sabe se buscará abriga em outra legenda parceira do PT.
Outro lado
O presidente regional do PMN, Adalton Garcia, nega que tenha iludido filiados a cerca da aliança com Zeca do PT e muito menos usado o petista para estruturar o partido. O afastamento, segundo ele, se deu em razão de dificuldades criadas pelo PT para a eleição de deputados do PMN.
“De fato nós nos aproximamos do Zeca, mas na última hora ele quis impor uma coligação que não era vantajosa para os nossos candidatos a deputado”, explica o dirigente. “Em princípio nos foi oferecida uma chapa independente com PSL e PCdoB. Depois tentaram impor chapa com partidos mais fortes o que dificultaria a eleição dos nossos. Não aceitamos, porque temos que pensar no partido”, conta.
Adalton confirma que a cúpula nacional havia vedado aliança com o PT nos estados e, por isso, negociou uma chapa branca com Zeca do PT. “Assim ficaríamos liberados para apoiar o presidenciável do PSDB como queria a nacional, mas Zeca dificultou as coisas. Na última hora disse que não tinha estrutura para bancar a chapa independente”, relata. Valdelice Bonifácio
Borges assina desfiliação ao lado de Coelho
Assim, para não contrariar a nacional, o PMN teria se aproximado de Puccinelli. Agora, já está definido que a sigla vai figurar em chapão para deputados federais com PMDB, PSDB, DEM e PR. Iara Costa que concorreu a prefeitura de Campo Grande em 2008 é uma das principais apostas da legenda para a Câmara Federal.
“Democracia não é bagunça. Temos uma hierarquia. Nós precisávamos atender a exigência da nacional “, diz Iara sobre o episódio das desfiliações. Atualmente, o PMN tem cerca de 3,5 mil filiados em Mato Grosso do Sul.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Eleição começa com dúvidas que nem o TRE sabe responder (Pastora Simone Paim)
Paulo Fernandes
João Garrigó
Presidente do TRE/MS, Desembargador Luiz Carlos Santini, diz que maior desafio será manter isonomia e garantir a liberdade de escolha do eleitor
Se fosse uma partida de futebol, as eleições deste ano teriam começado sem que os árbitros tivessem conhecimento claro do que é uma falta - pela ausência de precisão no regulamento. Em alguns lances, a arbitragem teria até mesmo que interpretar a regra no decorrer do jogo.
Entre as dúvidas estão a validade da Lei da Ficha Limpa para antigas condenações e até que ponto é válida a exigência de que pelo menos 30% das vagas nas coligações sejam preenchidas por mulheres.
Com relação ao preenchimento mínimo das vagas pelas mulheres, o presidente do TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral), Desembargador Luiz Carlos Santini, avisou que diante das dúvidas irá aceitar os registros mesmo sem o critério ser obedecido. No entanto, o caso será julgado depois.
“E se em uma cidade pequena como Dois Irmãos do Buriti não tiver nenhuma mulher que queira concorrer? Aí não vai ter candidato? Uma lei não muda a realidade. Nós temos que interpretar a lei”, afirmou Santini.
Presidentes dos partidos não sabem o que acontecerá no caso das mulheres retirarem as candidaturas. Eles também querem saber se estarão desrespeitando a lei eleitoral ao fazer o registro sem obedecer o critério, mas reservando a cota de vagas.
A dúvida não foi sanada na reunião que acontece nesta tarde entre partidos e o TRE, porque falta clareza nas regras estipuladas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O encontro acontece no Fórum Eleitoral, ao lado do tribunal.
Ficha Limpa - Para o presidente do TRE, a Lei da Ficha Limpa valerá sim para as condenações em qualquer época. “Quem tem condenação por órgão colegiado já é inelegível”, disse.
A lei torna inelegíveis candidatos condenados por órgão colegiado em crimes como improbidade administrativa, abuso de autoridade, racismo, tortura, abuso sexual, formação de quadrilha, crimes contra a vida e crimes hediondos. A proibição vale mesmo se couber recurso.
No meio jurídico, a interpretação sobre a abrangência da lei ainda causa controvérsia. Mas apesar de todas essas lacunas, o presidente do TRE disse que os maiores desafios nas eleições deste ano serão manter a igualdade de condições de todos os candidatos e garantir ao eleitor a liberdade de escolha.
João Garrigó
Presidente do TRE/MS, Desembargador Luiz Carlos Santini, diz que maior desafio será manter isonomia e garantir a liberdade de escolha do eleitor
Se fosse uma partida de futebol, as eleições deste ano teriam começado sem que os árbitros tivessem conhecimento claro do que é uma falta - pela ausência de precisão no regulamento. Em alguns lances, a arbitragem teria até mesmo que interpretar a regra no decorrer do jogo.
Entre as dúvidas estão a validade da Lei da Ficha Limpa para antigas condenações e até que ponto é válida a exigência de que pelo menos 30% das vagas nas coligações sejam preenchidas por mulheres.
Com relação ao preenchimento mínimo das vagas pelas mulheres, o presidente do TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral), Desembargador Luiz Carlos Santini, avisou que diante das dúvidas irá aceitar os registros mesmo sem o critério ser obedecido. No entanto, o caso será julgado depois.
“E se em uma cidade pequena como Dois Irmãos do Buriti não tiver nenhuma mulher que queira concorrer? Aí não vai ter candidato? Uma lei não muda a realidade. Nós temos que interpretar a lei”, afirmou Santini.
Presidentes dos partidos não sabem o que acontecerá no caso das mulheres retirarem as candidaturas. Eles também querem saber se estarão desrespeitando a lei eleitoral ao fazer o registro sem obedecer o critério, mas reservando a cota de vagas.
A dúvida não foi sanada na reunião que acontece nesta tarde entre partidos e o TRE, porque falta clareza nas regras estipuladas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O encontro acontece no Fórum Eleitoral, ao lado do tribunal.
Ficha Limpa - Para o presidente do TRE, a Lei da Ficha Limpa valerá sim para as condenações em qualquer época. “Quem tem condenação por órgão colegiado já é inelegível”, disse.
A lei torna inelegíveis candidatos condenados por órgão colegiado em crimes como improbidade administrativa, abuso de autoridade, racismo, tortura, abuso sexual, formação de quadrilha, crimes contra a vida e crimes hediondos. A proibição vale mesmo se couber recurso.
No meio jurídico, a interpretação sobre a abrangência da lei ainda causa controvérsia. Mas apesar de todas essas lacunas, o presidente do TRE disse que os maiores desafios nas eleições deste ano serão manter a igualdade de condições de todos os candidatos e garantir ao eleitor a liberdade de escolha.
terça-feira, 15 de junho de 2010
17 ° Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes lança comitê brasileiro. (Pastora Simone Paim)
Nesta segunda-feira (14/6) foi lançado o Comitê Nacional Preparatório (CNP) para o 17º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes (FMJE). A atividade contou com a participação de diversas organizações e movimentos: estudantil, negro, de mulheres, comunitário e juventudes políticas. Na mesa, o Secretário Geral da Federação Mundial das Juventudes Democráticas (FMJD), Jesus Moura, conhecido por Pepito.
O tema do 17º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes é "Por um Mundo de Paz, Solidariedade e Transformações Sociais, derrotemos o imperialismo!".
O objetivo é que o comitê organize a delegação brasileira que participará do Festival, além das contribuições às sistematização das propostas. O CNP deve realizar também atividades de divulgação do Festival no Brasil.
Durante o festival, será realizado o Encontro Internacional dos Estudantes, cujo objetivo é rearticular o movimento estudantil da América Latina, Ásia, África, Europa e Oriente Médio no sentido de atuar com unidade e debater a reorganização da União Internacional dos Estudantes (UIE), já que o último congresso da entidade mundial ocorreu em 2000. Uma das campanhas principais a ser encampada é a campanha mundial "Educação, direito de todos", que inclui na pauta a reivindicação de que a educação não seja incluída na lista de "serviços" da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Para o representante da FMJD, Jesus Moura, a importância do Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes é manter viva a luta mundial contra o imperialismo, para construir um mundo melhor. Pepito acredita que é papel do Festival promover o debate político, especialmente neste momento de crise do capitalismo. O festival contará com mesas de debates, atividades esportivas e culturais, incluindo concursos de fotos, de poesias e de artigos jornalísticos.
Bandeiras
Entre as principais bandeiras defendidas pela Federação Mundial das Juventudes Democráticas, e que serão debatidas no FMJE, estão o apoio à causa palestina, ao povo sahawari, solidariedade ao povo africano contra o colonialismo, solidariedade a Cuba e repúdio ao bloqueio contra a ilha, e solidariedade à juventude colombiana e contra a repressão do Estado colombiano.
História do FMJE
A primeira edição foi realizada na cidade de Praga, antiga Tchecoslováquia, dois anos após o final da Segunda Guerra Mundial. Na ocasião teve como eixo central a denúncia dos crimes cometidos pelo nazi-facismo. De lá para cá, o Festival percorreu os continentes europeu, asiático, africano e latino americano. O mais recente foi organizado na cidade de Caracas, capital da Venezuela, em agosto de 2005. Esta será a primeira vez que o evento ocorrerá na África subsaariana.
O festival deve reunir mais de 20 mil jovens no mês de dezembro no distrito de Soweto, bairro no subúrbio de Johanesburgo, que ficou mundialmente conhecido como palco de resistência anti-racista na luta contra o Apartheid, como foi o Massacre de Soweto em 1976, quando houve uma repressão policial a uma passeata estudantil com mais de 10 mil participantes. A África do Sul é também o foco de atenção de todo o mundo, por sediar a Copa do Mundo de Futebol. Será o marco, ainda, de 65 anos de fundação da Federação Mundial da Juventude e dos Estudantes.
Calendário
Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes (FMJE)
País: África do Sul - Distrito de Soweto
Data: 13 a 21 de dezembro de 2010
Informações: SRI/JSPDT
O tema do 17º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes é "Por um Mundo de Paz, Solidariedade e Transformações Sociais, derrotemos o imperialismo!".
O objetivo é que o comitê organize a delegação brasileira que participará do Festival, além das contribuições às sistematização das propostas. O CNP deve realizar também atividades de divulgação do Festival no Brasil.
Durante o festival, será realizado o Encontro Internacional dos Estudantes, cujo objetivo é rearticular o movimento estudantil da América Latina, Ásia, África, Europa e Oriente Médio no sentido de atuar com unidade e debater a reorganização da União Internacional dos Estudantes (UIE), já que o último congresso da entidade mundial ocorreu em 2000. Uma das campanhas principais a ser encampada é a campanha mundial "Educação, direito de todos", que inclui na pauta a reivindicação de que a educação não seja incluída na lista de "serviços" da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Para o representante da FMJD, Jesus Moura, a importância do Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes é manter viva a luta mundial contra o imperialismo, para construir um mundo melhor. Pepito acredita que é papel do Festival promover o debate político, especialmente neste momento de crise do capitalismo. O festival contará com mesas de debates, atividades esportivas e culturais, incluindo concursos de fotos, de poesias e de artigos jornalísticos.
Bandeiras
Entre as principais bandeiras defendidas pela Federação Mundial das Juventudes Democráticas, e que serão debatidas no FMJE, estão o apoio à causa palestina, ao povo sahawari, solidariedade ao povo africano contra o colonialismo, solidariedade a Cuba e repúdio ao bloqueio contra a ilha, e solidariedade à juventude colombiana e contra a repressão do Estado colombiano.
História do FMJE
A primeira edição foi realizada na cidade de Praga, antiga Tchecoslováquia, dois anos após o final da Segunda Guerra Mundial. Na ocasião teve como eixo central a denúncia dos crimes cometidos pelo nazi-facismo. De lá para cá, o Festival percorreu os continentes europeu, asiático, africano e latino americano. O mais recente foi organizado na cidade de Caracas, capital da Venezuela, em agosto de 2005. Esta será a primeira vez que o evento ocorrerá na África subsaariana.
O festival deve reunir mais de 20 mil jovens no mês de dezembro no distrito de Soweto, bairro no subúrbio de Johanesburgo, que ficou mundialmente conhecido como palco de resistência anti-racista na luta contra o Apartheid, como foi o Massacre de Soweto em 1976, quando houve uma repressão policial a uma passeata estudantil com mais de 10 mil participantes. A África do Sul é também o foco de atenção de todo o mundo, por sediar a Copa do Mundo de Futebol. Será o marco, ainda, de 65 anos de fundação da Federação Mundial da Juventude e dos Estudantes.
Calendário
Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes (FMJE)
País: África do Sul - Distrito de Soweto
Data: 13 a 21 de dezembro de 2010
Informações: SRI/JSPDT
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Romeu Tuma Júnior, secretário nacional de Justiça, é exonerado do cargo após denúncias de ligação com máfia chinesa (Pastora Simone Paim)
BRASÍLIA. O governo finalmente demitiu, nesta segunda-feira, o secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Junior, que gozava de um pedido de férias forçadas . A exoneração desmontou a estratégia do Planalto, que esperava que o desgaste do escândalo, provocado pela revelação da intimidade de Tuma Júnior com o chinês Li Kwok Kwen - conhecido como Paulo Li e preso por contrabando pela Polícia Federal - fosse suficiente para que ele mesmo tomasse a iniciativa de deixar o governo. Com o anúncio, a chefe de gabinete da Secretaria, Izaura Miranda, assume interinamente a função.
Entenda as denúncias contra Romeu Tuma Júnior Tuma Júnior ficou sabendo da demissão domingo, após conversar com o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, que antes recebera instruções do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante as férias de Tuma Jr., Barreto e emissários do Planalto renovaram os apelos para que ele se demitisse. A decisão de Lula deve ser publicada no Diário Oficial desta terça-feira.
- Tenho defeitos, mas não sou ladrão. Não sou bandido. Vou provar isso agora - disse Tuma Júnior.
O agora ex-secretário alegou que nada contra ele foi provado, por isso decidira continuar. Ao GLOBO, disse que se sente traído por gente "covarde" do governo, que não teve "coragem" de agir em sua defesa. Tuma Jr. associa à sua saída um elemento político, que serviria aos inimigos de seu pai, o senador Romeu Tuma (PTB-SP), candidato à reeleição em São Paulo.
O temor era que a demissão Tuma Jr. se transformasse em um cavalo de batalha com o senador, que teve mais de sete milhões de votos nas eleições de 2002 e tem uma relação antiga e próxima com o presidente. O medo do constrangimento político se revela com o teor da nota divulgada ontem. Na nota , o ministro da Justiça diz que Tuma Jr. foi demitido para que pudesse preparar melhor a defesa. Não houve críticas ao seu comportamento, e o ministro destacou "os relevantes trabalhos prestados" pelo ex-secretário.
Tuma entrou de férias no dia 13 maio, após denúncias de envolvimento com Li Kwok Kwen, publicadas pelo "Estado de S.Paulo".
- Tentaram acabar comigo, mas não conseguiram. Resolveram me desmoralizar. Então, me tiraram do cargo - afirmou.
O ex-secretário é alvo de três frentes de investigação. Além do inquérito aberto pela Polícia Federal (PF) , também é investigado pela Comissão de Ética Pública da Presidência e por uma sindicância da Controladoria-Geral da União (CGU), que apura se ele cometeu falta ética no exercício da função.
Entenda as denúncias contra Romeu Tuma Júnior Tuma Júnior ficou sabendo da demissão domingo, após conversar com o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, que antes recebera instruções do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante as férias de Tuma Jr., Barreto e emissários do Planalto renovaram os apelos para que ele se demitisse. A decisão de Lula deve ser publicada no Diário Oficial desta terça-feira.
- Tenho defeitos, mas não sou ladrão. Não sou bandido. Vou provar isso agora - disse Tuma Júnior.
O agora ex-secretário alegou que nada contra ele foi provado, por isso decidira continuar. Ao GLOBO, disse que se sente traído por gente "covarde" do governo, que não teve "coragem" de agir em sua defesa. Tuma Jr. associa à sua saída um elemento político, que serviria aos inimigos de seu pai, o senador Romeu Tuma (PTB-SP), candidato à reeleição em São Paulo.
" Tentaram acabar comigo, mas não conseguiram. Resolveram me desmoralizar. Então, me tiraram do cargo "
Tuma entrou de férias no dia 13 maio, após denúncias de envolvimento com Li Kwok Kwen, publicadas pelo "Estado de S.Paulo".
- Tentaram acabar comigo, mas não conseguiram. Resolveram me desmoralizar. Então, me tiraram do cargo - afirmou.
O ex-secretário é alvo de três frentes de investigação. Além do inquérito aberto pela Polícia Federal (PF) , também é investigado pela Comissão de Ética Pública da Presidência e por uma sindicância da Controladoria-Geral da União (CGU), que apura se ele cometeu falta ética no exercício da função.
domingo, 13 de junho de 2010
Lula diz que mudou de nome e será Dilma na cédula de votação (Pastora Simone Paim)
Dilma Rousseff no palco.
Discurso. Na sua vez de falar, Dilma Rousseff leu o discurso preparado pela assessoria da campanha na íntegra, e não ousou improvisar. Antes de iniciar um novo tópico, Dilma abusou do slogan "Para o Brasil seguir mudando" e não poupou elogios aos êxitos do governo Lula do qual ela participou como ministra da
Casa Civil.
Tensão. Lula pediu 'tranquilidade' a Temer e Dilma, porque 'o bicho vai pegar'
BRASÍLIA- Para formalizar o nome de Dilma Rousseff como candidata à presidência, o PT fez uma festa para as mulheres e levantou como bandeira a eleição da primeira mulher presidente do Brasil. Foi assim que Dilma foi anunciada na Convenção Nacional do PT, neste domingo, 13, em Brasília, pelo presidente do PT, José Eduardo Dutra, pelo vice dela, deputado Michel Temer (PMDB), e por ela mesma. "Chegou a hora de uma mulher comandar o país!", bradou.
Veja também:
Especial: a pré-campanha da petista
Leia a íntegra do discurso de Dilma Rousseff
'Dilma, prepare-se. A candidata vai ser você!'
Veja a página especial da presidenciável
Confira como foi a cobertura em tempo real
O presidente Lula falou pouco antes de Dilma e levantou a bola da candidata. Disse que ela já estava como cara de presidente e escancarou a estratégia de tentar transformar a própria popularidade em votos para Dilma. Lula ressaltou que esta será a primeira eleição desde a redemocratização, mas que o nome dele estará na cédula de votação como Dilma. "Vai ficar um vazio nessa cédula e para que esse vazio seja preenchido eu mudei de nome e vou colocar Dilma lá na cédula", afirmou o presidente. O jingle que tocava no auditório, seguia o mesmo tom. "Lula tá com ela, eu também tô, veja como o Brasil já mudou".
Lula e o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, dirigiram críticas aos adversários. Sem citar o nome de José Serra, candidato do PSDB a presidente, Lula pediu que a oposição faça uma campanha de alto nível. "E não façam jogo rasteiro inventando dossiê todo dia", disse, fazendo referência a reportagens recentes que revelaram que integrantes da campanha estariam investigando ilegalmente integrantes da cúpula do PSDB.
Lula pediu "tranquilidade" a Temer e Dilma, porque "o bicho vai pegar" nos próximos três meses que antecedem a eleição. "Tenho certeza que muita gente que aparece com cara de anjo na TV, faz o que fez comigo em 2006?, diz o presidente, em alusão ao episódio dos aloprados.
Dutra rebateu discurso de José Serra no lançamento da candidatura dele, ontem, em Salvador, quando disse que com o governo tucano "o povo brasileiro não teria surpresas". "Realmente o povo brasileiro não teria surpresas porque já conhece o fracasso do governo que ele participou", rebateu o presidente do PT. "O governo que ele participou provocou um apagão de 11 meses no Brasil".
Mulheres. A maioria dos cerca de 1,5 mil convidados era mulher na Convenção Nacional do PT. A organização da campanha distribuiu centenas de bandeiras roxas com a inscrição "A vez e a voz das mulheres" para os militantes empunharem. A mestre de cerimônias dava as palavras de ordem, e todas repetiam: "Brasil, Brasil é das trabalhadoras"."Vocês estão demonstrando que 100 mulheres são capazes de fazer mais barulho que mil homens", observou Lula às mulheres ao pegar o microfone.
O Hino Nacional foi cantado pelo grupo Samba de Rainha, formado só por mulheres, e a cantora Virgínia Rodrigues. Ao final da apresentação, Virgínia fez uma narração de um vídeo que mostrava o nome de mulheres idolatradas no Brasil, como Anita Garibaldi, Princesa Isabel, Chiquinha Gonzaga, Pagu e Clarice Lispector. Maria da Penha, que inspirou a criação da lei de combate à violência doméstica acompanhou
A candidata falou da importância dos investimentos em educação, saúde, inclusão digital e segurança. Como promessa de campanha, disse que vai erradicar a miséria nos próximos anos. "Vamos transitar de país emergente para país desenvolvido no qual a população desfruta de serviços públicos adequados, educação de qualidade e bons empregos. Esta é a missão que o PT e os partidos aliados colocam em minhas mãos".
Discurso. Na sua vez de falar, Dilma Rousseff leu o discurso preparado pela assessoria da campanha na íntegra, e não ousou improvisar. Antes de iniciar um novo tópico, Dilma abusou do slogan "Para o Brasil seguir mudando" e não poupou elogios aos êxitos do governo Lula do qual ela participou como ministra da
Casa Civil.
PT realizou Convenção Nacional para oficializar candidatura de ex-ministra à Presidência
Carol Pires / BRASÍLIA e Rodrigo Alvares / ENVIADO ESPECIAL - estadão.com.br
Tensão. Lula pediu 'tranquilidade' a Temer e Dilma, porque 'o bicho vai pegar'
BRASÍLIA- Para formalizar o nome de Dilma Rousseff como candidata à presidência, o PT fez uma festa para as mulheres e levantou como bandeira a eleição da primeira mulher presidente do Brasil. Foi assim que Dilma foi anunciada na Convenção Nacional do PT, neste domingo, 13, em Brasília, pelo presidente do PT, José Eduardo Dutra, pelo vice dela, deputado Michel Temer (PMDB), e por ela mesma. "Chegou a hora de uma mulher comandar o país!", bradou.
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'Dilma, prepare-se. A candidata vai ser você!'
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O presidente Lula falou pouco antes de Dilma e levantou a bola da candidata. Disse que ela já estava como cara de presidente e escancarou a estratégia de tentar transformar a própria popularidade em votos para Dilma. Lula ressaltou que esta será a primeira eleição desde a redemocratização, mas que o nome dele estará na cédula de votação como Dilma. "Vai ficar um vazio nessa cédula e para que esse vazio seja preenchido eu mudei de nome e vou colocar Dilma lá na cédula", afirmou o presidente. O jingle que tocava no auditório, seguia o mesmo tom. "Lula tá com ela, eu também tô, veja como o Brasil já mudou".
Lula e o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, dirigiram críticas aos adversários. Sem citar o nome de José Serra, candidato do PSDB a presidente, Lula pediu que a oposição faça uma campanha de alto nível. "E não façam jogo rasteiro inventando dossiê todo dia", disse, fazendo referência a reportagens recentes que revelaram que integrantes da campanha estariam investigando ilegalmente integrantes da cúpula do PSDB.
Lula pediu "tranquilidade" a Temer e Dilma, porque "o bicho vai pegar" nos próximos três meses que antecedem a eleição. "Tenho certeza que muita gente que aparece com cara de anjo na TV, faz o que fez comigo em 2006?, diz o presidente, em alusão ao episódio dos aloprados.
Dutra rebateu discurso de José Serra no lançamento da candidatura dele, ontem, em Salvador, quando disse que com o governo tucano "o povo brasileiro não teria surpresas". "Realmente o povo brasileiro não teria surpresas porque já conhece o fracasso do governo que ele participou", rebateu o presidente do PT. "O governo que ele participou provocou um apagão de 11 meses no Brasil".
Mulheres. A maioria dos cerca de 1,5 mil convidados era mulher na Convenção Nacional do PT. A organização da campanha distribuiu centenas de bandeiras roxas com a inscrição "A vez e a voz das mulheres" para os militantes empunharem. A mestre de cerimônias dava as palavras de ordem, e todas repetiam: "Brasil, Brasil é das trabalhadoras"."Vocês estão demonstrando que 100 mulheres são capazes de fazer mais barulho que mil homens", observou Lula às mulheres ao pegar o microfone.
O Hino Nacional foi cantado pelo grupo Samba de Rainha, formado só por mulheres, e a cantora Virgínia Rodrigues. Ao final da apresentação, Virgínia fez uma narração de um vídeo que mostrava o nome de mulheres idolatradas no Brasil, como Anita Garibaldi, Princesa Isabel, Chiquinha Gonzaga, Pagu e Clarice Lispector. Maria da Penha, que inspirou a criação da lei de combate à violência doméstica acompanhou
A candidata falou da importância dos investimentos em educação, saúde, inclusão digital e segurança. Como promessa de campanha, disse que vai erradicar a miséria nos próximos anos. "Vamos transitar de país emergente para país desenvolvido no qual a população desfruta de serviços públicos adequados, educação de qualidade e bons empregos. Esta é a missão que o PT e os partidos aliados colocam em minhas mãos".
Dilma vai fustigar Serra em convenção
Petista ironiza falta de vice na chapa do tucano; partido organiza megaespetáculo com exaltação à mulher para oficializar candidatura
13 de junho de 2010
Vera Rosa / BRASÍLIA e Malu Delgado - O Estado de S.Paulo Entre aliados. Dilma comemora a aliança com o PMDB, ao lado de Sarney e Temer
Preparada para ser um megaespetáculo, a convenção do PT que vai sacramentar hoje a candidatura de Dilma Rousseff à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrará uma petista com discurso mais afiado. Ela vai fustigar o adversário do PSDB, José Serra, prometer erradicar a pobreza até 2014 e adotar uma "governança moderna".
Pouco antes de discursar, na tarde de ontem, na convenção do PMDB que sacramentou Michel Temer (SP) como vice de sua chapa, a ex-ministra da Casa Civil recorreu à ironia para comentar a dificuldade de Serra em fazer uma dobradinha. "Antigamente, os candidatos à Presidência do Brasil tinham vice", disse ela ao Estado, ao desembarcar no aeroporto de Brasília.
Serra oficializou a candidatura sem o vice. O PT avalia que a indefinição mostra problemas do PSDB para ampliar votos. O discurso do tucano, no diagnóstico do comando petista, refletiu "uma guinada à direita" em que ele se assumiu como adversário de Lula.
Com maquiagem, cabelo e roupa impecáveis, a Dilma que se apresentará hoje como herdeira de Lula será diferente da pré-candidata aclamada pelo PT em seu 4.º Congresso, realizado em fevereiro.
Voto feminino. Em um salão decorado com vários banners no teto, sob o slogan "Dilma, para o Brasil seguir mudando", a candidata petista pregará uma era de prosperidade.
De olho no voto feminino, fatia do eleitorado em que a ex-ministra precisa ampliar os índices de intenção de voto, o PT organizou um ato político colorido para ser uma "celebração à mulher". No material de campanha estão estampados os dizeres "Pátria Mulher, Pátria Mãe".
O tom do pronunciamento da candidata terá ênfase no social, com destaque para a educação, mas também entrará com força na seara econômica, assumindo compromissos com a estabilidade e o controle da inflação.
Dilma dirá que a continuidade do projeto de Lula significa pôr o Brasil entre as cinco maiores economias do mundo. Vestindo o figurino de herdeira de um presidente popular, ela aproveitará a oportunidade para bater o bumbo sobre o crescimento de 9% do Produto Interno Bruto (PIB), o maior desde 1996, puxado pela indústria e por investimentos.
Disposta a conclamar os militantes para a primeira campanha presidencial disputada pelo PT sem Lula na chapa, nos 30 anos do partido, Dilma ainda dava ontem à noite os últimos retoques no discurso, depois de assistir, em vídeo, ao pronunciamento de Serra na convenção do PSDB. Em crítica velada à petista, o tucano disse que não caiu "de paraquedas" na política.
Embora sem citar o nome de Serra, Dilma pretendia acentuar as estocadas na direção do rival. A linha do discurso é a de que ela não teme o confronto porque o governo do PT tem o que mostrar. Dilma deve reforçar, ainda, a defesa à liberdade de imprensa, mas pode fazer críticas à atuação da mídia.
Lula estará ao lado da candidata na superprodução montada pelo marqueteiro João Santana, com direito a novo jingle de campanha, que será exibido a uma plateia de 1,8 mil convidados. O PT escalou as cantoras Alcione, Zezé Motta e a banda Samba de Rainha, formada por mulheres, para dar um show na convenção.
A exemplo do que fez no 4.º Congresso do PT, Lula exaltará as qualidades da ex-ministra, no papel de fiador da candidatura.
Vaias. Dirigentes do PT temem vaias a Michel Temer na convenção. O PT discutia, até ontem, se Temer fará algum discurso ou uma rápida saudação aos militantes. A orientação da cúpula do partido para reagir a eventuais manifestações hostis é aumentar o som no ambiente. Uma claque também já está a postos para aplaudir os convidados.
Temer não era o vice dos sonhos do Palácio do Planalto, mas acabou aceito porque é o nome que une as alas do PMDB. Foi uma indicação do maior partido da base aliada do governo Lula, que comanda seis ministérios na Esplanada e uma penca de cargos em estatais.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Avanço da internet condiciona campanha presidencial
Estratégias para captar votos na rede já estão a pleno vapor. Pré-candidatos se tornam "tuiteiros" e apostam em mídias sociais
Divulgação
Presidenciáveis José Serra, Dilma Rousseff e Marina Silva viraram twitteiros, na caça aos votos
G1
Em plena expansão no Brasil, a internet promete ser uma ferramenta fundamental nas campanhas eleitorais deste ano no país.
Atentos ao potencial de instrumentos como mídias sociais e softwares para arrecadação online, os principais pré-candidatos à Presidência já articulam estratégias para fisgar o eleitor na rede.
E não são poucos votos. Se em 1998 o índice de brasileiros com acesso à internet era inferior a 3% do total de eleitores, hoje há 67,5 milhões de brasileiros de 16 anos ou mais (35% da população) com acesso à rede em qualquer ambiente, como casa e trabalho, segundo pesquisa do Ibope Nielsen Online.
Outros números acendem o radar das campanhas. Do total de usuários, 31,7 milhões costumam navegar por redes sociais (como Twitter e Facebook), blogs e outros sites de relacionamento.
O uso eleitoral da internet ganhou relevância com a eleição de Barack Obama nos EUA, em 2008. Ferramentas como o my.barackobama.com ajudaram a organizar eventos reais e revolucionaram a captação de recursos para a campanha, que atingiu US$ 500 milhões, com 3,2 milhões de doadores.
Tendência que não passou despercebida pelo mundo político. Até então novatos na chamada Web 2.0, por exemplo, os principais pré-candidatos à Presidência se tornaram em pouco tempo “tuiteiros” (usuários do Twitter), adaptando seus discursos ao universo de 140 caracteres do microblog.
Divulgação
Presidenciáveis José Serra, Dilma Rousseff e Marina Silva viraram twitteiros, na caça aos votos
G1
Em plena expansão no Brasil, a internet promete ser uma ferramenta fundamental nas campanhas eleitorais deste ano no país.
Atentos ao potencial de instrumentos como mídias sociais e softwares para arrecadação online, os principais pré-candidatos à Presidência já articulam estratégias para fisgar o eleitor na rede.
E não são poucos votos. Se em 1998 o índice de brasileiros com acesso à internet era inferior a 3% do total de eleitores, hoje há 67,5 milhões de brasileiros de 16 anos ou mais (35% da população) com acesso à rede em qualquer ambiente, como casa e trabalho, segundo pesquisa do Ibope Nielsen Online.
Outros números acendem o radar das campanhas. Do total de usuários, 31,7 milhões costumam navegar por redes sociais (como Twitter e Facebook), blogs e outros sites de relacionamento.
O uso eleitoral da internet ganhou relevância com a eleição de Barack Obama nos EUA, em 2008. Ferramentas como o my.barackobama.com ajudaram a organizar eventos reais e revolucionaram a captação de recursos para a campanha, que atingiu US$ 500 milhões, com 3,2 milhões de doadores.
Tendência que não passou despercebida pelo mundo político. Até então novatos na chamada Web 2.0, por exemplo, os principais pré-candidatos à Presidência se tornaram em pouco tempo “tuiteiros” (usuários do Twitter), adaptando seus discursos ao universo de 140 caracteres do microblog.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
PMDB ameaça adiar convenção nacional
ZERO HORA
Partido não quer que PT lance Fernando Pimental como candidato ao governo de Minas Gerais
Em uma reunião tensa do conselho político da pré-campanha da petista Dilma Rousseff, o PMDB nacional ameaçou ontem adiar a convenção nacional do partido, marcada para o próximo dia 12, caso o PT de Minas Gerais insista em lançar a candidatura de Fernando Pimentel ao governo do Estado.
A convenção é para formalizar o nome do presidente da Câmara e do PMDB, deputado Michel Temer (SP), como vice na chapa de Dilma Rousseff. A cúpula do PMDB quer que o PT mineiro bata o martelo no domingo, dia 6, a favor da candidatura do ex-ministro e senador Hélio Costa (PMDB-MG) ao governo de Minas.
Diante da perspectiva de falta de acordo, as direções nacionais do PMDB e do PT já agendaram uma reunião para segunda-feira, dia 7, para discutir a situação da aliança mineira entre os dois partidos.
— Queremos apenas que se cumpra o que foi combinado. Vou defender que não se faça convenção com essa pendência em Minas Gerais — afirmou o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN).
Partido não quer que PT lance Fernando Pimental como candidato ao governo de Minas Gerais
Em uma reunião tensa do conselho político da pré-campanha da petista Dilma Rousseff, o PMDB nacional ameaçou ontem adiar a convenção nacional do partido, marcada para o próximo dia 12, caso o PT de Minas Gerais insista em lançar a candidatura de Fernando Pimentel ao governo do Estado.
A convenção é para formalizar o nome do presidente da Câmara e do PMDB, deputado Michel Temer (SP), como vice na chapa de Dilma Rousseff. A cúpula do PMDB quer que o PT mineiro bata o martelo no domingo, dia 6, a favor da candidatura do ex-ministro e senador Hélio Costa (PMDB-MG) ao governo de Minas.
Diante da perspectiva de falta de acordo, as direções nacionais do PMDB e do PT já agendaram uma reunião para segunda-feira, dia 7, para discutir a situação da aliança mineira entre os dois partidos.
— Queremos apenas que se cumpra o que foi combinado. Vou defender que não se faça convenção com essa pendência em Minas Gerais — afirmou o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN).
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Quem sou eu
- Blog do Paim
- Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.