quinta-feira, 17 de junho de 2010

Após se aliar a Puccinelli, sigla sofre debandada de filiados (Pastora Simone Paim)

Valdelice Bonifácio Um grupo de militantes do PMN está deixando o partido em protesto à decisão da legenda de se aliar ao governador André Puccinelli (PMDB). Eles devem atuar como cabos eleitorais de Zeca do PT. O empresário Wellington Coelho que lidera a debandada acredita que o número de desfiliações possa chegar a 300. A cúpula do partido duvida da saída em massa e diz que a escolha por Puccinelli obedece à orientação do comando nacional da sigla.
Wellington Coelho afirma que estão deixando o PMN membros das executivas municipais de Campo Grande, Cassilândia, Corumbá, Coxim, Ladário, Paranaiba, Pedro Gomes, Rochedo e Sonora.
Ele conta que estava filiado ao PSB desde o ano passado quando aceitou o convite do PMN. “Eles nos disseram que acompanhariam o Zeca. Eu ainda perguntei se tinham certeza. Disseram que era certo. Então troquei de partido”, relembra.
Porém, segundo Wellington, a cúpula do PMN frustrou os novos filiados quando informou que ao invés de se unir a Zeca do PT como fora anunciado se aliaria a Puccinelli. “Sem consultar ninguém previamente eles fecharam com o governador. Ou seja, impuseram esta condição”, reclama.
Enquanto costurava a aliança com Zeca, o PMN angariou antigos aliados do petista. “O que eles fizeram foi usar o Zeca para estruturar o partido e depois ir para o outro lado”, acusa Wellington.
O empresário afirma ter descoberto depois que há dois anos a cúpula nacional do PMN havia proibido coligação com o PT nos estados porque estavam se aproximando do PSDB. Mesmo assim, o comando regional da sigla negociava com Zeca.
Entre as lideranças que estão deixando o PMN, está o empresário de Cassilândia, Armando Vieira Borges. Ele conta que ia ser candidato a deputado estadual, mas diante da aproximação do PMN com Puccinelli desistiu.
“Estou me solidarizando com Zeca do PT. Se eu apoiasse o Puccinelli estaria traindo o Zeca. Passei dois anos me preparando para a minha primeira candidatura, mas diante desta situação não dá”, explica.
Apesar disso, Armando Borges diz que não ficará fora da campanha de Zeca. Deverá atuar como coordenador do petista na região do Bolsão. O grupo ainda não sabe se buscará abriga em outra legenda parceira do PT.
Outro lado
O presidente regional do PMN, Adalton Garcia, nega que tenha iludido filiados a cerca da aliança com Zeca do PT e muito menos usado o petista para estruturar o partido. O afastamento, segundo ele, se deu em razão de dificuldades criadas pelo PT para a eleição de deputados do PMN.
“De fato nós nos aproximamos do Zeca, mas na última hora ele quis impor uma coligação que não era vantajosa para os nossos candidatos a deputado”, explica o dirigente. “Em princípio nos foi oferecida uma chapa independente com PSL e PCdoB. Depois tentaram impor chapa com partidos mais fortes o que dificultaria a eleição dos nossos. Não aceitamos, porque temos que pensar no partido”, conta.
Adalton confirma que a cúpula nacional havia vedado aliança com o PT nos estados e, por isso, negociou uma chapa branca com Zeca do PT. “Assim ficaríamos liberados para apoiar o presidenciável do PSDB como queria a nacional, mas Zeca dificultou as coisas. Na última hora disse que não tinha estrutura para bancar a chapa independente”, relata. Valdelice Bonifácio


                                                   Borges assina desfiliação ao lado de Coelho

Assim, para não contrariar a nacional, o PMN teria se aproximado de Puccinelli. Agora, já está definido que a sigla vai figurar em chapão para deputados federais com PMDB, PSDB, DEM e PR. Iara Costa que concorreu a prefeitura de Campo Grande em 2008 é uma das principais apostas da legenda para a Câmara Federal.
“Democracia não é bagunça. Temos uma hierarquia. Nós precisávamos atender a exigência da nacional “, diz Iara sobre o episódio das desfiliações. Atualmente, o PMN tem cerca de 3,5 mil filiados em Mato Grosso do Sul.

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Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.