quarta-feira, 16 de junho de 2010

Eleição começa com dúvidas que nem o TRE sabe responder (Pastora Simone Paim)

Paulo Fernandes
João Garrigó
Presidente do TRE/MS, Desembargador Luiz Carlos Santini, diz que maior desafio será manter isonomia e garantir a liberdade de escolha do eleitor
Se fosse uma partida de futebol, as eleições deste ano teriam começado sem que os árbitros tivessem conhecimento claro do que é uma falta - pela ausência de precisão no regulamento. Em alguns lances, a arbitragem teria até mesmo que interpretar a regra no decorrer do jogo.
Entre as dúvidas estão a validade da Lei da Ficha Limpa para antigas condenações e até que ponto é válida a exigência de que pelo menos 30% das vagas nas coligações sejam preenchidas por mulheres.
Com relação ao preenchimento mínimo das vagas pelas mulheres, o presidente do TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral), Desembargador Luiz Carlos Santini, avisou que diante das dúvidas irá aceitar os registros mesmo sem o critério ser obedecido. No entanto, o caso será julgado depois.
“E se em uma cidade pequena como Dois Irmãos do Buriti não tiver nenhuma mulher que queira concorrer? Aí não vai ter candidato? Uma lei não muda a realidade. Nós temos que interpretar a lei”, afirmou Santini.
Presidentes dos partidos não sabem o que acontecerá no caso das mulheres retirarem as candidaturas. Eles também querem saber se estarão desrespeitando a lei eleitoral ao fazer o registro sem obedecer o critério, mas reservando a cota de vagas.
A dúvida não foi sanada na reunião que acontece nesta tarde entre partidos e o TRE, porque falta clareza nas regras estipuladas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O encontro acontece no Fórum Eleitoral, ao lado do tribunal.
Ficha Limpa - Para o presidente do TRE, a Lei da Ficha Limpa valerá sim para as condenações em qualquer época. “Quem tem condenação por órgão colegiado já é inelegível”, disse.
A lei torna inelegíveis candidatos condenados por órgão colegiado em crimes como improbidade administrativa, abuso de autoridade, racismo, tortura, abuso sexual, formação de quadrilha, crimes contra a vida e crimes hediondos. A proibição vale mesmo se couber recurso.
No meio jurídico, a interpretação sobre a abrangência da lei ainda causa controvérsia. Mas apesar de todas essas lacunas, o presidente do TRE disse que os maiores desafios nas eleições deste ano serão manter a igualdade de condições de todos os candidatos e garantir ao eleitor a liberdade de escolha.

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.