sábado, 5 de outubro de 2013

Marina Silva hesita e diz que só vai decidir futuro político neste sábado

Fundadora da Rede Sustentabilidade afirmava até ontem não ter plano B para concorrer em 2014


Apesar de ter convocado a coletiva, Marina não definiu seu destino político Foto: Pedro França / Futura Press
Apesar de ter convocado a coletiva, Marina não definiu seu destino político
Foto: Pedro França / Futura Press
  • Gustavo Gantois
    Direto de Brasília
  •  A ex-ministra Marina Silva convocou a imprensa nesta sexta-feira para afirmar que ainda não tomou uma decisão sobre qual caminho político seguirá após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitar o registro de seu partido, a Rede Sustentabilidade. Marina pediu desculpas aos jornalistas e disse que passou a noite em negociações com seus corregilionários, mas não chegou a um acordo. O anúncio oficial ficará, portanto, para este sábado, data limite para que políticos que queiram concorrer a um cargo eletivo no ano que vem se filiem a uma legenda. "Eu penso em tomar a decisão que seja a melhor contribuição para a renovação da política. É isso que eu penso", disse.



Marina destacou que a Rede Sustentabilidade já é um partido, mesmo sem o registro concedido pelo TSE. Para a ex-senadora, sua legenda possui base social em todos os Estados e militantes espalhados pelo Brasil, que lutaram para conseguir as assinaturas de apoio necessárias para o trâmite burocrático da criação de um partido.

Três legendas formalizaram convite para que Marina Silva concorra ao cargo de presidente da República nas eleições de 2014. Mais próximo à ex-ministra, o deputado federal Roberto Freire colocou o PPS à disposição de Marina e seus apoiadores, ainda que os aliados dela que se filiarem ao partido venham a sair depois que a Rede obtiver o registro definitivo da Justiça Eleitoral.

Já o presidente do PEN, Adilson Barroso, ofereceu até mesmo a presidência do partido na intenção de que Marina monte a executiva de acordo com seu programa de governo para a disputa eleitoral. O PHS também convidou Marina para se filiar à legenda, ainda que apenas para concorrer às eleições.

O sonho de Marina em disputar a eleição já pelo seu novo partido foi abatido na noite de ontem pelo TSE. A maioria dos ministros entendeu que a Rede Sustentabilidade não cumpriu os requisitos exigidos por lei para que fosse criada, uma vez que o grupo capitaneado pela ex-senadora obteve cerca de 50 mil assinaturas a menos que o mínimo necessário, de 492 mil. 

Diante da decisão do TSE, recebida aos choros por apoiadores de Marina que acompanhavam a sessão, a Rede poderá continuar o processo de criação, mas só poderá disputar uma eleição daqui a dois anos. Isso porque o prazo final para o registro de partidos para que disputem o pleito do ano que vem se encerra neste sábado, data limite também para que políticos que queiram concorrer a um cargo eletivo se filiem a uma legenda.

Ainda ontem, após a sessão, Marina lamentou o fato de não ter conseguido reunir as assinaturas necessárias. Mesmo criticando a morosidade dos cartórios eleitorais na conferência dos apoiamentos, a ex-senadora admitiu que poderia ter agido de forma diferente para garantir a presença da Rede nas eleições de 2014.

"Nós descartamos 220 mil assinaturas pelos nossos próprios critérios. Talvez tivéssemos anexado 100 mil, poderíamos contabilizar pela quantidade e não pela qualidade. Mas para nós, os fins e os meios tem que ser compatíveis. Não queremos apenas um registro, queremos ser uma contribuição para a realidade política brasileira. Aqueles que acham que o poder é um fim em si mesmo se contentam com um registro", disse.

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.