Para Dirceu e petistas, Aécio perde com aliança entre Marina e Campos
Na visão de petistas, novo cenário não afeta campanha de Dilma em 2014.
Na visão de petistas, novo cenário não afeta campanha de Dilma em 2014.
Ex-chefe da Casa Civil disse que união mudou 'todo o quadro eleitoral'.
O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, e vários parlamentares do PT afirmaram neste sábado que a aliança entre Eduardo Campos e Marina Silva para a disputa eleitoral no ano que vem tende a enfraquecer a candidatuta de Aécio Neves para a Presdiência. Para eles, a presidente Dilma Rousseff não será afetada e pode até sair fortalecida com menos candidatos adversários no pleito.
Em seu blog, Dirceu escreveu que a união de Campos com Marina numa candidatura única pelo PSB mudou "todo o quadro eleitoral para 2014". "De qualquer forma, essa mudança do quadro eleitoral não é necessariamente contra a presidenta Dilma Rousseff e o PT. Pode ser que Aécio Neves seja o principal perdedor", afirmou o ex-presidente do PT.
Procurados pelo G1, vários petistas se manifestaram de forma semelhante, mantendo a visão de que Dilma não será prejudicada. Atualmente, a petista aparece em primeiro lugar nas intenções de voto, com 38%, segundo o último levantamento do Ibope. Em segundo, aparece Marina Silva (16%), seguida por Aécio Neves (11%) e Eduardo Campos (4%).
O deputado Fernando Ferro (PT-PE) concorda com um possível enfraquecimento do tucano. "Não acho que vá haver um fortalecimento do campo da oposição. Vai ter consequências sérias sobre a candidatura de Aécio. Para o eleitorado de Dilma, não vejo muita consequência".
Para o senador Humberto Costa (PT-PE), "quem sai perdendo muito é o Aécio". "Como a Dilma está a frente, tende a ser beneficiária", afirmou. Adversário Eduardo Campos em Pernambuco, ele diz que agora a eleição tende a se polarizar entre PT e PSB.
"Fica evidente que a candidatura de Eduardo Campos está posta e é uma candidatura de oposição. Agora está muito claro que é de oposição à Dilma, ao PT e ao Lula. Por isso, também acho que é bom, porque sepulta quaisquer ilusões de que ele pudesse vir a ser aliado nesse processo", disse o senador.
Mais moderado, o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), admite que o PT ainda alimentava a expectativa de Eduardo Campos desistir de concorrer pelo PSB. Com a aliança com Marina, porém, acha a candidatura irreversível, mas defende uma postura pacífica.
"Temos uma boa relação de respeito tanto com Eduardo Campos quanto com a Marina e vamos manter. No PT aprendemos que temos que cuidar do principal para nós, que é para o projeto de desenvolvimento de Brasil", disse.
O único petista a manter um prognóstico de polarização entre Dilma e Aécio é o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE).
"O quadro cada vez mais fica favorável para Dilma. Quanto menos candidaturas, mais votos agregamos para a presidente. Não altera em nada nossa estratégia. Se tiver segundo turno, é com Dilma e Aécio. Aí vamos procurar Eduardo e Marina para nos apoiarem", afirmou Guimarães.
Mesmo assim, criticou a provável chapa de Campos com Marina, por considerá-los "muito díspares". "Difícil pensar um projeto com essas lideranças. Acho muito difícil de ela [Marina] ser vice de Campos. Eles têm visões completamente diferentes", observou.
Neste sábado, Aécio Neves saudou a decisão de Marina em apoiar Eduardo Campos e se filiar ao PSB. Para o senador tucano, a união representa "importante conquista do Brasil democrático". "A presença de Marina Silva fortalece o campo político das oposições e contribui para o debate de ideias e propostas, tão necessários para colocar fim a esse ciclo de governo do PT que tanto mal vem fazendo ao país", disse, em nota.
Em seu blog, Dirceu escreveu que a união de Campos com Marina numa candidatura única pelo PSB mudou "todo o quadro eleitoral para 2014". "De qualquer forma, essa mudança do quadro eleitoral não é necessariamente contra a presidenta Dilma Rousseff e o PT. Pode ser que Aécio Neves seja o principal perdedor", afirmou o ex-presidente do PT.
Procurados pelo G1, vários petistas se manifestaram de forma semelhante, mantendo a visão de que Dilma não será prejudicada. Atualmente, a petista aparece em primeiro lugar nas intenções de voto, com 38%, segundo o último levantamento do Ibope. Em segundo, aparece Marina Silva (16%), seguida por Aécio Neves (11%) e Eduardo Campos (4%).
saiba mais
Vice-presidente da Câmara, o deputado André Vargas (PT-PR) vê na aliança de Campos com um "risco" para a candidatura de Aécio. "Aécio vai ficar isolado na oposição", disse. Para ele, o novo cenário político não altera os planos do PT para 2014. Para o deputado, o candidato do PSB não poderá fazer críticas às gestões de Lula e Dilma, na medida em que seu partido integrou a administração federal nos últimos 11 anos ao lado do PT.- Marina Silva se filia ao PSB e diz que apoia candidatura de Campos
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O deputado Fernando Ferro (PT-PE) concorda com um possível enfraquecimento do tucano. "Não acho que vá haver um fortalecimento do campo da oposição. Vai ter consequências sérias sobre a candidatura de Aécio. Para o eleitorado de Dilma, não vejo muita consequência".
Para o senador Humberto Costa (PT-PE), "quem sai perdendo muito é o Aécio". "Como a Dilma está a frente, tende a ser beneficiária", afirmou. Adversário Eduardo Campos em Pernambuco, ele diz que agora a eleição tende a se polarizar entre PT e PSB.
"Fica evidente que a candidatura de Eduardo Campos está posta e é uma candidatura de oposição. Agora está muito claro que é de oposição à Dilma, ao PT e ao Lula. Por isso, também acho que é bom, porque sepulta quaisquer ilusões de que ele pudesse vir a ser aliado nesse processo", disse o senador.
Mais moderado, o líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), admite que o PT ainda alimentava a expectativa de Eduardo Campos desistir de concorrer pelo PSB. Com a aliança com Marina, porém, acha a candidatura irreversível, mas defende uma postura pacífica.
"Temos uma boa relação de respeito tanto com Eduardo Campos quanto com a Marina e vamos manter. No PT aprendemos que temos que cuidar do principal para nós, que é para o projeto de desenvolvimento de Brasil", disse.
O único petista a manter um prognóstico de polarização entre Dilma e Aécio é o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE).
"O quadro cada vez mais fica favorável para Dilma. Quanto menos candidaturas, mais votos agregamos para a presidente. Não altera em nada nossa estratégia. Se tiver segundo turno, é com Dilma e Aécio. Aí vamos procurar Eduardo e Marina para nos apoiarem", afirmou Guimarães.
Mesmo assim, criticou a provável chapa de Campos com Marina, por considerá-los "muito díspares". "Difícil pensar um projeto com essas lideranças. Acho muito difícil de ela [Marina] ser vice de Campos. Eles têm visões completamente diferentes", observou.
Neste sábado, Aécio Neves saudou a decisão de Marina em apoiar Eduardo Campos e se filiar ao PSB. Para o senador tucano, a união representa "importante conquista do Brasil democrático". "A presença de Marina Silva fortalece o campo político das oposições e contribui para o debate de ideias e propostas, tão necessários para colocar fim a esse ciclo de governo do PT que tanto mal vem fazendo ao país", disse, em nota.
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