SÃO SALVADOR (TO) - Ao inaugurar ontem a primeira hidrelétrica financiada pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, seguiu à risca as receitas de discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, presente na festa que reuniu cerca de 150 pessoas, incluindo grandes empreiteiros.
Num palco montado perto do lago formado pelas águas do Rio Tocantins, a 420 quilômetros de Palmas, a ministra lembrou o apagão elétrico no governo tucano, chamou os convidados de "companheiros" e "companheiras" ao invés de "senhores" e "senhoras", como costumava dizer, e fez críticas ao governo anterior.
Com o calor, Lula chegou a emprestar um lenço para a ministra enxugar o suor do rosto. "Vivemos uma insegurança no abastecimento de energia elétrica, que foi o apagão de 2001", disse a ministra, repetindo um tradicional discurso do presidente de crítica ao governo Fernando Henrique Cardoso.
Dilma afirmou que o atual governo definiu como diretrizes do setor de energia a redução do preço das tarifas, a segurança no abastecimento, a competição entre as empresas e a definição de um novo marco regulatório. Foi esse modelo, segundo ela, que viabilizou a construção da Usina de São Salvador, inaugurada ontem. "Antes, se licitava energia sem licença prévia, por exemplo, era papel puro."
A coordenadora do PAC ressaltou que o governo garantiu linhas de financiamentos a longo prazo para a construção de hidrelétricas. Dos R$ 850 milhões de investimentos da usina de São Salvador, do grupo francês GDF Suez, 67% foram recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Construída em 32 meses, a usina foi inaugurada um ano antes do previsto. "O PAC fez com que São Salvador saísse do papel", disse. "Aqueles que dizem que as obras (do PAC) estão atrasadas deveriam dizer que São Salvador foi antecipada", completou. "Nós fornecemos crédito de 20 anos, taxa de juros adequada e prazo de carência."
O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, apontado como candidato a vice na chapa presidencial encabeçada pela ministra, se esforçou para aparecer nas imagens ao lado dela e do presidente Lula. Dali, os dois ministros seguiram para Salgueiro, no semiárido pernambucano, onde visitariam o canteiro de obras do projeto de transposição do Rio São Francisco.
Ainda no Tocantins, Lula brincou: "Não sei por que a Dilma está andando muito". A plateia riu. "Eu trabalho com a certeza que quando eu acabar a Presidência, quem vier depois de mim, que eu espero que seja quem eu penso que vai ser, vai receber o País muito mais organizado, mais destravado."
Questionado em entrevista se Dilma e Geddel poderiam compor uma chapa, Lula desconversou: "Primeiro, não sou eu que escolho. Segundo, não é o momento de escolher". "Quando chegar o momento certo eu terei imenso prazer de dizer", completou. Pessoas próximas de Lula dizem que o nome de Geddel como vice de Lula soa como uma "brincadeira".
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
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- Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.
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