O PT comemora nesta terça (10) aniversário de 29 anos. Rendido à vontade de Lula, o partido encontra-se unificado em torno da candidatura de Dilma Rousseff.
Uma candidatura não declarada, que a ministra diz que não assume “nem amarrada”. Mas que, em reunião de seu diretório nacional, o PT deu como favas contadas.
O diretório petista encontrou-se nesta segunda (9), em Brasília. Os dirigentes petistas fizeram uma análise da conjuntura.
Na política, verificou-se que não há voz dissonante na cúpula do PT quanto à opção por Dilma, vista como algo irreversível para a sucessão de 2010.
Na economia, avaliou-se que o governo Lula portou-se com acerto diante da crise financeira global. Ouviram-se, porém, críticas ao Banco Central.
A reunião do diretório prossegue nesta terça (10). O PT deve aprovar uma resolução que pede a flexibilização da política monetária. Leia-se queda da taxa de juros.
Na noite passada, o diretório do PT promoveu, na sede brasiliense do partido, um debate sobre a crise. A debatedora Dilma fez um sucesso de refrigerante.
A chefe da Casa Civil discorreu sobre a crise com desenvoltura de candidata. A certa altura, lembrou uma frase dita por Lula num encontro com empresários:
“Um bom governo combate a crise. Um governo excepcional aproveita as oportunidades da crise”.
Dilma contou à platéia detalhes da reunião do empresariado com Lula, ocorrida no final do ano passado.
Disse que os executivos das grandes empresas reconheceram no presidente “a única pessoa capaz de coesionar o país nesse momento” de turbulência econômica.
Algo que, no dizer de Dilma, “significa uma tomada de consciência de que nosso governo vem agindo corretamente e tomando as decisões corretas”.
Para a presidenciável de Lula, o governo está aniquilando o discurso da oposição e de parte da imprensa.
“Diziam que éramos bons para governar com o vento a favor, mas que não saberíamos o que fazer diante da crise econômica...”
“...Mas há, hoje, clara percepção de que o Brasil está em melhores condições do que qualquer outro país, e de que o governo está tomando as medidas necessárias para o enfrentamento” da crise.
O ápice dos festejos do aniversário do PT será um megajantar, em Brasília, nesta terça. Coisa para 1.200 talheres.
Lula não disse se vai. Sua eventual ausência realçará a presença de Dilma, vista como a grande estrela da noite.
Longe do fausto que marcou a era delúbio-valeriana, o PT foi buscar no bolso dos comensais o dinheiro para o repasto. Estima-se que custará cerca de R$ 100 mil.
O valor da “adesão” variou conforme o tamanho da conta bancária. A menor mordida saiu por R$ 200. A intermediária, R$ 500. A maior, R$ 1.000.
O dia foi organizado como uma passarela para Dilma. Antes do jantar consagrador, a candidata desfilará seu rosto reformado na abertura de um encontro com prefeitos.
Prefeitos de todo país, filiados a legendas governistas e de oposição. O sucesso da empreitada é certo como o nascer do Sol.
Para comprar a simpatia dos prefeitos, o governo vai desembrulhar em Brasília um pacote de bondades.
O afago mais vistoso do embrulho é uma medida provisória que prevê a rolagem de débitos previdenciários dos municípios por 20 anos. Um mimo de R$ 14 bilhões.
Em troca, o governo deseja amarrar as prefeituras a programas idealizados em Brasília. Entre eles o PAC, principal peça do marketing eleitoral de "mãe" Dilma.
Folha Online
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
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- Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.
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