O jogo é de dupla. Baseia-se na sorte. E na esperteza do blefe. Para blefar, o silêncio é dispensável.
Melhor falar. Gritar às vezes. O ideal, aliás, é que o desafio seja feito aos berros. Assim, Ciro berrou:
"Se o governador Aécio Neves se viabilizar candidato a presidente da República...”
“...Eu penso que a sua presença é tão importante para o Brasil que...”
“...A minha candidatura não é necessária mais". E Aécio:
"Temos uma visão muito parecida de quais são os grandes desafios do Brasil...”
“...Vamos conversar hoje como fazemos permanentemente sobre o Brasil [...]...”
“...Na política, se pudéssemos estar juntos, para mim seria extraordinário”.
Diz-se que Serra tem o quatro de paus (zápete), a carta de maior valor.
Afirma-se que Dilma dispõe do sete de copas, a segunda carta mais relevante.
Porém, na sucessão, como no truco, a calma e a dissimulação contam muito.
Aécio insinua que, prevalecendo sobre Serra, vai desarrumar a mão de Dilma, arrastando-lhe as cartas.
O vaivém de Ciro reforça-lhe a estratégia. Mas, por enquanto, Aécio não está senão blefando.
Nem o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), parece apostar na dupla Aécio-Ciro.
Escrito por Josias de Souza às 18h39
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