quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Serra usa web, rádio e TV como palanque eletrônico

Sempre que inquirido sobre a sucessão presidencial de 2010, José Serra, governador tucano de São Paulo, diz que ainda não é candidato.



Serra critica a “antecipação” da campanha eleitoral e diz que só em março vai decidir se entrará ou não na disputa pelo Planalto.



A movimentação do candidato desmente o lero-lero do não-candidato. Serra converteu em palanque eletrônico a web, o rádio e a TV.



Funciona assim: Serra participa, gostosamente, de programas populares veiculados em emissoras de rádio e de televisão.



Depois, propaga no microblog que mantém no twitter (143,4 mil seguidores) trechos de suas entrevistas radiofônicas e televisivas.



Tome-se, por eloquente, o exemplo mais recente. Na última terça (24), Serra foi ao Programa do Ratinho, do SBT (audiência estimada em cerca de 300 mil pessoas).



Falou durante 15 minutos. Na noite da mesma terça, Serra pendurou no microblog que mantém no twitter dois trechos da entrevista.



No primeiro, reproduzido no vídeo lá do alto, Ratinho pergunta a Serra: Se eleito, vai acabar com o Bolsa Família?



E Serra: “Não, de jeito nenhum”. Diz que, além de manter a iniciativa mais popular da era Lula, vai “reforçá-la”.



Preocupou-se em realçar que a coisa não nasceu no atual governo. "O Lula pegou os programas que já existiam...”



Empilhou iniciativas da era FHC que foram unificadas sob o selo do Bolsa Família: “...O Bolsa Escola, o Bolsa Alimentação - que eu criei quando era ministro da Saúde, o Vale Gás etc.”.



Reconheceu os méritos de Lula: Ele “juntou no Bolsa Família e expandiu. Fez bem, correto. Ele pegou o negócio e melhorou”.



Acrescentou: “É o que eu vou fazer. Se eu for presidente, eu pego isso e melhoro. Solidifico".



No segundo trecho destacado por Serra no twitter, Ratinho lhe pergunta se é candidato à Presidência.



Sob aplausos da platéia, Serra soou como se respondesse aos partidários do PSDB e do DEM que o fustigam a entrar no ringue imediatamente.



"Eu posso vir a ser. Neste momento, eu sou governador. Eu tô concentrado no meu trabalho”.



Serra cita tópicos de sua agenda da véspera: inauguração de nova linha do metrô, aula num curso de enfermagem e reunião sobre ensino técnico.



Acrescenta: “Não vou parar de fazer isso para fazer campanha tão antecipadamente. Se antecipou muito campanha eleitoral no Brasil...”



“...No ano que vem, quando faltar seis meses para a eleição, a gente vai ver. Por enquanto, é concentrar no trabalho que a população te delegou através do voto”.



Na mesma terça em que levou a cara ao Programa do Ratinho, Serra concedera entrevista a duas emissoras de rádio, uma de São Paulo e outra de Fortaleza.



Em dias anteriores, levara o rosto ao programa do Datena, na TV Bandeirantes, e de Hebe Camargo, do SBT. Falara também ao programa do Silvio Santos, dono e apresentador do SBT.



De resto, Serra exibira o semblante de "não-candidato" em outras duas janelas observadas por platéias de conformação popular: o programa de Ronnie Von, na TV Gazeta, e o 'Manhã Maior', da Rede TV.



Ou seja: Serra encontrou no universo eletrônico –web, rádio e TV— um nicho no qual se dedica a fazer algo que critica ferozmente nos rivis: campanha eleitoral extemporânea.



À sua maneira, Serra repete exatamente o que condena mos rivis Lula e Dilma.

Escrito por Josias de Souza às 05h56

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Quem sou eu

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.