quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
'FT' prevê Brasil campeão da Copa e Dilma eleita em 2010
Diante da pergunta "Como será a vida após Lula?", o correspondente do diário no Brasil, Jonathan Wheatley, observa que, apesar do perfil parecido dos dois principais candidatos à Presidência, José Serra e Dilma Rousseff, de tecnocratas com pouco carisma, a escolha terá um grande impacto sobre o futuro do país.
"Muitos acreditam que o país está num caminho seguro para se tornar a quinta economia do mundo até 2020. Mas o Brasil ainda precisa de reformas voltadas para o mercado nos setores tributário, de pensões e na educação. A escolha do próximo presidente importa bastante", diz Weathley.
Para o correspondente, Serra e Dilma são diferentes. "Serra acredita em um governo eficiente. Rousseff, aparentemente, acredita em um governo forte", diz seu texto.
"Minha previsão é de que Rousseff vencerá - e de que o ciclo de crescimento do Brasil vai perder gás em três ou quatro anos", conclui o jornalista.
Copa do Mundo
Em outro item, o diário questiona: "Quem ganhará a Copa do Mundo de futebol na África do Sul?"
O colunista de esportes do jornal Simon Kuper diz que "há um padrão no resultado das Copas do Mundo, razão pela qual o mais provável ganhador da próxima será o Brasil".
"Quando a Copa do Mundo não é na Europa, o Brasil normalmente ganha", observa o colunista.
Apesar disso, ele aponta ainda a Espanha como "a segunda superpotência" atual do futebol, ao lado do Brasil. "A vitória da Espanha na Euro 2008 não foi acidente", diz Kuper.
Correndo por fora na luta pelo título, o colunista aponta a seleção dos Estados Unidos, que se aproximou dos dez primeiros do ranking da Fifa após vencer a Espanha na semifinal da Copa das Confederações, em junho, e "assustar" o Brasil na final.
Entre as demais previsões do diário para 2010 estão a de que será o ano mais quente da história, que os mercados de ações continuarão boas opções de investimentos no ano que vem, ainda que com ganhos menores do que neste ano, e que os Republicanos recuperarão terreno na política americana com as eleições para o Congresso.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Carregada por Lula, Dilma ainda pode alcançar Serra
Um mergulho nos meandros da última pesquisa Datafolha permite concluir que, transportada nos ombros de Lula, Dilma tem potencial para alcançar Serra.
Deve-se a conclusão a dois especialistas: Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, e Alessandro Janoni, diretor de pesquisas do instituto.
A dupla levou às páginas da Folha uma “análise” de arrepiar a plumagem de qualquer tucano. O texto vai abaixo:
“A capacidade de transferência de votos que o presidente Lula demonstra ter, elevando sua candidata Dilma Roussef (PT) ao atual patamar de 23%, não se esgotou.
Uma análise mais detalhada da última pesquisa Datafolha mostra que há 15% de brasileiros que manifestam o desejo de votar no candidato apoiado pelo presidente, mas não sabem ainda que Dilma é sua escolhida, deixando de optar por ela.
Este percentual equivale, em termos quantitativos, à diferença que mantém José Serra (PSDB, 37%) na liderança do quadro mais provável de candidaturas nesse momento, formado ainda por Ciro Gomes (PSB, 13%) e Marina Silva (PV, 8%).
Para chegar a essa conclusão o Datafolha combinou os resultados de três perguntas: intenção de voto estimulada, grau de influência de Lula como cabo eleitoral e o conhecimento de Dilma como candidata do presidente.
Somando-se os que não escolhem Dilma, mas outro candidato (58%), os que optam por votar em branco ou anular (9%) e os que não sabem em quem votar (10%) chega-se a 77% da população adulta que não declara, neste momento, apoio à petista.
Dentre estes, 21% afirmam que votariam com certeza em um candidato apoiado por Lula. Estes dividem-se em 6% que identificam Dilma como candidata de Lula e 15% que não sabem quem Lula apoia.
Há, portanto, 15% da população que, neste momento, não declara intenção de votar em Dilma, não sabe que ela é a candidata de Lula, mas afirma que votaria com certeza em um candidato apoiado pelo presidente.
Mas, para que isso se transforme em apoio real, há que considerar as variáveis que agem sobre o processo eleitoral.
Estratégias de comunicação e o posicionamento dos candidatos nos segmentos específicos do eleitorado tornam fundamental o conhecimento do perfil desses 15% de potenciais novos eleitores governistas, que ainda não identificaram a candidata de Lula.
A característica mais marcante desse estrato é a baixa escolaridade. Enquanto na média da população brasileira adulta, 48% têm grau de escolaridade fundamental, nesse segmento, essa taxa vai a 68%.
O mesmo ocorre com a renda. Na média, 43% dos brasileiros têm renda familiar de até dois salários mínimos. No segmento dos potenciais eleitores de Dilma, esse percentual vai a 59%.
Além disso, 36% vivem no Nordeste e 20% no Norte ou Centro-Oeste, índices que superam a média em oito e cinco pontos percentuais, respectivamente".
Escrito por Josias de Souza às 05h05
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Há uma nova Dilma na praça, sem peruca e lacrimosa (Josias de Souza)
Roosewelt Pinheiro/ABr
Dilma Rousseff desfila em Brasília de novo visual.
Livrou-se da peruca a que recorrera, sete meses atrás, para para esconder os efeitos da quimioterapia.
Liberada há meses do tratamento, viu renascer os cabelos. Ainda estão curtos –coisa de “hominho”, como costuma brincar.
Decidiu exibi-los mesmo assim. Mostrou-os em primeira mão numa cerimônia realizada no Itamaraty.
Lançamento do Programa Nacional de Direitos Humanos. Incluiu a entrega do prêmio Direitos Humanos 2009.
Ao discursar, a ministra de fama durona permitiu-se marejar os olhos. Emocionou-se ao mencionar uma das premiadas, Inês Etienne Romeu.
Conheceu-a nos duros tempos de combate à ditadura. Fase em que Dilma arrostou três anos de cana dura, com tortura pesada.
Presente, Lula disse que insistia há meses para que Dilma retirasse a peruca.
Às voltas com o câncer, o vice José Alencar afagou a ministra-candidata:
"Eu já passei por isso. Eu também perdi o cabelo, mas agora está nascendo. Eu estou meio calvo ainda, mas está nascendo...”
“...Agora, está bonito o cabelo dela. Está moderno". Os afagos de Alencar foram além da aparência:
"Há uma característica na pessoa da ministra Dilma que deve ser observada: ela é uma mulher brava...”
“...E nós precisamos sempre que, à frente do governo, esteja alguém com determinação, com seriedade, com competência...”
“...A Dilma possui tudo isso. Não é por acaso que o presidente Lula a escolheu como sua indicada...”
“...É porque ela merece e o Brasil também merece que ela esteja à frente da Presidência da República".
Declaração de eleitor, como se vê.
Escrito por Josias de Souza às 20h18
domingo, 20 de dezembro de 2009
Serra lidera com 37% e Dilma se consolida em segundo com 23%, diz Datafolha
Pesquisa Datafolha mostra que o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), lidera a corrida pela sucessão presidencial de 2010 e que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) se consolidou no segundo lugar, informa reportagem publicada na Folha deste domingo.
Serra está em primeiro com 37% das intenções de voto. Dilma está com 23%, seguida do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), com 13%, e da senadora Marina Silva (PV-AC), com 8%. Os votos branco ou nulo somam 9% e os indecisos, 10%.
No cenário sem o nome de Ciro, Serra vai a 40% e Dilma, 26%. Marina Silva atingiria 11%.
O Datafolha ouviu 11.429 pessoas em todo o país entre os dias 14 a 18 deste mês. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Na última pesquisa do Datafolha realizada em agosto, Serra liderava com 36%, Dilma tinha 17%, Ciro estava com 14% e Marina com 3%. Na ocasião, a pesquisa mostrava a ex-senadora Heloisa Helena (PSOL-AL) com 12%, mas ela desistiu de concorrer à Presidência para disputar o Senado.
Com 72%, aprovação do governo Lula é recorde, aponta Datafolha
Hoje na Folha Lula entra no último ano de governo com 72% de aprovação, seu recorde de popularidade desde que tomou posse, em 2003, aponta pesquisa Datafolha realizada entre os dias 14 e 18 deste mês e publicada na Folha deste domingo.
O crescimento é de 5 pontos percentuais em relação a pesquisa realizada em agosto.
Dos entrevistados, 21% avaliam o governo como regular, e 6% como ruim ou péssimo. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
A região Nordeste continua sendo aquela em que o presidente obtém maior aprovação, com 81%. O pior índice de popularidade aparece na região Sul, onde 62% dos entrevistados aprovam o governo.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Para Aécio, opção por Serra facilita estratégia de Lula
Sérgio Lima/Folha
A portas fechadas, Aécio Neves faz avaliações que evita reproduzir em público.
Vão abaixo algumas das reflexões do ex-presidenciável tucano:
1. Plebiscito: Aécio declara-se convencido de que, ao optar por José Serra, o PSDB facilitou a estratégia de campanha concebida por Lula.
Acha que será fácil enganchar a imagem de Serra à de FHC, como desejam Lula e o PT da presidenciável Dilma Rousseff.
Por quê? Noves fora a amizade que os une, Serra ocupou, sob a presidência de FHC, dois ministérios. Primeiro, o do Planejamento. Depois, o da Saúde.
A opinião de Aécio sobre a gestão FHC é positiva. Acha, porém, que seria tolice ignorar o fato de que a percepção do eleitorado é outra.
FHC tornou-se um personagem impopular. Ponto e vírgula. Na comparação com Lula, o eleitor dá ampla vantagem ao mandarim petista. Ponto.
Vem daí a menção que Aécio fez, na carta em que declinou da candidatura ao Planalto, à necessidade de...
... “Responder à autoritária armadilha do confronto plebiscitário e ao discurso que perigosamente tenta dividir o país ao meio, entre bons e maus, entre ricos e pobres”.
2. Efeito São Paulo: Outra opinião que Aécio expõe reservadamente diz respeito a um suposto enfado do eleitor com alternativas presidenciais nascidas em São Paulo.
Acha que esse “cansaço” do eleitorado conspira contra Serra. Teria dificuldades de entrar em áreas hoje simpáticas a Lula. Norte e Nordeste, por exemplo.
3. Efeito Rio de Janeiro: Aécio enxerga o Rio como um dos calcanhares mais expostos da candidatura Serra.
Menciona o fato de que o tucanato ainda não logrou montar um palanque no terceiro maior colégio eleitoral do país depois de São Paulo e de Minas.
O problema persistiria caso o PSDB tivesse optado por Aécio. Mas o governador mineiro considera-se mais palatável ao eleitor fluminense do que Serra.
4. Calendário: Aécio diz em privado que enxerga “lógica” na decisão de Serra de empurrar para março de 2010 o anúncio de sua candidatura.
À frente nas pesquisas, beneficiário de um recall de campanhas anteriores, Serra não teria razões para entrar antecipadamente no ringue.
Trocaria socos com Lula, não com Dilma. De resto, viraria um alvo instantâneo, descuidando-se dos afazeres do governo de São Paulo.
Mas Aécio ilumina o que julga ser um problema: a protelação de Serra passa, a seu juízo, uma impressão de “insegurança”.
Estimula na platéia a suspeita de que, na hora ‘H’, submetido a eventuais condições adversas -o crescimento de Dilma nas pesquisas, por exemplo-, Serra poderia recuar.
Aécio chegou mesmo a relatar a um amigo diálogo que, segundo disse, manteve com Serra. Perguntou ao então rival se ele seria candidato em qualquer circunstância.
Segundo a versão de Aécio, a resposta de Serra foi negativa. Só iria à sucessão presidencial se as chances de vitória fossem “muito concretas”.
Aécio farejou na movimentação de Serra um cheiro de queimado. Nas suas palavras: “Em março, ele diria: 'O cenário tá bom, vou eu. Tá ruim, vai você”.
Decidiu retirar-se preventivamente da contenda por avaliar que, em março, já não conseguiria obter as alianças que se julgava em condições de costurar.
Acertos que incluiriam, além de DEM e PPS, legendas que hoje gravitam em torno de Lula.
5. A vice: A despeito da pressão que sofre, Aécio continua dizendo que não lhe passa pela cabeça a hipótese de tornar-se vice na chapa de Serra.
Afirma que, para o eleitor de Minas, “essa coisa de vice não tem tanta importância”. O Estado já teve dois vices: Itamar Franco e José Alencar, o atual.
Acrescenta: “Eu passaria a campanha inteira tendo que explicar”. Diz que, não sendo o presidenciável, precisa se voltar integralmente para Minas.
Deseja fazer de seu vice, Antonio anastasia, o novo governador. “Não adianta ser candidato a vice tendo que viajar o Brasil inteiro. Preciso me dedicar a Minas..."
"...Eu vou ter que fazer a campanha do Anastasia com mais dedicação do que fiz para mim mesmo”.
6. O Senado: Aécio assegura, mesmo longe dos holofotes, que a eleição ao Senado o “safisfaz”.
Segundo o seu raciocíonio, o PSDB “vive um processo de mudança geracional”. Acha-se em condições de injetar “energia nova no Senado”.
Elegendo-se, diz que terá tempo de sobra para alçar novos vôos. “Oito anos de mandato pela frente”, diz ele. Não declara, mas haverá uma outra sucessão presidencial de permeio, em 2014.
Escrito por Josias de Souza às 05h54
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Não podemos ser reféns do tempo, diz Aécio ao desistir de concorrer à Presidência
Especial para o UOL Notícias
Em Belo Horizonte
Atualizada às 16h53
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), desistiu de tentar a indicação do partido para concorrer à Presidência da República em 2010. O anúncio foi feito pelo governador, por meio de uma nota à imprensa, na tarde desta quinta-feira (17) em Belo Horizonte.
"O que me propunha (era) tentar oferecer (algo) novo ao nosso projeto, no entanto, estava irremediavelmente ligado ao tempo da política, que, como sabemos, tem dinâmica própria. E se não podemos controlá-lo, não podemos, tampouco, ser reféns dele. Sempre tive consciência de que uma construção com essa dimensão e complexidade não poderia ser realizada às vésperas das eleições", disse Aécio. O governador leu o pronunciamento ao lado do senador e presidente do PSDB, Sérgio Guerra, e do vice-governador Antônio Augusto Anastasia.
* Divulgação
José Serra (esq.) e Aécio Neves disputavam a candidatura à Presidência da República do PSDB
Com isso, o governador de São Paulo, José Serra, passa a ser o único pré-candidato do PSDB à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Serra quer adiar até março - prazo para deixar o governo - o anúncio da candidatura, o que contrariava Aécio, que pressionava o partido para definir seu candidato até dezembro.
Aécio não teria tempo para viabilizar seu nome nacionalmente, diz analista
Falta de tempo hábil para viabilizar seu nome em nível nacional, necessidade de se engajar na eleição em Minas Gerais e insatisfação com a demora do PSDB em definir seu candidato à sucessão presidencial. Para o analista político Fernando Abrúcio, esses três fatores foram determinantes para a decisão do governador de MG, Aécio Neves, desistir de disputar a eleição de 2010.
* leia reportagem completa aqui
* Ex-presidente da Câmara e governador, Aécio adia objetivo conseguido pelo avô Tancredo
* Leia a íntegra da carta em que Aécio anuncia a desistência em disputar a Presidência em 2010
O partido Democratas - cogitado para indicar o vice na chapa - também tem pressionado Serra a lançar a pré-candidatura.
Ao desistir da Presidência, Aécio deve se candidatar a uma cadeira no Senado em 2010. Publicamente, o mineiro rejeita a ideia de integrar a candidatura à vice numa chapa com Serra.
Em todas as pesquisas de opinião divulgadas ao longo do ano, José Serra está na liderança na corrida ao Planalto, seguido pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência.
O governador José Serra evitou comentar a desistência do colega de partido em evento público na tarde desta quinta-feira. Geraldo Alckmin, secretário de Serra e candidato derrotado ao Planalto pelo PSDB em 2006, presente no mesmo evento, também não conversou com jornalistas.
O presidente do PSDB elogiou a atitude de Aécio. "Quero dizer a vocês que o partido entende o gesto do governador como gesto do tamanho do governador. Com equilíbrio, solidariedade, no sentido da convergência, e que essa convergência vai prevalecer. Vamos continuar juntos e vamos ganhar a eleição do ano que vem" , disse Guerra.
"Deixo a partir deste momento a condição de pré-candidato do PSDB à Presidência da República, mas não abandono minhas convicções e minha disposição para colaborar, com meu esforço e minha lealdade, para a construção das bandeiras da Social Democracia Brasileira", completou. "Busco contribuir, dessa forma, para que o PSDB e nossos aliados possam, da maneira que compreenderem mais apropriada, com serenidade e sem tensões, construir o caminho que nos levará à vitória em 2010."
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Lula, Temer e os contornos do trololó da ‘lista triplice’
O PMDB estrilou. O partido pediu explicações. A legenda exigiu o retorno de Lula aos holofotes.
Mas, decorridos seis dias, a sugestão de que o PMDB ofereça três alternativas de vice para Dilma continua de pé.
Lula voou para Copenhague. E não disse palavra sobre o mal-estar. O silêncio diz muito sobre o que vai na alma do presidente.
Vão abaixo três notas veiculadas nesta terça (15) na seção Painel, da Folha:
- Missão cumprida: Lula deixou claro para mais de um auxiliar que não pretende dar satisfações a Michel Temer sobre sua sugestão de que o PMDB apresente uma "lista tríplice" de candidatos a vice de Dilma Rousseff.
Pode vir a afagá-lo em público, mas não se enredará numa conversa privada que implique conceder ao presidente da Câmara algum favoritismo na disputa pela vaga.
Isso porque, na contramão da leitura contemporizadora de alguns petistas, houve pouco ou nenhum improviso na fala de Lula no Maranhão.
Ele de fato não quer Temer como vice e parece disposto a peitar o comando do PMDB. A poeira do incidente da semana passada vai baixar, mas o recado já foi dado.
- Gangorra: As cabeças mais frias do PMDB avaliam que a possibilidade de resistir à vontade de Lula será inversamente proporcional ao desempenho de Dilma nas pesquisas.
Quanto mais rapidamente ela subir, menor a chance de o partido impor o nome do vice. Mas, se ela patinar, a coisa muda de figura.
- Serial: Quem conhece Lula aposta que o episódio da ‘lista tríplice’ será seguido de outras estocadas no PMDB mais adiante.
O presidente poderia, por exemplo, não nomear o secretário-executivo João Reis Santana Filho para o Ministério da Integração Nacional quando Geddel Vieira Lima deixar a pasta para disputar o governo da Bahia.
Beleza. Mas Lula parece desconsiderar a personalidade do sócio majoritário de seu consórcio partidário.
O PMDB é capaz de amar dois, três, quatro parceiros ao mesmo tempo. O amor múltiplo é parte da essência da legenda.
A exclusividade que o PMDB dá é sempre momentânea e fingida. Para o PMDB, cada segundo de fidelidade é um aviltamento de seus instintos.
Escrito por Josias de Souza às 19h38
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Operações da Polícia Federal acirram disputa por candidaturas a vice-presidente
* Lula Marques/Folha Imagem
Futuro indefinido A maioria dos parlamentares
do PMDB nacional nem sequer cogita trocar
Michel Temer (foto) por outro quadro na provável candidatura à Vice-Presidência, mas alguns admitem que o presidente licenciado do partido pode optar por uma fácil reeleição na Câmara e pela quarta vez presidir a casa no biênio 2011-2012
Maurício Savarese
Do UOL Notícias
Em São Paulo
A chapa governista à Presidência da República já parecia definida com a petista ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o peemedebista presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer. Oposicionista líder nas pesquisas de intenção de voto, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), chegou a dizer que em 2010 o eleitor poderia "votar em um careca e ganhar dois" ao lado do colega do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Foi então que a Polícia Federal colocou a primeira fórmula em dúvida e inviabilizou a segunda.
* Michel Temer critica Lula por sugestão de lista tríplice do PMDB para indicação de vice de Dilma
Depois que Temer apareceu citado nas investigações da operação Castelo de Areia, como um dos supostos beneficiários de repasses da construtora Camargo Correa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou em lista tríplice de peemedebistas para compor com Dilma. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, mesmo recém-filiado, ganhou impulso no partido. E até mesmo o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão - cujo filho já acumulou problemas com a PF -, passou a ser citado como potencial vice.
A maioria dos parlamentares do PMDB nacional nem sequer cogita trocar Temer por outro quadro na provável candidatura à Vice-Presidência, mas alguns admitem que o presidente licenciado do partido pode optar por uma fácil reeleição na Câmara e pela quarta vez presidir a casa no biênio 2011-2012. "Senti que ele não parece tão convencido de que quer ser candidato a vice. Se as coisas forem bem, aceitará. Senão, fica como está, presidente da Câmara por mais três anos", afirmou um interlocutor dele ao UOL Notícias.
Além das investigações da Castelo de Areia, o presidente da Câmara - que negou todas as acusações feitas a ele - também é citado em um dos vídeos que mostra corrupção no governo do Distrito Federal como um dos supostos beneficiários de recursos vindos de empresas e sem origem declarada, segundo investigações da Polícia Federal.
Antes do fim de semana, Dilma falou com Temer por telefone para acalmá-lo sobre seu interesse em tê-lo como companheiro de chapa em 2010. Isso, no entanto, não evitou que o peemedebista criticasse Lula por ter sugerido a lista tríplice. "Não foi uma fala feliz. Nós jamais iríamos dizer o que o PT deve fazer ou não fazer. O PMDB é que tem que decidir", disse ele a jornalistas no domingo (13), depois de votar nas eleições internas que reconduziram Orestes Quércia ao comando da sigla em São Paulo.
Falando como candidato
"Não me manifestei porque todo mundo diz que eu posso ser candidato a vice (na chapa de Dilma). Eu jamais falei. O presidente Lula um dia me disse que eu deveria ser o vice. Eu respondi: 'Presidente, vamos fechar a aliança e verificar qual o nome que melhor soma para a candidata'. Muitos setores do governo, do PT e do PMDB dizem que o nome ideal é o meu. Vou examinar isso lá no futuro", afirmou Temer. As apurações da PF prosseguem.
Meirelles, em entrevista recente, limitou-se a dizer que a candidatura nacional não é questão de vontade, mas sim de "destino". Ele se filiou ao PMDB depois de ouvir vários políticos de Goiás e, inicialmente, o objetivo era não se indispor com o governador Alcides Rodrigues (PP), de um partido da base aliada de Lula, mas que é político próximo de um dos senadores mais criticados pelo governo, Marconi Perillo (PSDB).
Líderes peemedebistas até pouco tempo consideravam improvável a candidatura do presidente do Banco Central como coroação da aliança entre PT e PMDB. Além de presidente nacional do partido, licenciado por ocupar o mais alto cargo da Câmara, Temer ajudaria Dilma com a estrutura da legenda no maior colégio eleitoral país, dominado há 16 anos pelos tucanos, aliados de Quércia.
Temer participará da Executiva do PMDB em São Paulo, depois de ser eleito na chapa de Quércia. Membros do partido cogitaram nas últimas semanas que ele se aliaria ao candidato que acabou derrotado por ampla margem, Francisco Rossi - cuja candidatura foi estimulada por setores do PT.
Para o interlocutor do presidente da Câmara, o movimento serve para aproximar o ex-governador e evitar ataques pesados a Dilma nas eleições de 2010. Também para, se for o caso, garantir nova eleição de Temer para o cargo que ocupa hoje na legislatura que começa em 2011 caso busque apenas a reeleição como parlamentar.
* Lula Marques/Folha Imagem
Carecas O governador de São Paulo, José Serra, discursa ao lado do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, durante a assinatura de um convênio na área de habitação, no ano passado. Serra chegou a dizer chegou a dizer que em 2010 o eleitor poderia "votar em um careca e ganhar dois", em referência ao colega do DF. Após as denúncias de corrupção contra Arruda, a dobradinha na chapa dos tucanos e democratas parece inviável
Sem careca
Após a avassaladora série de denúncias que comprometem o governador do Distrito Federal, o favoritismo no DEM para ocupar o posto de vice em uma possível chapa de Serra ou do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, passou a ser do senador José Agripino Maia (RN), líder do partido no Senado.
Cotado para o posto em 2006, quando foi preterido pelo então senador José Jorge (PE) para ser candidato a vice do tucano Geraldo Alckmin, o potiguar tinha em Arruda seu principal adversário interno e, paradoxalmente, principal defensor na postulação.
"Quem sabe José Agripino não será convocado para contribuir com o Brasil? Sinto cheiro de vitória nesse auditório", disse o governador do Distrito Federal em um seminário realizado em Natal em setembro deste ano, antes das denúncias de compra de apoio parlamentar com recursos ilegais para empresas beneficiadas por seu governo, segundo as investigações da Operação Caixa de Pandora.
O presidente do Democratas, deputado Rodrigo Maia (RJ), avalia que há outras possibilidades de candidatos a vice além de Agripino, como o líder do partido na Câmara, Ronaldo Caiado (GO) e o ex-líder na mesma Casa, José Carlos Aleluia (BA), mas acredita que "o objetivo central é vencer o PT" e que isso pode até afastar a sigla da chapa, que seria composta por Serra e Aécio - na preferência dele com o mineiro na cabeça.
"O importante é vencermos as eleições e a candidatura a vice é algo que só vamos definir depois de o PSDB se definir. Enquanto isso não acontecer haverá muita conversa, mas o fato é que precisamos disso resolvido primeiro para saber se indicaremos o vice ou se apoiaremos, com o mesmo entusiasmo, uma composição entre Serra e Aécio", afirmou.
Petistas comentam nos bastidores que se Agripino for candidato a vice em uma chapa liderada por um dos governadores tucanos repetirão à exaustão uma eloquente resposta de Dilma ao senador em depoimento à Comissão de Infra-Estrutura da Casa, datado de maio do ano passado. Na ocasião, o senador comparou a habilidade da ministra de mentir durante tortura à possibilidade de que ela mentisse sobre a acusação de que a Casa Civil teria produzido um dossiê com gastos pessoais do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sua mulher.
* do UOL Notícias
domingo, 13 de dezembro de 2009
Ciro: ‘Com essa base aí, está marcada crise de 2011’
Wilson Dias/ABr
Numa palestra feita em Fortaleza, Ciro Gomes (PSB) relatou à platéia uma preocupação que vem dividindo com Lula.
“Tenho dito isso ao Lula: ‘Olha, com essa base aí, até com você tá dando pra ir. Agora eu não aguento, a Dilma não agüenta, o Serra não aguenta, a Marina não aguenta”.
Ciro antevê o pior: “Se a gente não mudar essa equação, está marcada uma crise política pra bem aí, em 2011”.
Que equação? Esse modelo político que leva legendas como PT e PSDB a se elganfinharem numa “radicalização paroquial”. Ciro foi ao ‘x’ da questão:
Quando um chega ao poder, o outro recusase a dialogar, forçando a realização de alianças “com tudo que não presta na política brasileira”.
Como exemplo do que “não presta” citou um deputado dos mais influentes: Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Na tribo pemedebê, Eduardo Cunha é da etnia fluminense. Porta-se como uma espécie de feiticeiro da aldeia.
Costuma lançar feitiços na direção das arcas de Furnas. Ciro traçou-lhe um bom retrato:
“Eu não sei de onde esse cara tirou tanto prestígio. Ele é o relator da CPMF, ele é relator da isenção do IPI de exportação...”
“...Ele é relator dos trambiques que se fazem nas medidas provisórias, ele foi presidente da Comissão de Justiça. E o que se fala dele não é publicável”.
Deputado desde 2006, Ciro revelou-se na palestra desencantado com o seu ambiente de trabalho.
Disse que, na Câmara, discute-se muito e produz-se pouco. “Vocês não sabem como é chocante. Eu não quero mais, eu quero ir embora dali ontem. É exasperante”.
Curioso. Eleito em 2006 por 667 mil cerearenses que o imaginaram capaz de fazer a diferença no Congresso, Ciro paga os votos com ausência e desencanto.
Ciro falou para uma platéia de lojistas. Disse que luta “há tantos anos para ser presidente” justamente porque desea já alterar o modelo.
“É preciso encerrar isso”. Só não diz como um candidato de partido pequeno como o dele vai fazer para produzir o milagre da purificação da política.
De resto, Ciro deixou entreaberta uma porta de saída. Admite retirar-se do páreo nacional se Dilma Rousseff virar um portento nas pesquisas.
“Se a Dilma, representando nossas forças, disparar, a ponto de ter uma chance de ganhar no primeiro turno, minha responsabilidade muda...”
“...Minha responsabilidade passa a ser não dividir e sim garantir a vitória”. Parece descrer da hipótese de a candidata de Lula alçar vôo tão alto.
"A minha candidatura será essencial, seja para ganhar os valores que esse projeto [de Lula] representa, seja para dar a garantia de um segundo turno...”
Um segundo round “em que o [candidato] que for ao segundo lugar, terá o apoio do terceiro”.
Ciro não disse, mas, com esse lero-lero do terceiro que apoio o segundo, parece dar de barato que, na primeira fase da eleição, o tucano José Serra será o primeiro.
Acha que ainda reúne condições de crescer:
"Na medida em que a minha candidatura se defina [...], que o meu partido me apóie, que a gente supere o isolamento partidário...”
“...Que fique esclarecido que eu sou uma candidatura também do arco de forças de sustentação do presidente Lula, aí eu vejo chance de crescer bastante”.
Resta a Ciro: obter o apoio do partido dele, convencer Lula a não insolá-lo, atrair legendas que flertam com Dilma e seduzir um naco maior de eleitores.
Coisa complicada, muito complicada, complicadíssima!
Escrito por Josias de Souza às 20h29
sábado, 12 de dezembro de 2009
Comparação Lula-FHC e capacidade pessoal são temas eleitorais de 2010, dizem analistas
Maurício Savarese
Do UOL Notícias
Em São Paulo
Dilma é estrela da propaganda petista
Exibido na noite de quinta-feira (10), o PT centrou seu programa gratuito na televisão na apresentação da pré-candidata e ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e em críticas e comparações com a gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso. Na semana anterior, o PSDB dividiu seu tempo exaltando as gestões dos governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves.
"Vimos uma Dilma se apresentando como continuidade com alguma mudança, aprofundando o governo Lula para afastá-lo da Presidência de Fernando Henrique, Serra, que, embora ligado a FHC, tem luz própria e vai falar sobre boas gestões no Ministério da Saúde e no governo de São Paulo, e Aécio, que é novidade e vai se mostrar como gestor moderno", disse ao UOL Notícias o cientista político Francisco Fonseca, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP).
Embora os especialistas considerem precoce tirar dos programas de TV e declarações recentes mais do que um ensaio da campanha presidencial de 2010, o PT sinalizou claramente que vai estimular comparações entre os governos Lula e FHC e o PSDB discorrerá sobre o currículo de seus candidatos. Tanto Aécio como Serra têm vasta experiência em votações, enquanto Dilma terá seu nome na urna pela primeira vez.
Programa do PSDB mostra Serra e Aécio
Suficiente?
Para o cientista político Amaury de Souza, sócio-diretor da consultora MCM, o programa do PSDB na televisão, embora genérico e sem densidade, serviu para sinalizar que Aécio e Serra se respeitam e são amigos, o que não inviabilizaria uma chapa puro sangue. E o do PT indica que as comparações com o governo Fernando Henrique podem não ser suficientes para impulsionar a candidatura da petista.
"O programa do PSDB cuida apenas de um problema: como ficam as relações Aécio Serra. A resposta é: eles se complementam e querem andar juntos. É um pequeno ensaio da viabilidade de uma chapa só com tucanos, o que daria mais força ao candidato que estiver na frente, provavelmente Serra", afirmou.
"Já o programa do PT, que tem um governo bem avaliado para defender, tenta fortalecer a imagem da eleição plebiscitária, que também tem base nessas pesquisas que dizem que quase 70% dos eleitores não votariam em um candidato de FHC. Mas a verdadeira pergunta é quem se lembra daquele governo, com tantos jovens chegando para votar? O que tratam como rejeição pode ser desconhecimento. Sem contar que a eleição não é entre Lula e Fernando Henrique."
Professor da PUC-SP, o cientista político Claudio Couto diz que apesar de o ex-presidente não ser candidato, o interesse do PT retomar o assunto faz sentido eleitoralmente. "Se um lado tem interesse em esconder os vínculos com o governo anterior, o outro tem interesse em mostrar. Explicitar a proximidade com um governo mal avaliado é um recurso que não era deixado de lado. Mas com o passar do tempo essa vinculação tende a ser mais fraca e o efeito, mais duvidoso", afirmou.
Apesar disso, Couto avalia que as recentes aparições dos presidenciáveis não permitem definir como eles serão durante a campanha. "A agenda que eles têm mostrado é bastante genérica. Dilma continua Lula, Serra é o candidato centrado na competência pessoal e Aécio tem o discurso de quem quer se posicionar na disputa. No caso do governo, ter candidato definido não deixa o resto todo definido. No caso dos de oposição, não escolher tampouco ajuda. Estamos nos ensaios."
- do UOL Notícias
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Na TV, PT vende Dilma e reforça tática do ‘plebiscito’
Foi ao ar na noite passada o programa institucional do PT na televisão. Dez minutos, em horário nobre.
Na peça, o partido reforçou sua tática para a sucessão presidencial de 2010. Está escorada em três estacas:
1. Grudou-se a imagem de Dilma Rousseff à de Lula.
2. Vendeu-se a ministra como coordenadora de todo o ministério, responsável pelos principais programas do governo.
3. Carregou-se na comparação da era Lula –voltada para os “mais pobres”— com o ciclo FHC –“elistista”.
O petismo adotou integralmente a tática plebistária idealizada por Lula –O “nosso governo” versus o “governo deles”.
O programa foi permeado por uma espécie de ping-pong entre Lula e Dilma. O presidente dizia algo e a ministra o segundava.
"Presidente, eu penso igual ao senhor”, diz Dilma num trecho. “Tem governo que fez pouco e acha que fez muito. Nós não. A gente fez muito, mas sabe que é preciso fazer muito mais."
Na comparação, fez-se questão de associar o PSDB a FHC, citado nominalmente. Um expectador desavisado poderia supor que Dilma vai às urnas contra o ex-presidente.
Na comparação com o programa do PSDB, exibido na semana passada (assista aqui), o PT levou nítida vantagem.
Fechado com Dilma, o partido de Lula levou à prateleira a única “mercadoria” de que dispõe,
Ainda às voltas com uma disputa interna, o PSDB viu-se compelido a dividir o seu tempo igualitariamente entre José Serra e Aécio Neves.
Pouco antes de o PT levar o rosto de Dilma à telinha, saiu do forno a última pesquisa do Vox Populi.
Serra ainda em primeiro, com 39%. Dilma em segundo, com 17%. Ciro Gomes na terceira posição, com 13%.
A novidade dessa pesquisa chama-se Aécio Neves. Num cenário em que substitui Serra, Aécio amealha 25%. Ciro Gomes, 19%. Dilma, apenas 15%.
Noutro cenário, sem Ciro, Aécio volta figurar adiante de Dilma: 29% dele contra 21% dela.
O PT acha que, depois do programa desta quinta, sua candidata vai tomar o elevador. O tempo se encarrerá de demonstrar se o prestígio de Lula basta para converter desejo em fato.
Escrito por Josias de Souza às 03h29
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Quem sou eu
- Blog do Paim
- Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.