Do UOL Notícias
Em Brasília
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O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse não ter dúvidas de que a eleição presidencial de 2010 será decidida no segundo turno.
Em entrevista exclusiva ao colunista do UOL Notícias e da Folha de S. Paulo Fernando Rodrigues, o senador disse acreditar numa disputa entre a pré-candidata do PT, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), e do PSDB, o governador de São Paulo José Serra.
"Uma eleição com 4 ou 5 candidatos inevitavelmente vai para o segundo turno", disse o senador. Para o presidente, a polarização entre governo e oposição será inevitável mesmo com diversos candidatos na disputa. "Com essa quantidade de partidos, tem sempre candidatos que ensaiam e escorregam", falou Sarney.
Segundo o presidente, os outros dois pré-candidatos de maior peso, a senadora Marina Silva (PV-AC) e o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), não devem viabilizar suas candidaturas.
"Não acredito [que os dois tenham chances] porque a Marina está dentro do espectro das forças que apoiaram o Lula. E o Ciro Gomes também está dentro desse espectro", disse Sarney.
PMDB e Dilma
Sarney defendeu que o PMDB apóie a candidatura de Dilma Rousseff, mas negou que vá servir como interlocutor para a possível aliança.
Na última semana, a direção nacional do partido deu um ultimato para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciar se o vice de Dilma será do PMDB. Sarney acredita que essa aliança deve se concretizar.
O presidente do Senado disse que o seu partido não tem um candidato maduro para concorrer a uma eleição presidencial. Para o senador, a falta de um nome de peso é um problema para o PMDB, pois abre uma lacuna na liderança do partido.
"O partido passa a nunca ter uma força de coesão interna, que sempre se faz em torno de uma liderança maior. Em geral, essa liderança maior é o candidato à Presidência da República", disse.
Apesar da crítica, Sarney disse haver uma vantagem no fato da legenda não possuir uma liderança forte. Para o presidente, "o PMDB é o único partido que não tem dono".
Censura ao Estadão
Sarney disse não ter interferido na decisão judicial que impede o jornal o "Estado de S. Paulo" de publicar reportagens com informações da operação Boi Barrica da Polícia Federal.
As gravações da operação mostram supostos casos de favorecimento em nomeação de cargos públicos envolvendo o senador e um de seus filhos, o empresário Fernando Sarney. Desde o dia 31 de julho, o jornal está impedido de publicar as gravações devido a uma decisão judicial sobre uma ação feita por Fernando Sarney.
"Nesse episódio, o meu filho não me perguntou se iria [entrar com a ação contra o jornal]", disse. "Ele tem 54 anos. Eu não posso chegar e dizer [que ele não entre com a ação] se ele se sente ferido nos seus direitos e privacidade".
Sarney disse que a decisão é legítima numa democracia por ter sido tomada pelo Judiciário. "Não existe ninguém que não possa demandar a Justiça. Você pode contestar uma decisão judiciária, mas você não pode condenar ninguém [por ir à Justiça]", falou o senador.
Segundo o presidente do Senado, a imprensa brasileira se encontra em estado de "liberdade total" desde que a Lei de Imprensa, resquício da ditadura militar, foi revogada no dia 30 de abril deste ano. O presidente do Senado defendeu a existência de nova regulamentação sobre o assunto.
Em entrevista exclusiva ao colunista do UOL Notícias e da Folha de S. Paulo Fernando Rodrigues, o senador disse acreditar numa disputa entre a pré-candidata do PT, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), e do PSDB, o governador de São Paulo José Serra.
"Eleição com 4 ou 5 candidatos inevitavelmente vai para o 2º turno"
"Uma eleição com 4 ou 5 candidatos inevitavelmente vai para o segundo turno", disse o senador. Para o presidente, a polarização entre governo e oposição será inevitável mesmo com diversos candidatos na disputa. "Com essa quantidade de partidos, tem sempre candidatos que ensaiam e escorregam", falou Sarney.
Segundo o presidente, os outros dois pré-candidatos de maior peso, a senadora Marina Silva (PV-AC) e o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), não devem viabilizar suas candidaturas.
"Não acredito [que os dois tenham chances] porque a Marina está dentro do espectro das forças que apoiaram o Lula. E o Ciro Gomes também está dentro desse espectro", disse Sarney.
PMDB e Dilma
Sarney defendeu que o PMDB apóie a candidatura de Dilma Rousseff, mas negou que vá servir como interlocutor para a possível aliança.
Sarney defende que o PMDB apóie a candidatura de Dilma Rousseff
Na última semana, a direção nacional do partido deu um ultimato para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciar se o vice de Dilma será do PMDB. Sarney acredita que essa aliança deve se concretizar.
O presidente do Senado disse que o seu partido não tem um candidato maduro para concorrer a uma eleição presidencial. Para o senador, a falta de um nome de peso é um problema para o PMDB, pois abre uma lacuna na liderança do partido.
"O partido passa a nunca ter uma força de coesão interna, que sempre se faz em torno de uma liderança maior. Em geral, essa liderança maior é o candidato à Presidência da República", disse.
Apesar da crítica, Sarney disse haver uma vantagem no fato da legenda não possuir uma liderança forte. Para o presidente, "o PMDB é o único partido que não tem dono".
Censura ao Estadão
Sarney disse não ter interferido na decisão judicial que impede o jornal o "Estado de S. Paulo" de publicar reportagens com informações da operação Boi Barrica da Polícia Federal.
Imprensa: "estado de liberdade total"
As gravações da operação mostram supostos casos de favorecimento em nomeação de cargos públicos envolvendo o senador e um de seus filhos, o empresário Fernando Sarney. Desde o dia 31 de julho, o jornal está impedido de publicar as gravações devido a uma decisão judicial sobre uma ação feita por Fernando Sarney.
"Nesse episódio, o meu filho não me perguntou se iria [entrar com a ação contra o jornal]", disse. "Ele tem 54 anos. Eu não posso chegar e dizer [que ele não entre com a ação] se ele se sente ferido nos seus direitos e privacidade".
Sarney disse que a decisão é legítima numa democracia por ter sido tomada pelo Judiciário. "Não existe ninguém que não possa demandar a Justiça. Você pode contestar uma decisão judiciária, mas você não pode condenar ninguém [por ir à Justiça]", falou o senador.
Segundo o presidente do Senado, a imprensa brasileira se encontra em estado de "liberdade total" desde que a Lei de Imprensa, resquício da ditadura militar, foi revogada no dia 30 de abril deste ano. O presidente do Senado defendeu a existência de nova regulamentação sobre o assunto.
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