sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Vitória do Rio favorece candidatura de Dilma, avaliam analistas (Postado por Danuza Peixoto Zambrana)


Estadão/JP
Parlamentares da base aliada do governo e da oposição avaliam que a escolha do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas de 2016 vai trazer impactos positivos na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva --com reflexos na candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República em 2010 e do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), que disputará a reeleição.

Apesar de o DEM e PSDB minimizarem os benefícios da escolha do Rio na candidatura de Dilma, nos bastidores os oposicionistas reconhecem que a notícia será usada como palanque da candidata petista --uma vez que Lula se tornou o principal cabo eleitoral da candidatura do Rio.

Oficialmente, porém, a oposição atribui a vitória do Rio a Cabral, evitando o discurso de benefício à candidatura de Dilma. "É inegável que reforça a popularidade do presidente Lula. Isso não pode ser contestado. Agora acho que o impacto maior é para o governador Cabral. Ele também vai ter que mostrar competência para saber colocar a Olimpíada em prática", disse o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE).

O presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), afirmou que a escolha do Rio beneficia diretamente o presidente Lula. Maia disse não acreditar, porém, em vantagens para a candidatura de Dilma ao Palácio do Planalto. "Para o Lula, sem dúvida, é um benefício que ele vai carregar para o currículo dele. Para ela [Dilma], não. É um benefício do presidente", afirmou.

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) disse que Lula, Cabral e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), têm que dosar o uso político da escolha da cidade para que o "tiro não saia pela culatra" no que diz respeito à resposta política nas urnas.

"Isso fortalece o Lula, que já tem uma popularidade enorme e agora conseguiu vencer até o Obama. Há uma percepção política favorável ao presidente, ao governador [do Rio] Sérgio Cabral, e ao prefeito Eduardo Paes", disse Alencar.

Governistas

Entre os aliados, o sentimento nos bastidores é que Dilma poderá ter vantagens políticas na escolha do Rio. Os governistas apostam que Lula vai adotar o discurso de que a petista é a candidata com melhores condições de gerir o país nos próximos anos --o que inclui a gestão dos recursos para os Jogos Olímpicos de 2016.

O presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), reconheceu que a escolha do Rio traz impactos ao presidente Lula e aos integrantes do governo federal. "É uma vitória do país, mas também tem um grande impacto para quem está no governo."

Para o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Lula é o grande vitorioso da candidatura do Rio. "A população é inteligente para separar uma coisa da outra. Quem se consolida mais é o presidente Lula. Ele conseguiu elevar o Brasil no cenário internacional", afirmou.

Alencar aposta que a escolha do Rio poderá, inclusive, beneficiar o petista num eventual terceiro mandato a partir de 2015. "O que se cogita, e é legítimo, é o Lula voltar depois do seu sucessor. Essa ideia fica fortalecida", afirmou.

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.